Blocos Econômicos
Seminário: Blocos Econômicos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Ama_Jardim02 • 20/2/2015 • Seminário • 3.679 Palavras (15 Páginas) • 271 Visualizações
Blocos econômicos
Os blocos econômicos são um tipo de acordo intergovernamental, muitas vezes PARTE de uma organização intergovernamental, onde barreiras ao comércio são reduzidas ou eliminadas entre os Estados participantes.
A maioria dos blocos comerciais estão definidos por uma tendência regional e podem ser classificados de acordo com seu nível de integração econômica.
ALCA (Acordo de Livre Comércio das Américas)
A ALCA surge em 1994 com o objetivo de eliminar as barreiras alfandegárias entre os 34 países americanos (exceto Cuba). O prazo mínimo para a sua formação é de 7 anos, quando poderá transformar-se em um dos maiores blocos comerciais do mundo.
Com o PIB total de 12,5 trilhões de dólares (maior que o da União Européia - U.E.), os países da ALCA somam uma população de 790 milhões de habitantes, o dobro da registrada na U.E. Na prática, sua formação significa abortar os projetos de expansão do MERCOSUL e estender o NAFTA para o restante das Américas.
Os EUA são os maiores interessados em fechar o acordo. O país participa de vários blocos comerciais e registrou em 2000 um déficit comercial de quase 480 bilhões de dólares. Precisa, portanto, exportar mais para gerar saldo em sua balança comercial. Com uma área livre de impostos de importação, os norte-americanos poderiam suprir as demais nações da América com suas mercadorias.
Em maio de 2002, é aprovado nos EUA o fast-track, que permite que o presidente do país possa negociar acordos comerciais, permitindo ao Congresso apenas aprovar ou não os acordos, sem fazer qualquer tipo de emenda ou modificação no texto original. A criação do fast-track está ajudando os EUA a agilizar a implementação da ALCA.
A grande preocupação da comunidade latino-americana, que gera a maioria das reclamações por parte dos críticos à formação do bloco, assim gera a preocupação por parte dos governos dos países que irão fazer parte da ALCA, diz respeito as barreiras não tarifárias (leis antidumping, cotas de importação e normas sanitárias) que são aplicadas pelos EUA. Apesar da livre circulação de mercadorias, essas barreiras continuariam a dificultar a entrada de produtos provenientes da América Latina naquele mercado.
Juntamente com 33 outros países americanos, o Brasil vem participando desde 1994 de entendimentos sobre a eventual formação de uma Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Na cúpula de MIAMI, em dezembro daquele ano, decidiu-se formar até 2005 uma zona de livre comércio que incluiria todos os países do Hemisfério Ocidental, exceto Cuba1. Desde então, as negociações avançaram consideravelmente.
Só nos últimos dois ou três anos, entretanto, é que teve início uma discussão mais intensa a respeito desse tema no Brasil. A sociedade brasileira começou a se dar conta de que a Alca pode ter consequências graves para o FUTURO do país. Não obstante, a negociação da Alca tem implicações que a grande maioria dos brasileiros ainda desconhece.
Em muitos círculos influentes, a Alca é apresentada como uma decorrência "inexorável" de tendências ou realidades internacionais. Segundo algumas versões, a Alca faria parte de um suposto movimento geral de formação de blocos econômicos regionais. Apela-se, não raro, para o argumento de que não haveria condições objetivas de se opor à iniciativa dos EUA. O BRASIL não poderia, afirma-se, enfrentar o poder norte-americano, abandonar uma negociação em curso e ficar isolado nas Américas.
APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico)
A APEC, Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico, foi criada no ano de 1989 na Austrália, como um fórum de conversação entre os países membros da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) e seis parceiros econômicos da região do Pacífico, como EUA e Japão. Porém, apenas no ano de 1994 adquiriu características de um bloco econômico na Conferência de Seattle, quando os membros se comprometeram a transformar o Pacífico em uma área de livre comércio.
A criação da APEC surgiu em decorrência de um intenso desenvolvimento econômico ocorrido na região da Ásia e do Pacífico, propiciando uma abertura de mercado entre 20 países mais HONG KONG (China), além da transformação da área do sudeste asiático em uma área de livre comércio nos anos que antecederam a criação da APEC, causando um grande impacto na economia mundial.
Um aspecto estratégico da aliança é aproximar a economia norte-americana dos países do Pacífico, a para contrabalançar com as economias do Japão e de HONG KONG.
Entre os aspectos positivos da criação da APEC estão o desenvolvimento das economias dos países membros que expandiram seus mercados, sendo que hoje em dia, além de produzirem sua mercadoria, correspondem a 46% das exportações mundiais, além da aproximação entre a economia norte americana e os países do Pacífico e o crescimento da Austrália como exportadora de matérias primas para outros países membros do bloco.
Como aspectos negativos, pode-se salientar que um dos maiores problemas da APEC, senão o maior é a grande dificuldade em coincidir os diferentes interesses dos países membros e daqueles que estão ligados ao bloco, como Peru, Nova Zelândia, Filipinas e Canadá. Além disso, o bloco tem pouco valor em relação à Organização Mundial do Comércio, mesmo sendo responsável por grande movimentação no comércio mundial.
Países Membros: os países membros da APEC são: Austrália, Brunei, Canadá, Indonésia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Filipinas, Cingapura, Coréia do Sul, Tailândia, Estados Unidos, China, HONG KONG, Taiwan, México, Papua, Nova Guiné e Chile.
Relação com o BRASIL: a relação da APEC com o Brasil não é muito direta ou explícita, porém alguns países membros da APEC, também fariam parte da ALCA, caso seja realmente formada, além de uma reunião que foi criada pelos membros do Foro de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico que discutiu a globalização e durou sete dias, na qual o Brasil foi um dos temas junto com outros países da América Latina, discutindo-se a relação entre os países. O bloco está dividido quanto a questão do petróleo, pois vários de seus membros são produtores e estão satisfeitos com a alta nos preços, em quanto aqueles que precisam comprar petróleo brigam para que o preço diminua.
MERCOSUL (Mercado Comum do Sul)
Criado em 1991, o MERCOSUL é composto por Argentina, Brasil, Paraguai
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