Argumentos dos Detratores da Democracia
Por: Lucas Calixto • 28/6/2016 • Resenha • 977 Palavras (4 Páginas) • 328 Visualizações
Capítulo 31: Argumentos dos detratores da democracia
As ideologias não democráticas lançam variados argumentos contra o sistema democrático de delegação de poder. Ao que set trata desse capítulo foi estudado como cada extremo se posiciona diante da democracia.
Segundo os comunistas o sistema democrático é considerado por eles um mero mecanismo de dominação política da burguesia. Marx havia escrito no manifesto comunista que: O governo do Estado é apenas um comitê para gerenciar os negócios de toda a burguesia. Para eles a democracia é um embuste: vende a imagem de um governo de todos e que se orienta pelo atendimento de demandas sociais amplas, porém na prática, subordina-se aos desígnios da classe economicamente dominante, e (segundo eles) isso é possível por dois motivos: 1º As eleições são viciadas pelo poder econômico, 2º A consciência do eleitorado é manipulada pela propaganda burguesa, de forma que apenas os representantes da burguesia são eleitos.
Ao negar a legitimidade da democracia os comunistas propõem em troca a ditadura do proletariado, que se refere a condição do proletariado deter o controle do poder político, tendo como a palavra “ditadura” é pelo fato de operar a fim de excluir do poder um grupo específico da sociedade, que implica em tirania.
Já a extrema direita fascista argumenta que os eleitores não estão preparados para elegerem representantes que defendam os interesses reais do povo, segundo Hitler: “A compreensão política da grande massa não está tão desenvolvida para adquirir por si opiniões políticas gerais e escolher pessoas adequadas.” (Mein Kampf, pag.179)
Ou seja, para um líder nazista o povo não está capacitado para eleger um representante porque eles não tem uma boa educação política. Sendo necessário que todo poder emane de um líder, pois somente ele seria capaz de assumir responsabilidades, pois segundo os nazista na democracia isso não ocorre pois há assembleias parlamentares da república. Ao ver de Hitler não há nenhuma possibilidade de um líder político ser um gênio, pois existe uma antipatia da massa contra qualquer gênio que se destaque. Sendo assim um líder genial chega ao poder não pelo voto direto, mas pelos seus próprios atos, pela afirmação de sua personalidade (nas palavras de Hitler), os atos referidos é o assalto violento ao poder.
Todos os argumentos os argumentos radicais contrários a democracia podem ser demonstrados como insustentáveis. Começando com a réplica da questão de como é formada a opinião do eleitor, a opinião do votante é inquestionável, soberana. Partindo do pressuposto que propaganda e manipulação sempre haverá, mas cada partido tem suas propostas e quem decide quais as melhores propostas é o eleitor, já a legislação e a justiça eleitoral combateriam os excessos, abusos e transações ilícitas.
Seguindo essa linha de raciocínio, nenhum dos argumentos extremistas arranham a preferência que a população tem pela democracia.
Capítulo 32: As consequências não intencionais da ação política
Sonhar com uma sociedade muito melhor que a atual é quase uma necessidade, cabe as ideologias políticas estimular o imaginário popular enchendo os corações de esperanças da terra prometida.
Não é necessário o comunismo para o desenvolvimento social; não rigorosamente necessário o Estado mínimo para a pujança econômica; não é necessário o nazismo para o desenvolvimento de seres humanos fortes e inteligentes. Todas essas utopias podem ser alcançadas, em parte considerável pelo aperfeiçoamento do processo democrático. As ideologias arrogam-se defensoras enfáticas, senão exclusivas, dos interesses de certo agrupamento social. No intuito de angariar para si o maior número de simpatizantes atribuem a si mesmas a defesa de teses que presumidamente iriam beneficiar ampla maioria da população. Um exemplo que pode ser citado são os comunistas e socialistas que tomam para si a suposta demanda de amplos grupos sociais empobrecidos, especialmente em economias não-desenvolvidas, em que boa parte do povo sobrevive com baixíssima renda, vendo assim o eleitorado pobre como aliados.
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