Biografia David Ricardo
Por: Lucas Rodrigues • 5/6/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 981 Palavras (4 Páginas) • 708 Visualizações
INTRODUÇÃO – QUEM FOI?
David Ricardo é reconhecido como o sucessor de Adam Smith. Foi o economista mais influente de sua época, e a influência de seu trabalho se manteve por décadas.
TÍTULO 1
David Ricardo nasceu em Londres em 18 de Abril de 1772. Cresceu no ambiente dos negócios, visto que seu pai era um judeu holandês que fez fortuna na bolsa de valores, o mesmo entrou para o ramo do pai aos 14 anos tornando-se operadora da bolsa de valores londrina e mostrou ter aptidão para o trabalho. Aos 21 anos converteu-se ao protestantismo e casou-se com uma quacre – grupo religioso que basicamente baseia-se na busca pessoal da manifestação divina, sem intermédios de padres ou ministros da Igreja, chamam a presença de Deus dentro de cada pessoa de luz interior e acreditam que essa luz guia suas vidas – prosseguiu suas atividades na bolsa de valores e em poucos anos ficou rico o suficiente para dedicar-se principalmente a matemática, química e geologia. Ricardo viveu em uma época onde os camponeses estavam migrando para os centros urbanos a procura de trabalho, pois haviam sido expulsos das antigas terras comunais devido ao processo de cercamento, e que encontravam muitas vezes condições de subsistência. A Inglaterra havia acabado de passar pela primeira revolução industrial – um processo de avanço tecnológico e mudanças sócias que tornaram autônoma a produção industrial. As inovações mais importantes do período – tecnologia a vapor, estradas de ferro, avanço da mineração e das siderúrgicas – permitiram centralizar a produção de manufaturados reunindo nas primeiras fabricas modernas, os produtores antes dispersos, mudando o equilíbrio entre cidade e campo. Por muitas vezes, crises comercias faziam com que o lucro dos empresários diminuísse e isso gerava desemprego o que piorava mais ainda as condições do proletariado urbano.
Outro fato marcante na época de Ricardo foi a Revolução Francesa – um movimento composto por pobres, desempregados, pequenos comerciantes e camponeses que visavam tirar do poder a monarquia comandada pelo rei Luís XVI, devido a insatisfação popular ocasionada pela extrema miséria e extrema injustiça social.
Em 1789 teve o primeiro contato com a principal obra de Adam Smith “A riqueza das Nações” do qual se impressionou profundamente com o livro. Foi a partir deste ponto que começou a estudar com empenho os temas econômicos desenvolvendo uma aguda percepção teórica para os problemas que já havia vivenciado na pratica.
Sua primeira participação no debate público ocorreu após dez anos em 1809, tratando de questões da economia monetária, em um debate a respeito da livre conversibilidade da libra em ouro. As conclusões de Ricardo serviram como base para a criação do Bullion Comittee, que recomendaria a volta da conversibilidade da moeda, que ocorreu apenas em 1821.
Ricardo afirmava que, sob o padrão ouro, a estabilidade monetária e os fluxos de capitais entre os países poderiam ser regulados automaticamente, sem a intervenção dos governos nacionais, apenas se fossem deixadas operando as forças livres do mercado. Esse regime do padrão ouro serviu como base para os sistemas monetários Europeus até a eclosão da Primeira Guerra Mundial.
Mas foi na sua interpretação sobre as causas da inflação que David Ricardo trouxe sua contribuição que permanece até os dias atuais em debates econômicos. Um importante economista da época Tomas Malthus – considerado pai da demografia por ter sido o criador da primeira teoria populacional que relacionava o crescimento populacional com a fome – acreditava que as causas da inflação advinham do aumento no preço dos cereais devida as guerras que prejudicavam o abastecimento, Ricardo por sua vez mudou o rumo dessa discussão ao apontar que as causas do aumento da inflação se davam devido ao excesso de notas emitidas pelo Tesouro Inglês, o qual deveria recolher o excesso de papel-moeda na mesma proporção da elevação dos preços – uma das primeiras versões da Teoria Quantitativa da Moeda. Essa teoria foi explicada no seu primeiro livro The High Price of Bullion, a Proof of the Depreciation of Bank Notes (O alto preço do lingote de ouro, uma prova da depreciação das notas de banco) lançado no ano de 1810.
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