Correntes elétricas
Tese: Correntes elétricas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Aninha38 • 9/9/2014 • Tese • 2.073 Palavras (9 Páginas) • 412 Visualizações
INTRODUÇÃO:
As correntes elétricas têm sido utilizadas desde os primórdios da Medicina. Os primeiros relatos sobre o uso da corrente elétrica como terapia foram descritos na Roma e na Grécia antigas para tratamento das cefaleias, nevralgias e outros processos dolorosos, nos quais se utilizavam descargas elétricas por meio de um tanque de água com enguias. Foi necessário que diversos pesquisadores trabalhassem em busca das ações das microcorrentes para que as mesmas fossem definidas.
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS:
Atualmente, no mercado, encontra-se alguns tipos de microcorrentes que podem ter os seguintes exemplos de onda:
1. Formas de ondas individuais com características de pulso monofásicos retangulares, que revertem periodicamente a polaridade. Neste caso, a inversão de polaridade ocorre a cada 2,5 segundos de forma automática.
2. Algumas formas de microcorrentes trazem um formato de pulso com uma rampa de amplitude automática para a série de pulsos distribuídos.
3. Outras formas de microcorrentes trazem um formato de pulso retangular distribuídos de forma monofásica. Esta é uma forma clássica encontrada na maioria dos aparelhos atualmente.
4. Alguns aparelhos trazem uma corrente contínua em forma de trens de pulso, com intervalos entre eles.
5. Há aparelhos que possuem correntes com pulsos trapezoidais (correntes contínuas).
6. Existem também formas de microcorrentes alternadas com formato de pulso retangular ou até senoidal.
De acordo com a literatura, diversos protocolos utilizam somente uma forma de onda para o tratamento das mais variadas afecções, tanto na área de dermato-funcional como em outras áreas da Fisioterapia, apresentando resultados satisfatórios segundo aquilo que se propõe tratar.
De acordo com o modelo do aparelho fabricado, os controles de intensidade normalmente permitem um ajuste de amplitude em torno de 10 a 900 microamperes. Os controles de frequência geralmente permitem ajustes de 0,5 Hz a 900 Hz (ou em até 1.000 Hz).
Um pulso de microcorrente típico é de aproximadamente 0,5 segundos, que é cerca de 2.500 vezes maior que um pulso típico de TENS.
Wing mencionou que a duração de pulso da microcorrente é sempre igual ao intervalo entre os pulsos, independente da frequência.
O plano de atuação das microcorrentes é profundo, podendo atingir um nível muscular, e apresenta-se com imediata atuação no plano cutâneo e subcutâneo.
Em comparação com o TENS, as microcrrentes são mais eficazes, pois além de diminuir ou eliminar a dor acelera o processo curativo e reparo tecidual.
EFEITOS FISIOLÓGICOS:
Restabelecimento da bioeletricidade tecidual
A membrana celular possui uma camada lipídica, sendo essa não permeável a todos os íons. Esta camada age de forma isolante, resultando na capacitância elétrica da membrana celular.
De acordo com vários autores um trauma afetaria o potencial elétrico das células do tecido lesionadas. Como as membranas ficam menos permeáveis ao fluxo de íons, e mais isoladas eletricamente, o fluxo intrínseco de bioeletricidade é forçado a levar o caminho de menor resistência. Portanto, a bioeletricidade evita áreas de alta resistência e vai em direção ao caminho mais fácil, geralmente evitando a lesão pela circulação sanguínea ao redor dela, isso resulta na diminuição da condutância elétrica na área ferida.
O decréscimo do fluxo elétrico na área lesionada diminui a capacitância celular, e, como resultado, gera a inflamação e a cura é assim diminuída.
Diversos estudos buscaram mostrar a eficácia das correntes elétricas, chegando à conclusão que a correta aplicação de microcorrentes em um local lesionado pode aumentar o fluxo de corrente endógena. Isso permite à área traumatizada recuperar sua capacitância. A resistência deste tecido lesionado é, então, reduzida, permitindo à bioeletricidade entrar na área e restabelecer a homeostase. Portanto, a terapia das microcorrentes elétricas pode ser vista como um catalisador útil na iniciação e perpetuação das numerosas reações elétricas e químicas que ocorrem no processo de cura.
Estes equipamentos trabalham no nível celular, criando um veículo de corrente elétrica para compensar a diminuição da corrente bioelétrica disponível para o tecido lesionado. Isso aumenta a habilidade do corpo para transportar nutrientes e resíduos metabólicos das células na área afetada.
INCREMENTO À SÍNTESE DE ATP (adenosina trifosfato)
O ATP pode ter sua formação motivada pela estimulação elétrica com microcorrente, que ocorre quando, durante a eletroestimulação, os elétrons reagem com as moléculas de água pelo lado catódico para produzir íons hidroxilos (-OH), enquanto no lado anódico, prótons (H+) são formados. Assim entre a interface anódica e catódica, um gradiente de prótons e um gradiente potencial atravessa o tecido e o meio é criado. Em consequência, os prótons, sob a influência do campo elétrico e a diferença de concentração, devem mover-se do ânodo para cátodo. Desde que a razão de formação de prótons na interface anódica seja igual a razão de consumo de prótons na interface catódica, o pH do sistema (meio e tecido) permanece sem interferência. Quando a migração de prótons alcança a membrana mitocondrial (H+) ATPase, o ATP é formado. A oxidação dos substratos, que é acompanhada pela migração de prótons através das membranas, pode igualmente ser estimulada eletricamente pela corrente induzida de prótons, ativando um processo de feedback.
A adenosina trifosfato (ATP) ,é um fator essencial no processo de cura. Com a microcorrente reabastece o mesmo e os nutrientes podem novamente fluir para dentro das células lesionadas e os resíduos dos produtos metabólicos podem fluir para fora das células. Isso é primordial para o desenvolvimento da saúde dos tecidos. O ATP também abastece os tecidos de energia necessária para aumentar o transporte de íons através das membranas e produzir novas proteínas.
AUMENTO DO TRANSPORTE DE MEMBRANAS:
Em virtude do aumento da produção de ATP, ocorre a intensificação do transporte ativo através da membrana.
O único meio de transporte significativo de aminoácidos
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