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Artigo - Desenvolvimento do Nordeste

Por:   •  8/11/2020  •  Artigo  •  3.887 Palavras (16 Páginas)  •  329 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

LETÍCIA DO NASCIMENTO VASCONCELOS

ARTIGO: DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE

MACEIÓ - AL

NOVEMBRO DE 2017

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

LETÍCIA DO NASCIMENTO VASCONCELOS

DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE

Artigo: Desenvolvimento do Nordeste, apresentado ao professor Cid Olival para composição de nota na disciplina de seminário temático. Turma Ciências econômica, 1 0 período (2017.1)

Maceió — AL

Novembro de 2017.

OBJETIVO GERAL

• Argumentar a situação do Nordeste em relação ao desenvolvimento e os fatores que contribuem para seu crescimento econômico e os que interferem em sua melhoria.

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo descrever sobre o tema proposto: Desenvolvimento do Nordeste, buscando como base literaturas disponíveis para a elaboração do mesmo. E de extrema importância sabermos que o Nordeste tem sua composição ainda na época colonial, sendo a primeira zona a ser povoada pelos portugueses. Em meados do século XVII a economia atingiu seu auge com o cultivo da cana-de-açúcar. A sustentação do sistema fundiária começou nesse período, quando foram trazidos africanos para trabalhar na produção e garantir o funcionamento da colônia. Como foi no começo de sua estrutura a presença de oligarquias e famílias de influências o mesmo estilo segue até os dias atuais.

Palavras-chaves: Nordeste, economia, desenvolvimento, agricultura, clima, seca, desigualdade.

  1. NORDESTE E AS PROBLEMÁTICAS

Galdino (2009) definiu nordeste de duas maneiras, sendo a primeira como macrorregião, e a segunda definição como, um lugar para desenvolvimento de políticas públicas na tentativa de confrontar as desigualdades regionais e sociais. Ressalta ainda a importância de estudar a região, principalmente fauna e a flora, que começaram a serem exploradas de forma errônea para a satisfação social e aquisitiva de uma minoria, por multinacionais nos seus anseios de lucro, no setor turístico.

De acordo com Furtado (1981) O problema que assola o Nordeste é de suma importância e que de maneira nenhuma pode ser encobertado, tão pouco o deixar em espera enquanto resolve-se outros problemas tidos como maiores no Brasil, já que para o autor o problema no Nordeste não pode ser negligenciado, pelo fato de ser fundamental para o país ascender do subdesenvolvimento, e ter formas de organização social superiores em que a coletividade se beneficie. A negação da atenção para a região mais pobre do país, e ignorar disparidade regional, faz com que o futuro do Nordeste se torne cada vez mais incerto, e ao fazer isso, condena-se uma massa de população que não possui desprendimento suficiente para trilhar o próprio caminho. "O Nordeste é a face do Brasil em que transparece com brutal nitidez o sofrimento do povo." (FURTADO, 1981, p. 13)

Outro problema que aflige o nordeste conforme menciona Coelho (2004 , apud LEVY, 2015) é a seca, e a forma pela qual afeta o nordeste não se deve ao fato apenas por ser um fenômeno natural, tendo em vista que, que a vivencia já se tem há muito tempo, desde aproximadamente do século XIX, nessa época foram adotadas medidas para combater a seca, uma delas foi a permissão de abrir poços artesianos de grande profundidade. Em 1847, o engenheiro Marcos de Macedo teve a ideia de transportar o rio São Francisco, mas, como já era esperado, não teve apoio, como os pequenos grupos relacionados aos setores comercial e políticos na região se aproveitava da miséria do povo sertanejo para o seu crescimento e o espalhafato financeiro. Com isso várias medidas que diminuiriam a pobreza e traria mais alivio e bem-estar aos não possuidores de riquezas foram barradas. Essa prática ficou conhecida coma a "indústria da seca". A seca por si só não é uma calamidade que assolará o povo nordestino e em especial os sertanejos pelos duradouros dias de suas vidas, mas, o que maltrata o povo é a comercialização do seu conforto.

  1. CRIAÇÃO DA SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE (SUDENE)

Segundo Taques e Pereira o desenvolvimento do Brasil se deu a partir do governo de Juscelino Kubitschek (1956 a 1961).

Furtado (1989, apud TAQUE e PEREIRA, 2014), relata que este foi o momento em que era desenvolvido o império político hoje conhecido como nada mais nada menos que Brasília, além disso, foi o momento da industrialização brasileira, foi o início de futuro considerado promissor para a época. Com tamanhas dificuldades no momento da construção, o país passava por um momento que não tinha verba para o desenvolvimento social, porém para o governo essa dificuldade financeira era apenas uma espécie de obstáculo simples que para o crescimento o Brasil necessitava passar por ele, mesmo sem ter condições para isso. de forma rápida trouxe um pensamento revolucionário para a classe empresarial, então com toda essa euforia, e com os recursos aplicados pelo governo centralizados na região sul, então com aquele repentino momento de desenvolvimento econômico trouxe consigo os maiores pontos negativos na forma de governo de Juscelino, foi o momento em que a sociedade passou por um duro momento, foi na mesma época em que aconteceu uma das maiores secas do nordeste já registradas (1958), como a sociedade nordestina estava sobrevivendo quase que exclusivamente da agricultura foi altamente prejudicada pela falta de alimento e de recursos, e, para ainda prejudicar a situação da sociedade brasileira, acontece uma das piores crises inflacionaria, então sem recursos e com extrema dificuldade para sobreviver foi aquele o momento que a população percebeu e não ficou satisfeita com o governo. Ainda assim a situação piorou e a população nordestina levou à tona o que já se esperava deste descontentamento. Através de uma denúncia todos puderam ter ciência do que estava na verdade sendo feito para o nordeste brasileiro, o ocorrido foi que a verba que o governo federal estava liberando para o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) estava favorecendo aos "coronéis", os mesmos estavam tendo, por exemplo, o privilégio de construções de açudes em suas fazendas usando o dinheiro federal na qual aquele povo sofrido pela seca não tinha ao menos um mínimo de água para a sobrevivência, então com isso a sociedade voltou-se contra Kubistchek, naquele momento o presidente percebeu pelo povo que o problema do Brasil estava ligado ao desenvolvimento do nordeste e com a sua construção de Brasília nada iria o favorecer, foi assim que o mesmo resolveu colocar em pratica seus planos de desenvolvimento do nordeste. Apesar do avanço na industrialização brasileira a diferença do nordeste para a região sul estava a cada instante em crescente escala, foi assim que o governo resolveu por em pratica uma das ideias mais revolucionarias para o país na época, o mesmo fez fluir a ideia da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), surgiu em 1959, com um auxílio de um grupo de estudos que era chefiado por Celso furtado, que na teoria seria a SUDENE seria criada em prol da sociedade nordestina e assim o desenvolvimento do mesmo seria constante e ainda melhor por ser um incentivo do governo.

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