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Capitalismo pós segunda guerra

Por:   •  17/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.280 Palavras (10 Páginas)  •  408 Visualizações

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Questão 1

Descreva, em linhas gerais, o desenvolvimento do capitalismo no pós II Grande Guerra, no período que vai de 1945 a 1973. Identifique os principais fatores que deram identidade ao período em questão.

O período pós Segunda Guerra foi decisivo para a recuperação dos Estados Unidos, desde os acontecimentos da Crise de 1929. Apesar de ter havido cerca de 300 mil mortes de americanos na guerra, a destruição material não foi significativa. Na verdade, por causa da guerra, cerca de 9 à 10 milhões de empregos foram gerados, e após essa, houve um grande aumento nas exportações para a europa que estava em reconstrução. Além disso, houve também um aumento do consumo pessoal dos cidadãos, assim como também um aumento ao investimento à empresas, graças aos lucros adquiridos com a guerra.

Atravessando o oceano, encontramos uma europa e Japão em situações bem diferentes. Estima-se aproximadamente 40 milhões de mortos, decorrentes da guerra. Além desses, existiam tantos outros que ficaram inválidos por conta da mesma, o que representou falta de mão de obra nesses países. Ademais, acrescenta-se também a detruição de estradas e pontes, o que dificultava o tranporte de produtos entre regiões, assim como a destruição da habitação de milhares.

Por conta dessa escassez de produtos, os governos europeus e japonês tiveram de tomar severas medidas como a escassez de alimentos - que ocasionou a mortes de tantos outros - e a escassez de carvão - que era necessário nas maquinarias, mas que também era necessário para as famílias no rígido inverno.

Diferente do que ocorreu na Primeira Guerra, ao final desta não foi exigido dos países que a perderam que pagassem altas taxas. Isso não exatamente ajudou esses países, mas ao menos não serviu de agravante para a situação que se encontravam.

Devido à situação que o mundo se encontrava, em 1947 foi instituído o Plano Marshall, cujo objetivo principal era de ajudar esses países a recuperar suas estruturas. Além das razões humanitárias em volta desse plano, esperava-se também que houvesse um retorno aos Estados Unidos, pois uma vez que esses países se recuperassem, o quanto antes poderiam voltar a consumir mais dos seus produtos.

Vale lembrar que os americanos se encontravam temerosos que pudesse haver uma expansão da cultura soviética, e por isso o Plano Marshall vinha também para consolidar o capitalismo nos países que o aderissem. O Plano foi oferecido também à União Soviética e aos países que sofriam de sua influência, sendo porém regeitados por estes.

Nos quase quatro anos de operações do Plano Marshall, foram doados US$ 13 bilhões ( o que hoje correspoderia a dez vezes esse valor), sendo os países mais beneficiários Reino Unido, França, Alemanha Ocidental, Holanda e Itália.

Nessa época também, em busca da contenção do crescimento soviético, foi formada a OTAN, cujo objetivo era justamente de conter esse crescimento, sendo formada por países da Europa Ocidental e América do Norte. Por outro lado, formou-se o Cominform, que liderados pela União Soviética, tinham como apoio a Europa Ocidental. A criação desses dois blocos acabou por iniciar de certa forma a Guerra Fria, que era basicamente uma briga entre os EUA e os Soviéticos.

Na década de 1950 começam os Anos Dourados no mundo, onde o valor do PIB desses países passa a ter um crescimento maior, quando comparado aos anos que sucederam o final da Segunda Guerra, e as populações de países desenvolvidos passam a consumir em massa produtos duráveis, como carros e eletrodomésticos. Esse aumento do consumo de novos bens derivados da inovação, somado ao oferecimento de novos bens e indução do consumo destes através de intensa propaganda, fez com que a economia americana se expandisse, assim como a européia, de certo modo.

Por outro lado, as riquezas eram divididas de forma desigual, mesmo em países que passavam por um grande crescimento nos Anos Dourados. Além da riqueza a comida também era distribuída desigualmente, pois havia uma superprodução em larga escala, mas havia pessoas passando fome do outro lado do mundo.

Houve a ampliação do papel do Estado e o chamado pacto de “divisão” da produtividade e também o avanço tecnológico provocado pelas guerras. Nos países com menor desenvolvimento, os Anos Dourados levaram à fome, por causa do grande índice de natalidade. Países do Extremo Oriente e da América Latina não produziram tanto alimento e passaram a importar dos desenvolvidos em troca de produtos agrícolas mais baratos.

Questão 2

O período compreendido entre 1973 e 1990 caracteriza-se por ser um período de crise no capitalismo mundial. Evidencie e discuta as duas causas fundamentais desta crise.

As duas causas fundamentais para essa crise foram: o aumento súbito do preço do pétroleo e a desvalorização do dólar.

Esse aumento do preço dos barris de petróleo, acontecido em 1973, foi uma forma de retaliação dos países árabes - maioria constituintes da OPEP - aos Estados Unidos por esses últimos terem apoiado Israel na guerra do Yom Kippur, no mesmo ano, triplicando o preço dos mesmos.

Ainda em 1973, o dólar chegou a se desvalorizar cerca de 10%.

Assim, o Grupo dos Vinte, composto pelos vinte países capitalistas mais ricos do mundo, decidiu por dar todas as condições de liquidez para as transações comerciais e assim evitar o agravamento de novas crises ao estilo das anteriores.

Questão 3

Entre 1990 e os dias de hoje vivemos um período de auge na economia mundial, seguido de um período de crise. Evidencie os fatores determinantes do expressivo crescimento da economia mundial entre 1990 e 2008, assim como os fatores que levaram a crise. Compare a crise atual (e os pós-crise) com a crise de 1929 (e os pós-crise), apontando semelhanças e diferenças entre as mesmas.

As principais crises do sistema financeiro global tiveram início nos Estados Unidos e repercutiram em todo o mundo. Esta repercussão deveu-se à influência exercida pela economia norte-americana nas demais.

É possível destacar ainda que ambas as crises foram causadas pelo Estado. Causou a primeira ao permitir um ritmo desenfreado de produção e se agravou ao restringir o comércio internacional e ao aumentar o poder dos sindicatos. As políticas públicas americanas transformaram uma crise passageira em depressão severa. Já a segunda começa com gastos exagerados em guerras e ao aceitar ajuda de outros países, ao invés de controlar a própria economia; o Estado não regulou o setor financeiro, e ainda ofereceu apoio ao crédito sem restrições. Além disso, ofereceu dinheiro a bancos que estavam à beira da falência. Essa é uma das semelhanças entre as crises de 2008 e de 1929: em ambas o Estado primeiro causou a crise; e depois, a título de salvar a economia, transformou a crise num fenômeno de grandes proporções e sérias consequências.

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