CONTRATO DE VENTURA COMUM COMO FERRAMENTAS LEGISLATIVAS INTERNACIONAIS EMPRESAS
Projeto de pesquisa: CONTRATO DE VENTURA COMUM COMO FERRAMENTAS LEGISLATIVAS INTERNACIONAIS EMPRESAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JJJJJ5 • 22/9/2014 • Projeto de pesquisa • 2.730 Palavras (11 Páginas) • 423 Visualizações
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O CONTRATO DE JOINT VENTURE COMO
INSTRUMENTO JURÍDICO DE INTERNACIONALIZAÇÃO
DAS EMPRESAS
Maria Bernadete Miranda
Clovis Antonio Maluf
Mestre em Direito Comercial pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Professora de Direito
Comercial no Centro Universitário Fieo e no Centro Universitário Nove de Julho – Advogada
Especialista em Direito Comercial pela Universidade Mackenzie, com cursos no exterior, Professor de
Direito Comercial no Centro Universitário Fieo – Advogado militante.
1. INTRODUÇÃO
Para bem entender o que seja joint venture, precisamos ter presente que
sua origem está na prática privada, nos contratos que lhe dão nascimento e,
fundamentalmente, nas operações comerciais.
Joint venture é, portanto, uma figura jurídica originada da prática, cujo
nome não tem equivalente em nossa língua, mas que pode assim ser entendida
como contrato de colaboração empresarial. Ela corresponde a uma forma ou
método de cooperação entre empresas independentes, denominado em outros
países de sociedade entre sociedades, filial comum, associação de empresas etc.
A característica essencial do contrato de joint venture é a realização de um
projeto comum, empreendimento cuja duração pode ser curta ou longa, porém
com prazo determinado. É a celebração de um contrato entre duas ou mais
empresas, que se associam, criando ou não uma nova empresa para realizar uma
atividade econômica produtiva ou de serviços, com fins lucrativos.
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Uma joint venture pode ser criada para desenvolver uma série de
atividades, tais como, projetos industriais, execução de obras, pesquisas e
desenvolvimentos, atividades financeiras, prestação de serviços, etc.
Cada parte que compõe os pólos dessas associações deve trazer aquilo
que possui de melhor, além disso, a transparência é essencial, pois a joint venture
é a confiança entre as partes.
2. CONTRATO DE JOINT VENTURE
A joint venture teve sua origem no direito anglo-saxônico, a partir de uma
forma de associação empírica, aplicada em alguns campos do direito interno,
atingindo, posteriormente, a universalidade de seu uso nos negócios
internacionais.
Tradicionalmente, no direito inglês, a joint venture tinha conotação de
aventura conjunta, ligada a um contrato de direito de navegação, visando auferir
lucros com um negócio ultramarino, de exportação/importação. No entanto há que
se notar que a lei inglesa nunca concebeu a joint venture como figura autônoma,
própria, assumindo essa um caráter pessoal, sendo referida como particularized
partneship ou, ainda, special partnership.
Partnership - do inglês to part, do latim partiri, em português “partir” ou
“compartir” - designa a relação existente entre duas ou mais pessoas que
realizam um negócio em comum, e a relação desses com terceiros.
No final do século XIX, as joint ventures foram sendo constituídas, em
regra geral, sob a forma societária, dentro ainda do setor ferroviário, e com os
objetivos de construir estações em comum, bem como de adquirir carruagens
para a utilização nas linhas.
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Já no século XX são largamente constituídas joint ventures na indústria
petrolífera, tendo como objetivo particular a pesquisa e o desenvolvimento
conjunto. Essa tendência de concentração dos recursos estende-se,
posteriormente, à indústria do aço, constituindo importante fator de
desenvolvimento do setor.
Há que se fazer uma análise comparativa entre joint venture e partnership,
a fim de que possamos compreender a existência de suas figuras distintas, ou de
uma única, porém com roupagem diversa.
São alguns os pontos semelhantes entre partnership e joint venture, tais
como: emprego em comum de meios ou recursos; busca de ganhos ou lucros
comuns; em regra geral não possuem personalidade jurídica, reunindo duas ou
mais partes, e essas, sim, possuidoras de personalidade.
Quanto à natureza das partes envolvidas na elaboração do contrato, de
modo geral, as corporations não poderão fazer parte na criação de partneship.
Será exatamente o contrário o que ocorrerá nas joint ventures, sendo
perfeitamente possível a participação de corporations na sua formação. Há que se
falar mesmo que tal contrato possibilitará a concentração de grandes capitais, o
que é essencialmente buscado pelas corporations.
Um outro elemento distintivo é o poder que possui um participante para
obrigar
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