Crescimento econômico do Grupo Schincariol
Pesquisas Acadêmicas: Crescimento econômico do Grupo Schincariol. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: minhapequena • 15/5/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 1.868 Palavras (8 Páginas) • 357 Visualizações
CASO SCHINCARIOL
3.1 A trajetória
A Primo Schincariol Indústria de Cervejas e Refrigerantes S/A, fundada em 1939, na
cidade paulista de Itu, foi criada por Primo Schincariol. No início, produzia apenas
refrigerantes, como a famosa Itubaina sabor tutti-frutti. Apenas em 1989, a empresa começou
a produzir a sua primeira cerveja pilsen.
Com o passar dos anos ampliou suas atividades e fundou filiais em Alagoinhas (BA),
Cachoeira de Macacu (RJ), Caxias (MA), Alexânia (GO), Recife (PE), Igrejinha (RS) e uma
oitava está sendo construída em Benevides (PA).
O Grupo Schincariol firmou-se no mercado consumidor a partir de 1993, quando
apresentou um forte crescimento, pois, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Cerveja
(SINDICERV), o brasileiro aumentou o consumo médio de cerveja anual para 47 litros por
pessoa, o que acendeu a disputa entre os fabricantes. A melhor personificação dessa guerra no
mercado foi detonada em setembro de 2003 com o lançamento da Nova Schin, do grupo
ituano Schincariol.
A marca Schincariol, que era dona de uma participação de modestos 6% do mercado
de cerveja e que possuía, ainda, os produtos Primus e Glacial, chegou a 9% com o lançamento
da Nova Schin, e elevou assim para 11,5% a participação do grupo com apenas um mês de
campanha. Em dezembro, números da pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas de
mercado A. Nielsen incendiaram a disputa, pois, naquele momento, o grupo já havia
abocanhado a fatia de 15,2% das vendas; a Kaiser voltava a exibir os 12,4% que tinha em
setembro e a Ambev (fusão da Brahma e da Antártica) havia caído 3,5 pontos percentuais e
chegou à participação mais baixa desde a sua criação em 2000, 62,6%. Cada ponto percentual
do mercado valia, na época, R$ 80 milhões.
O Grupo Schincariol tornou-se a segunda maior produtora de cerveja do país com 7
(sete) fábricas em plena atividade e angariou respeito e admiração de toda a sociedade
brasileira. O Grupo era constituído por 7.000 operários diretos e 25.000 indiretos (entre
distribuidores, fornecedores e prestadores de serviço).
O Grupo Schincariol, após ter registrado um prejuízo de R$ 12 milhões em 2003,
fechou 2004 com um lucro operacional de R$ 83 milhões. O faturamento bruto da empresa
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totalizou R$ 2,4 bilhões em 2004, quase R$ 1 bilhão a mais do que em 2003, quando lançou a
cerveja Nova Schin. As cervejas do Grupo Schincariol responderam por 80% das vendas, e a
área dos não-alcoolicos por 20%, isto em 2004.
Os superintendentes do Grupo afirmaram que “fizemos a aposta certa ao reposionar
nossos produtos no mercado”. Outro fator que influenciou o crescimento do grupo, que
chegou a 58% em relação a 2003, foi a reformulação da rede de distribuidores-parceiros “o
crescimento do número de pontos-de-venda fez com que procurássemos uma saída mais rápida
para atender a demanda de venda e distribuição dos nossos produtos”.
Com o intuito de expandir suas unidades industriais de olho no crescimento do poder
aquisitivo do consumidor, o Grupo Schincariol teve um investimento previsto de R$ 600
milhões para 2005 nas áreas industrial e de Marketing, e, pelo menos 50% foram direcionados
para a ampliação da capacidade de produção. Em 2004, o investimento para aumentar a
capacidade ficou em R$ 294 milhões. O objetivo em 2005 era ampliar a capacidade instalada
de 2,1 bilhões de litros de cerveja para 3 bilhões de litros. Além disso, o grupo visava ampliar
o volume de exportação para os países da América do Sul.
Nos últimos 3 anos o Grupo Schincariol multiplicou por quatro seu tamanho e tornouse
uma pedra no sapato de seus concorrentes. Devido esse crescimento, o Grupo passou a ser
alvo da acusação de que a sua expansão era decorrente de fraudes e sonegação de impostos.
Diante dessas acusações, o analista do setor de bebidas do Banco Fator, Eduardo
Pfister disse: “Se esse crescimento veio de sonegação, será difícil que ela volte a ser
competitiva”. A prioridade da Schin não será mais ganhar mercado, sua batalha vai ser pela
sobrevivência.
3.2 A descoberta das fraudes
Através de uma megaoperação iniciada em silêncio em 2004, uma força-tarefa,
formada por agentes da Polícia Federal e da Inteligência da Receita Federal descobriu um
grande esquema de sonegação de impostos. A operação ficou conhecida como “Operação
Cevada”.
A Primo Schincariol Indústria de Cerveja e Refrigerantes S/A já possuía uma acusação
feita pelo Ministério Público Federal de São Paulo por crimes contra a ordem tributária e
fraudes contábeis.
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As investigações vinham ocorrendo desde 1996, ano em que a empresa realizou
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