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A Sociologia surgiu na primeira metade do século XIX

Por:   •  22/5/2018  •  Resenha  •  936 Palavras (4 Páginas)  •  441 Visualizações

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A Sociologia surgiu na primeira metade do século XIX, e é uma ciência que estuda a sociedade, segundo Durkheim, um dos primeiros sociólogos, ela surgiu por uma demanda social advinda das Revoluções Industrial e Francesa. As transformações econômicas, políticas e culturais suscitadas por esses acontecimentos criaram a impressão generalizada de que a Europa vivia a começar uma nova sociedade.

A Revolução Industrial caracterizou a ascensão da indústria capitalista, que transformou grande contingente de pessoas em simples trabalhadores sem posses, desintegrando seus costumes e introduzindo novas formas de organizar a vida social. Com a utilização das máquinas, os artesãos que eram independentes e até possuíam um pedaço de terra para sua subsistência, foram destruídos, transformando sua atividade artesanal em manufatureira, além de serem submetidos à severa disciplina das novas formas de conduta e de relações de trabalho totalmente distintas das que conheciam até então. Com a atividade fabril foi gerado uma enorme imigração do campo para a cidade, sem que estas estivessem preparadas estruturalmente a receber essa massa populosa, e nem possuíam moradias suficientes, nem serviços sanitários e muito menos atendimento médico, até mulheres e crianças foram obrigadas a trabalharem nas fábricas com jornadas excessivas e o que é pior, ganhando bem menos do que os homens.
Contudo em meio essas condições e transformações, o ser humano sofreu um efeito traumático, aumentando a prostituição, o suicídio, o alcoolismo, o infanticídio, a criminalidade, a violência, as epidemias e consequentemente, a miséria. É neste ponto que a sociologia entra em cena, pois ela constitui em certa medida uma resposta intelectual a essas novas situações colocadas pela Revolução Industrial, que se tornaram um “problema” que deveria ser investigado, para que houvesse uma reflexão sobre a sociedade, sobre suas transformações, suas crises e seus antagonismos de classe.
Todavia, as alterações que vinham surgindo nas formas de pensamentos das classes também estimularam o surgimento da sociologia, com maior potência entre os pensadores franceses, que queriam transformar não apenas as velhas formas de conhecimento, mas também a própria sociedade que era baseada na tradição e na autoridade. Foram os Iluministas – ideólogos da burguesia na época – que atacaram uniformemente os fundamentos da sociedade feudal e sua estrutura de conhecimento que impunha restrições aos interesses econômicos e políticos da burguesia; os iluministas insistiam em obter uma explicação da realidade baseada na razão e na observação, demonstrando que as instituições da época eram injustas, contra a natureza dos indivíduos e impediam a liberdade do homem, e este deveria ser destinado à liberdade e à igualdade social, e por isso reivindicavam a liberação do indivíduo de todos os laços sociais tradicionais – daí o lema da Revolução: “Igualdade, Liberdade e Fraternidade”. A sociologia serviria para refletir sobre a natureza e as consequências da revolução, racionalizando uma nova ordem para restabelecer a “ordem e a paz”, encontrando um estado de equilíbrio na nova sociedade e para que isso fosse possível, era necessário conhecer as leis regentes e os fatos sociais, instituindo, portanto uma ciência da sociedade, ou seja, estabilizar a nova ordem.

Autores em diferentes países começavam a aparecer, no século XIX, com o interesse de conhecer os problemas sociais e políticos a partir de um ponto de vista científico e todo esse processo indicava o surgimento de um novo campo de conhecimento.

“É tempo de entrar mais diretamente em relação com os fatos, de adquirir com seu contato o sentimento de sua diversidade e sua especificidade, a fim de diversificar os próprios problemas, de os determinar e aplicar-lhes um método que seja imediatamente apropriado à natureza especial das coisas coletivas” Émile Durkhein

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