Análise de Indicadores Econômicos Magazine Luiza
Por: Letiely Moraes • 24/10/2022 • Monografia • 4.543 Palavras (19 Páginas) • 177 Visualizações
REFLEXOS DA PANDEMIA DA COVID-19 NO DESEMPENHO ECONOMICO NA EMPRESA MAGAZINE LUIZA
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo o estudo do impacto da pandemia do COVID-19 do desempenho econômico da empresa Magazine Luiza S.A. A Magazine Luiza S.A é uma das empresas mais conhecidas neste nicho no Brasil, sendo hoje uma empresa de sociedade anônima e capital aberto. Sua importância justifica o trabalho realizado, sendo feito estudo de caso, com foco na análise dos indicadores econômicos entre 2019, 2020 e 2021 desde o período pré pandemia COVID-19 até o período atual com o intuito de avaliar a empresa denominada no Mercado Financeiro como MGLU3, bem como analisar os fatores que contribuíram para o sucesso atingido pela empresa desde sua criação até a queda de seu valor econômico no ano de 2022. Apresentando, primeiramente a trajetória e evolução da empresa Magazine Luiza no mercado nacional, com o demonstrativo do crescimento das receitas e o lucro da empresa tiveram seu valor de mercado multiplicado entre 2020 e 2022, o que transformou a empresa em um gigante do setor varejista.
Palavras-chave: MGLU3. Varejo.
ABSTRACT
The present work has to study the impact of the COVID-19 pandemic on the economic performance of the company Magazine Luiza S.A. Magazine Luiza S.A is one of the best-known companies in this niche in Brazil, being today a public limited company. Its importance justifies the work carried out, being a case study, focusing on the analysis of economic indicators in the last 3 years from the pre-COVID-19 pandemic period to the current period in order to evaluate the company named in the Financial Market as MGLU3, as well as analyzing the factors that contributed to the success achieved by the company from its creation to the fall of its economic value in the year 2022. Presenting, first, the trajectory and evolution of Magazine Luiza in the national market, with the demonstration of the growth of revenues and the company's profit had its market value multiplied between 2020 and 2022, which transformed the company into a giant in the retail sector.
KEYWORDS: MGLU3. Retail.
INTRODUÇÃO
Em fevereiro de 2020 o Brasil registrou o primeiro caso de COVID-19. Em março do mesmo ano, ocorreu a primeira morte pela doença e a transmissão comunitária do vírus. Sendo este um marco, o início de uma nova era no País, trazendo uma crise sem precedentes, tanto local quanto global, trazendo uma onda assustadora de mortes em decorrência do vírus e também uma onda de desemprego e fechamento de empresas. Com a eclosão desse vírus no país, os poderes públicos decidiram decretar o fechamento do comércio físico não essencial, de modo que aqueles autorizados a permanecerem abertos, os serviços essenciais, funcionariam com a adoção de regras de ordem nacional de estadual.
Neste cenário de incertezas sobre o tempo de duração da pandemia e dos decretos de fechamento de comércio físico, iniciaram-se declarações públicas de demissões em massa por parte de diversas empresas. Com lojas fechadas, tornava-se difícil ou impossível, para um pequeno ou médio empreendedor, manter um quadro de funcionários.
A produção e venda de produtos e serviços dos mais diversos setores é fundamental no processo de funcionamento do sistema capitalista. Fazem parte deste setor e a produção de mercadorias, prestação de serviços, logística, desenvolvimento de tecnologias, entre outros.
Deste modo, o setor varejista tem papel fundamental por fazer a intermediação entre produtores e consumidores. Para Richter, o varejo é “o processo de compra de produtos em quantidade relativamente grande dos produtores atacadistas e outros fornecedores e posterior venda em quantidades menores ao consumidor final”.
No setor varejista brasileiro existem centenas de empresas desempenhando papel importante no desenvolvimento econômico local. Destacando-se pela sua influência nacional a Via Varejo, Lojas Americanas e Magazine Luiza, além das empresas estrangeiras que entraram no mercado brasileiro com muita força, como por exemplo o Mercado Livre, Shoppe, Amazon e Aliexpress.
O Brasil é um país com o capitalismo relativamente desenvolvido, possuindo características peculiares, como o ambiente de negócios instável, e demonstrando vulnerabilidade e instabilidade ante o mercado externo, ambiente político local e externo, mudanças de diretrizes e variáveis macroeconômicas; o consumir heterogêneo com diversos gostos e rendas diferentes. Dentro deste cenário e ambiente desafiador algumas empresas conseguiram se destacar e uma delas é a Magazine Luiza (Magalu), objeto do presente estudo.
Luiza Helena Trajano, proprietária e presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, na contramão das declarações, veio a público assumir o compromisso de que não haveria demissões.
Por outro lado já em 2022 as ações de empresas de varejo têm sofrido duras perdas, com destaque para a empresa objeto deste estudo, que desde o início da pandemia tem perdido valor econômico e sofrido com prejuízos crescentes.
