Biografia de David Ricardo
Por: Débora Souza • 13/6/2015 • Trabalho acadêmico • 2.826 Palavras (12 Páginas) • 756 Visualizações
Biografia
De
David Ricardo
Introdução à economia
Professor: Portugal
Sala: MB1
Débora Cruz Souza
RA00167338
Roberta Teixeira
RA00168801
ÍNDICE
- Introdução.................................................................Página 3
- A trajetória de David Ricardo....................................Página 4
- Contexto histórico.....................................................Página 6
- Influencias e Influenciados........................................Página 7
- Contribuições teóricas..............................................Página 9
- Principais obras.......................................................Página 11
- Conclusão................................................................Página 12
- Bibliografia..............................................................Página 13
Introdução
D
avid Ricardo prestou grandes contribuições ao conhecimento econômico, algumas de suas ideias vigoram até hoje e outras foram utilizadas de bases para pensadores, que reformulariam suas ideias. Desde sua época, já era considerado um importante economista, que mesmo sem formação acadêmica, possuía bons conhecimentos práticos sobre o funcionamento da economia, graças a sua carreira em finanças. Assim, já dominando os aspectos práticos da sociedade, pode fazer suas teorias com maiores níveis de abstração.
Ricardo, juntamente com Smith, formularam pioneiras teorias sobre a economia politica. Na época já exercia grande influência, procurando solucionar os problemas econômicos da época e direcionando os rumos da politica econômica inglesa.
Assim, para mostrar a importância de David Ricardo na Economia politica, ate os dias de hoje, ao longo do texto, serão apresentadas resumidamente algumas das teorias, influências e contribuições de Ricardo. Primeiramente será discorrida uma breve biografia de sua vida, pessoas influentes para seus pensamentos e quem ele influenciou em sua trajetória. As ideias principais de Ricardo que vão ser discorridas brevemente serão: a teoria da renda fundiária; teoria do valor-trabalho; teoria das vantagens relativas; teoria quantitativa da moeda; e debates sobre a lei do trigo.
Fundamental mencionar o contexto em que Ricardo viveu bem como seus influentes, pois foi de seus conhecimentos e aprendizados prévios que pode desenvolver suas contribuições, e desse modo, podemos nos aproximar e compreender da melhor forma as suas ideias e teorias. Serão apresentadas também pequenas explicações de suas principais escritas econômicas deixadas como legado por David Ricardo: “Um ensaio sobre a influência de um preço baixo do trigo nos lucros do capital” (1815) “O alto preço do ouro, uma prova da depreciação das notas bancárias” (1810), “Princípios da economia política e tributação” (1917).
A trajetória de David Ricardo
D
avid Ricardo nasceu em Londres no ano de 1772, é terceiro filho de dezessete irmãos, sua família era de descendentes judeus que fugiram das perseguições em Portugal. Seu pai, Abraham Ricardo, havia se mudado da Holanda para a Inglaterra, pouco tempo antes de Ricardo nascer, onde começou a negociar na bolsa de valores e construir sua fortuna, aos 14 anos Ricardo deixou a escola e passou a seguir os passos do pai de operador de valores. Aos 21 anos rompeu ligações com a família, por se casar com uma Quaker, perdendo também sua fortuna.
Em poucos anos, prosseguindo com suas atividades na bolsa de valores, novamente ficou rico o bastante para mover-se familiarmente pelo mundo dos negócios e finanças do capitalismo mais avançado da época. A partir de então, investiu sua fortuna adquirida para estudar literatura e ciência, principalmente química, geologia e matemática. Ricardo é um dos raros casos em que uma pessoa atingiu enorme sucesso e fama sem nunca ter cursado uma universidade. E mesmo sem sua formação, era respeitado pelos estudiosos, que evitavam confrontar com Ricardo. Diferente de Prof. Malthus, que se opôs as ideias dele, criando um duelo que entrou para a história do pensamento econômico.
Aos 27 anos, após ler a Riqueza das Nações de Adam Smith, Ricardo passa a se interessar por economia. Publicou seus primeiros artigos sobre economia com 37 anos, falou sobre a questão do preço do ouro em “O alto preço do ouro, uma prova de depreciação das notas bancárias” no ano de 1810. Também publicou sobre o protecionismo à agricultura, e, seus efeitos sobre os preços agrícolas, os lucros e o crescimento econômico. Em seu ‘Ensaio sobre a influência de um preço baixo do milho sobre os lucros com ações’ publicado em 1815, Ricardo cita a lei da produtividade marginal decrescente, uma das principais leis econômicas.
Em 1817, publicou sua obra principal "Princípios de economia política e tributação", que nasceu do debate sobre as Leis dos Cereais e do incentivo de James Mill, esse livro consagrou Ricardo como o grande nome da Economia Política Clássica, assim como Adam Smith na época, também prestou grande influencia econômica no mundo ocidental por muitas décadas.
Suas teorias, em grande parte, defendem a burguesia industrial e o liberalismo econômico. No século XIX exerceu grande influência no conflito entre os defensores do capitalismo liberal e seus opositores, como Marx.
Ricardo foi um dos primeiros a exigir rigor científico nos estudos econômicos, e assim analisou os aspectos mais significativos do sistema capitalista de produção.
Importante mencionar que, em 1819, Ricardo elegeu-se membro da Câmara dos Comuns, que tem como responsabilidade a gerencia dos impostos, a aplicação de verbas públicas, e a fiscalização dos ministros. Com seu novo cargo, Ricardo pretendia mudar os rumos da política economia inglesa, tentando convencer os membros da câmara a adotarem medidas reformistas.
David Ricardo morreu prematuramente em 11 de setembro de 1823, deixando incompleta uma obra em que trabalhava e um valioso patrimônio devido sua carreia de corretor de ações e empréstimos.
Contexto histórico
D
urante o período vivenciado por David Ricardo, a Inglaterra passou por uma grande transformação. Depois de passar pelo ápice da Primeira Revolução Industrial, a nova realidade alternava momentos de crescimento econômico com momentos de crise, em que os capitalistas viam seus lucros caírem.
Simultaneamente, o desemprego tornara-se frequente e a miséria o acompanhava, agravando a situação socioeconômica nas cidades e motivando revoltas e agitação da parte do operariado. Ou seja, podemos levar em conta que a primeira revolução industrial na Inglaterra não mudou só o processo de produção com a introdução de máquinas, mas também modifica radicalmente a relação social, aonde os artesões foram transformados em proletários devido à concentração de fatores, provenientes do avanço técnico e causando uma radical mudança na relação entre meio urbano e meio rural inglês.
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