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A necessidade de uma igreja saudável

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Por:   •  4/6/2014  •  Tese  •  2.910 Palavras (12 Páginas)  •  210 Visualizações

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Fé para hoje. Nove mascas de uma igreja saudável

A necessidade da igreja saudável

Franklin Ferreira

No que se refere à história e presença dos evangélicos no Brasil, vivemos de acordo com a frase de abertura de um famoso romance de Charles Dickens, “O melhor dos tempos, ...o pior dos tempos, ... a primavera da esperança, ...O inverso do desespero”

Presencia-se o crescimento espantoso da fé evangélica no país, especialmente nos último vinte anos. De um movimento visto com num país católico, majoritariamente rural, ainda que presente em alguns centros urbanos estratégicos, atualmente os evangélicos são quase 26 milhões de fieis encontrados em todos os estados sociais e em todas as regiões do país.

Os evangélicos se fazem presentes nos meios de comunicação, novas editoras tem sido fundadas e centenas de livro tem sido publicados anualmente, surgiram autores nacionais e sites e blogs de conteúdo evangélico propagaram-se na internet, há produção musical, envolvimento na esfera política e, seguindo a tendência do final da de 1990 nos Estados Unidos, há o fenômeno tipicamente pós-denominacional das mega-igrejas.

O mais espantoso: para uma comunidade de fé que podia vagamente traçar suas origens na reforma protestante européia do século 16, a mensagem daquele movimento chegou com força. No passado a herança da reforma era celebrada apenas como uma polêmica anticatólica.

Há vinte anos, a simples menção de vocábulos bíblicos como “predestinação” e “eleição” seria acompanhada de debate tenso, recriminações rasas e infantis do tipo “quem crê em predestinação não faz missões ou não precisa orar” e, até mesmo exclusão da igreja, do ministério ou da denominação.

Havia poucos pregadores e escritores e escritores e escritores identificados com a fé reformada e escassa literatura traduzida sobre os temas centrais da reforma protestante. Menos ainda fontes primárias – com textos de Martinho Lutero e João Calvino, celebrados como pais fundadores de algumas das principais denominações protestantes presentes no Brasil. Mas o cenário mudou.

Especialmente nos últimos dez anos – e seguindo uma tendência mundial – a fé reformada foi redescoberta, e seus principais temas: “somente a Escritura”, “somente Cristo”, “somente a graça”, “somente fé” e “somente a glória de Deus”, se tornaram divisas das mais diferentes denominações no Brasil.

Não somente as igrejas históricas, logicamente ligadas a tal herança, mas igrejas pentecostais, carismáticas e até mesmo membros e pastores de igrejas neo-pentecostais descobriram a pujança da herança daquele grande movimento de renovação da Europa do século 16.

Os principais personagens do movimento receberam traduções nacionais, os puritanos ingleses, escoceses e americanos também traduções (não raro de edições resumidas), e experimentou-se uma renovação da ênfase confessional, com as principais confissões de fé do período sendo traduzidas e redescobertas por lideranças eclesiásticas diversas.

1ª Marca: pregação Expositiva

Pregue para os ignorantes, os duvidosos e os pecadores

Mark Dever

Ouço frequentemente esta pergunta: Como você explica texto em um sermão expositivo? Por traz destas perguntas pode haver diversas suposições questionáveis. O inquiridor pode estar lembrando os sermões “expositivos” que ele ouviu (ou pregou) que não eram diferentes das palestras bíblicas no seminário – bem estruturados e exatos, mas demonstravam pouca sabedoria pastoral. Esses sermões expositivos talvez tiveram pouco efeito, se houver alguma aplicação.

Por outro lado, o inquiridor pode apenas não saber como reconhecer aplicações quando as ouve. Wiliam Perkins, o grande teólogo puritano do século XVI, em Cambridge, instituiu os pregadores a imaginarem os vários tipos de ouvintes e pensarem nas aplicações para cada tipo de ouvinte – pecadores endurecidos, duvidosos questionadores, santos fatigados, jovens entusiastas e assim por diante.

O conselho de Perkins é muito proveitoso, mas felizmente já fizemos isso. Quero abordar o tema de aplicação de maneira diferente de ouvintes: não somente há tipos diferentes de ouvintes, há também tipos diferentes de aplicação. Quando tomamos uma passagem de Palavra de Deus e a explicamos de modo claro e constrangedor, com sentimento de urgência, há pelo menos três diferentes tipos de aplicação que refletem três diferentes tipos de problema que enfrentamos na peregrinação cristã.

Primeiramente, lutamos com a praga da ignorância. Em segundo, lutamos com a dúvida, mas frequentemente do que podemos compreender.

Em terceiro, lutamos também com o pecado – ou em atos de desobediência direta, ou em negligencia pecaminosa. Como pregadores, anelamos ver mudanças em todas as três maneiras, tanto em nós mesmos como em nossos ouvintes, toda vez que pregamos a Palavra fazem surgir um tipo diferente de aplicação legítima.

Ignorância

Ela é o problema central neste mundo caído. Nós no afastamos de Deus; nos separamos da comunhão direta do nosso Criador. Informar as pessoas da verdade sobre Deus é em si mesmo, um poderoso tipo de aplicação – do qual todos nós necessitamos desesperadamente.

Isso não é uma desculpa para sermos frios e sem paixão. Posso sentir-me tão estimulado (e mais) por afirmações indicativas quanto por mandamentos imperativos. Os mandamentos do evangelho de arrepender-se e crer não significam nada sem as afirmações indicativas a respeito de Deus, de nós mesmos e de Cristo. Informação é vital.

Somos chamados a ensinar a verdade e a proclamar uma mensagem importante sobre Deus. Queremos que as pessoas ouçam nossas mensagens para deixarem a ignorância e serem aptas a conhecer a verdade. Esse informar sincero é aplicação.

Dúvida

Dúvida é diferente de ignorância. Na questão “dúvida”, pegamos idéias ou verdades que nos são familiares e as questionamos. Esse tipo de questionamento não é raro entre os cristãos. De fato, dúvida pode ser um dos problemas mais importantes a serem explorados com prudência e totalmente desafiados em nossa pregação.

Abordar dúvidas não é algo que um pregador faz com não crentes tendo em vista um pouco de apologética antes da conversão. Algumas pessoas

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