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Resenha do filme “O Júri”

Inicialmente a viúva Celest Wood move uma ação judicial contra à indústria de armas Fix Boarns Fire Arms no Missisipi(EUA), a qual considera culpada, em razão da venda de armas para um assassino que disparou inúmeras vezes em um local de trabalho, acertando pessoas  e consequentemente tirando a vida de algumas, dentre elas a do marido de Celest Wood. Com o decorrer do filme, são travados fortes debates entre a acusação e defesa, considerando o justo e o errado, com base na lei dos Estados Unidos considerar lícita a venda de armas.

Os julgamentos se passam em um tribunal de júri, e dentre os 11 jurados estão Nicholas Easter e sua namorada Marlee. Mesmo que no início eles não demostrem interesse em participar do júri, logo em seguida é possível perceber o grande interesse de eles estarem entre os jurados. Isso se explica, quando começam a utilizar vários artifícios para incentivar e manipular o restante do júri a votar de acordo com suas opiniões, e assim alterar o resultado do júri. Em decorrer disso, oferecem aos advogados propostas milionárias para colocar os jurados em seu favor, tornando o júri um jogo de muito dinheiro.  

O inesperado acontece quando se percebe que o casal não objetivava o lucro, mas sim através de uma jogada inteligente, conseguir vingança pessoal contra à empresa de armas. Tudo isso, porque Marlle perdeu sua irmã em um tiroteio no passado e o advogado ganhou à causa para a indústria de armas na época. Devido a isso, eles buscaram vingança neste outro momento oportuno. Na decisão do veredicto (cuja decisão nos EUA, é decidida através de um debate entre os jurados), os jurados votaram a favor da viúva Celest Wood, e ainda propuseram uma multa milionária a fábrica de armas.

A partir de uma análise crítica do filme, é possível relacioná-lo com os dias atuais. O grande dilema de tornar lícita ou não a venda de armas persiste na atualidade. Mesmo que já seja possível a posse de armas, depois de todo um processo burocrático, alguns exigem que o processo seja menos rigoroso de forma que se torne mais acessível. Entretanto, facilitar o acesso aumenta muito mais a probabilidade de pessoas inexperientes ou sem a devida sanidade mental provocarem desastres como esse. Ainda, é possível mencionar a corrupção na justiça, presente em muitas situações que o dinheiro é usado para manipular resultados, deixando de lado a norma positivada ou impedindo sua eficácia. Tal prática, coloca em risco a justiça social e todo o estado democrático de direito, desfortalecendo a força coercitiva estatal.