Este movimento de queda livre pode ser explicado pela conjuntura macroeconômica desfavorável para o setor varejista, com a alta da inflação corroendo o poder de compra dos consumidores e escalada da SELIC – a taxa básica de juros – encarecendo o crédito. Em março de 2021, o Banco Central dava início a um movimento de alta de juros no Brasil, elevando a SELIC em 0,75 ponto percentual, para 2,75%. Naquele momento, os juros baixos criavam um cenário favorável para a Empresa, tornando o custo das dívidas dela mais baixos.
Além disso, a companhia com foco no varejo digital vinha de um momento de crescimento acelerado, fruto da mudança dos hábitos de consumo dos brasileiros durante a pandemia do coronavírus. Entretanto, o cenário começou a mudar com a disparada da inflação e a consequente aceleração da alta dos juros. Tendo essa conjuntura resultado na redução do poder de compra dos brasileiros e um aumento exponencial do custo da dividas das empresas.
Porquanto o presente artigo está dividido em 5 seções, onde na primeira apresenta a introdução, na segunda traz o referencial teórico. A terceira seção aborda os resultados da pesquisa e a quinta e última seção contempla as considerações finais
Quando uma empresa busca uma evolução patrimonial faz isso de várias maneiras, entre elas a abertura de capital e busca por acionistas, e faz em detrimento de um acesso a recursos dos acionistas que podem ser usados para inúmeros projetos, como realização de investimentos visando internacionalizar a empresa, desenvolverem novos produtos e serviços, pagar dívidas, fundar filiais, adquirir outras empresas, dentre outras ações de acordo com os objetivos da organização.
Na outra parte interessada nas negociações da empresa, encontram-se os acionistas, que, por sua vez, procuram fazer uma aquisição racional e lucrativa de investimento buscando empresas que, num determinado período, vão lhes auferir maior retorno com o menor risco.
No caso da Magalu, o aumento do valor de mercado indicou em certo período o aumento do seu valor econômico e patrimonial no mercado varejista, havendo uma evolução sem precedentes. Desde março de 2021 quando o Banco Central deu início a um movimento de alta dos juros no Brasil, elevando a SELIC em 0,75 ponto percentual para 2,75% devido á pandemia do COVID-19 a Magalu tem sofrido um revés tão impactante quanto a sua expansão nos anos anteriores.
Deste modo houve um pânico generalizado Mercado Varejista, tendo deixado um grande problema e uma grande dúvida: Qual o impacto da pandemia do Covid-19 no desempenho econômico da Magazine Luiza?
Para responder ao problema da pesquisa, tem-se como objetivo geral verificar os reflexos da pandemia nos indicadores econômicos do Magazine Luiza.
Nos objetivos específicos tem por escopo identificar e calcular os indicadores de desempenho econômico, além de analisar e compará-los no caso da Magazine Luiza.
Este estudo justifica-se pela necessidade de avaliar como a pandemia do COVID-19 refletiu nos indicadores de desempenho econômico deste importante setor da economia brasileira. A busca dos investidores pela renda variável visando retornos financeiros maiores tem, em contrapartida, um risco maior. No caso do mercado financeiro de países instáveis politicamente como o Brasil, os riscos são ainda maior devido, entre outros motivos, à falta de estabilidade político-financeira.
Nos últimos 15 anos, a economia brasileira passou por diversas mudanças políticas e econômicas. Diferentes estratégias econômicas foram usadas pelos governos, mas problemas advindos da corrupção métodos ultrapassados de gestão governamental afetaram o desempenho das empresas. A recente pandemia do Covid-19 causou um colapso no sistema financeiro global sem precedentes, atingindo o mercado brasileiro e desafiando a análise dos acionistas pela busca de ativos com crescimento consistente.
Diante desse contexto, pode-se analisar e aproveitar um desempenho acima da média: A Magalu viu seus indicadores econômicos terem uma valorização muito acima de qualquer projeção otimista e se destacou diante de outras empresas semelhantes antes da pandemia, vindo a Colapsar e ruir em mais de 85% do seu valor de mercado durante a pandemia.
Tal situação motivou a escolha da Empresa Magazine Luiza para ser objeto deste estudo, que se propõe a analisar os indicadores econômicos determinantes na manutenção do crescimento da empresa.
Quanto aos procedimentos metodológicos, este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa de natureza aplicada, bibliográfica e descritiva, com abordagem quantitativa, buscando identificar os principais indicadores de desempenho econômico que explicam o fenômeno sobre o qual o trabalho se debruça, tendo como procedimentos técnicos o método de pesquisa bibliográfica e documental, utilizando as demonstrações contábeis – Balanço Patrimonial (BP) e Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) da empresa Magazine Luiza. Para fins de contextualização, será feita uma análise de 2019, 2020 e 2021 dos indicadores econômicos, trazendo os dados para justificar a escolha dessa companhia como objeto de estudo. Após, serão exploradas as ações realizadas pela empresa e os retornos obtidos nos últimos anos com a finalidade de compreender as razões que explicam seu desenvolvimento.
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