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Comentários do Texto Economia "se piorar mais, resolve"

Por:   •  19/11/2016  •  Resenha  •  380 Palavras (2 Páginas)  •  276 Visualizações

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A produção das indústrias e as vendas no varejo influenciam o conjunto de bens e serviços produzidos pela economia de um país, também conhecido como “PIB real”.

Com o pior desempenho do mercado varejista em quatorze anos, o ano de 2015 se tornou um marco para o declínio da economia brasileira.

O raciocínio é simples: as vendas caem porque há uma crescente inflação (os preços sobem) que resulta em diminuição do poder aquisitivo dos consumidores. A maioria das famílias acostumou-se a cortar gastos e tem dificuldade em continuar consumindo. Se as vendas caem, as empresas e indústrias produzem menos (o lucro cai) e também reduzem custos, demitindo funcionários, reduzindo salários e jornada de trabalho.

Esses acontecimentos resultam num ciclo de aumento de desemprego, redução de salários, consequente queda do poder de compra dos consumidores, tornando a economia insustentável e fazendo crescer a dívida pública do Brasil. Em contrapartida, o governo adota medidas para amortizar juros e tentar reduzir esse acumulado, aumentando impostos e reduzindo verbas das mais diversas áreas (saúde, educação, segurança, entre outros) e tornando a população cada vez mais dependentes dos serviços públicos e dos benéficos que o governo oferta “’ às nossas custas.”

O aumento da dívida publica também faz cair a confiança dos investidores que não acreditam numa economia que não se sustenta (em recessão). Eles não investem nem financiam um país que visivelmente não honra suas contas e não demonstra meios para pagá-las.

Pode-se agregar outro exemplo a esse ambiente de crise um dado divulgado hoje (01/03/2016) pela associação comercial de São Paulo (ACSP): no mês mais forte do comércio, em dezembro de 2015, o varejo de São Paulo registrou queda de 15,1% em relação ao mesmo mês em 2014.

O Banco Central continua estipulando metas para o IPCA que claramente não serão atingidas. Parece ter como estratégia para “salvar” o cenário econômico brasileiro atual apenas aguardar pela redução da inflação que se dará quando os preços elevados não se sustentarem mais. Ou seja, quando a lei da oferta e da procura se esgotar – sem que nenhuma medida real seja tomada pelo BC – espera-se que automaticamente a economia volte a crescer, tendo em vista que o consumo, de forma geral, alavanca o crescimento econômico de um país. Tornando, como bem foi conceituado, o BC “um mero espectador da piora”.

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