As Etapas do Pensamento Sociológico
Por: Marília Petrini • 17/4/2019 • Dissertação • 2.720 Palavras (11 Páginas) • 297 Visualizações
Montesquieu
Escola sociológica – estudou a diversidade histórica, suas leis, costumes, ideias e instituições.
Deseja passar do dado incoerente a uma ordem inteligível
- As coisas não estão em um caos constante, mas que são inteligíveis a partir de suas causas profundas – É preciso captar, por trás da sequência aparentemente acidental dos acontecimentos, as causas profundas que os explicam.”
- É possível organizar a diversidade dos hábitos, dos costumes e das ideias num reduzido número de tipos – Entre a diversidade dos costumes e a unidade absoluta de uma sociedade ideal, há um termo intermediário.
“Tornamos inteligível o devenir porque aprendemos as causas profundas que determinaram o andamento geral dos acontecimentos. Tornamos a diversidade inteligível quando a organizamos dentro de um pequeno numero de tipos ou de conceitos.”
Teoria política: foco no livro “O espírito das leis”; Montesquieu como pensador político + sociólogo
1ª parte: formas de governo (república, monarquia e despotismo);
2ª parte: causas materiais/físicas que influenciam os homens;
3ª parte: causas sociais (comércio, moeda, n° habitantes e religião) sobre os hábitos humanos.
- Teoria das Causas para a existência do governo: Quem detém o poder?
Como o poder é exercido?
Sentimento que permite governar?
Sentimento que permite governar: Rep – virtude; Monarquia – honra; Despotismo – medo.
Influências físicas para o gov: Rep – pequeno; Monarquia – médio; Despotismo – grande.
*Então o sociólogo admite a necessidade de um regime humana e moralmente mau?
REP } MON } DESP
Na república, é necessária a divisão dos 3 poderes: executivo, legislativo e judiciário
- Poder legislativo coopera com o executivo, exame das leis aplicadas;
- Poder judiciário como intérprete das leis – teme-se a magistratura, não os magistrados;
- Montesquieu não visa limitá-los, mas sim o equilíbrio dos poderes sociais (liberdade política) + nenhum poder pode ser ilimitado, pois gera tirania (crítica explícita ao despotismo);
Para Montesquieu, regime ideal = república aristocrática.
Compreensão ampliada da sociedade: influência dos meios geográficos, das causas sociais e da religião.
Compreensão do espírito geral de uma nação:
- Costumes (conduta interior) e hábitos (conduta exterior), são impostos pela sociedade;
- Leis (civis, penais e constitutivas), regras decretadas pelo próprio Estado.
Influências físicas dnv: clima (frio + sensibilidade, calor -); solo (fértil, estéril; relevo). Meio físico determina uma certa maneira de ser fisiológica, nervosa e psicológica dos homens. * escravidão: calor enfraquece o corpo, forma de movê-los é o castigo – ai, slave choca menos a razão.
Por que exercem influências? Porque os homens são governados por uma pluralidade de coisas: clima, religião, leis, máximas do gov, hábitos e costumes – disso tudo resulta um espírito geral.
Oq é espírito geral? Características que uma determinada coletividade adquire através do tempo, como resultado da pluralidade das influências que atuam sobre ela (cultura de uma nação).
Permuta entre regime político e espírito geral: o 1° só se mantém a partir da existência de um sentimento.
Qual o intuito de Montesquieu ao elucidar “o espírito das leis”? explicar o modo causal e a diversidade das leis positivas; dispor de critérios válidos e universais para fundamentar os juízos de valor, ou morais, relativos às instituições.
- Natureza orgânica: leis invariáveis – universalmente válidas;
- Homens: leis racionais
* leis positivas podem ser violadas, mas as leis racionais não.
Homem natural: anterior à sociedade, não é belicoso por natureza (refuta Hobbes) – a origem da guerra não está no estado de natureza, mas sim no estado social. A partir do estado de natureza é possível constatar as desigualdades na sociedade e o papel é atuar estas (refuta Rousseau).
Contribuições do pensamento de Montesquieu:
- Afirmou implicitamente a pluralidade indefinida das explicações parciais;
- Buscou aprender o que constitui a unidade dos conjuntos históricos, indo além da justaposição das relações parciais;
- Considerou a necessidade de entender as relações abrangentes, pois essas devem orientar a redação de leis;
- Associou as leis de determinado setor à finalidade de uma atividade humana;
- Referenciou as leis universais da natureza humana que permitem condenar certas instituições (condenação da escravidão);
- Averigua o pensamento sincrônico e o diacrônico.
Auguste Comte
Ao contrário de Montesquieu, que era o sociólogo da diversidade humana e social, Auguste Comte é o sociólogo da unidade humana e social, da unidade da história humana. Ele tem dificuldade em encontrar e fundamentar a diversidade, pois acredita que só há um tipo de sociedade absolutamente válido.
Positivismo: ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro, uma teoria só é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos; ciência como base, produção de verdades cientificas e incontestáveis, criam leis. O progresso da humanidade depende exclusivamente de avanços científicos.
Pensamento dividido em 3 etapas:
- 1820 – 1826: reflete sobre a sociedade do seu tempo, descrição e interpretação do momento histórico vivido pela sociedade europeia no princípio do século XIX.
- Da sociedade teológico militar para a científica industrial: cientistas assumem o lugar dos sacerdotes, base intelectual e moral da ordem social; os industriais substituem os militares;
- Atv principal deixa de ser a guerra dos homens contra os homens e se torna a luta dos homens contra a natureza, na exploração racional dos recursos naturais;
- Reforma social tem como fundamento a reforma intelectual;
- Comte como reformador – doutrinário da ciência positiva e social.
- 1830 – 1842: foco ampliado, passa a entender a história da Europa e sua condição presente.
Desenvolve 2 leis essenciais: a lei dos três estados e a classificação das ciências
- Lei dos três estados: ligada ao espírito humano, que passa por 3 fases
1 explica os fenômenos atribuindo-os a seres, comparáveis ao próprio homem (idade teológica);
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