DIVERSIFICAÇÃO E COERÊNCIA PRODUTIVA: PESQUISA DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Por: Rudimar05 • 21/6/2017 • Trabalho acadêmico • 2.751 Palavras (12 Páginas) • 335 Visualizações
DIVERSIFICAÇÃO E COERÊNCIA PRODUTIVA: PESQUISA DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Jeferson Tenfen, Acadêmico do curso de Ciências Econômicas da UNESC.
Rudimar Nicolau, Acadêmico do curso de Ciências Econômicas da UNESC.
INTRODUÇÃO
A diversificação e coerência produtiva é uma alternativa extremamente interessante para viabilizar o crescimento da empresa, e possibilita a expansão da empresa para mercados distintos de sua área de atuação e também amplia o potencial de acumulação, que influencia o crescimento da empresa.
No processo de diversificação se considera dois critérios básicos: diversificação horizontal/lateral e diversificação vertical/integração.
A diversificação horizontal consiste na introdução de novos produtos que possam ser vendidos pelos canais de distribuição já estabelecidos pelos produtos originais, ou seja, a empresa cria um novo produto sem a necessidade de ir em busca de um novo mercado para este produto. Também ampliam a possibilidade de realização do potencial de acumulação da empresa, elevando sua flexibilidade operacional e diminuindo sua vulnerabilidade diante de variações cíclicas da demanda em seu mercado original.
Na diversificação vertical a empresa assume o controle sobre diferentes estágios ou etapas da progressiva transformação de insumos e produtos finais. Existem dois tipos de integração: integração para trás e integração para frente.
→Integração para trás: corresponde a entrada em estágios anteriores do processo de produção e não altera à natureza do produto original; ocorre uma elevação do valor agregado do produto , mas não altera o preço e nem a receita da empresa.
→Integração para frente: corresponde a entrada em estágios posteriores do processo produtivo; altera a natureza do processo produtivo original; ocorre uma elevação do valor agregado do produto; alteração do preço e da receita da empresa.
Este trabalho tem por objetivo analisar e interpretar os resultados das pesquisas empíricas e examinar o grau de diversificação das maiores empresas do Brasil e também avaliar a diversificação nas cooperativas agropecuárias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, Marco Aurélio Marques; BRAGA, Marcelo José. Diversificação e competitividade nas cooperativas agropecuárias. Revista de Administração Contemporânea, v. 8, n. 4, p. 33-55, 2004.
RIBEIRO, Elizandro Walter Rãgsã Salles; KRETZER, Jucélio. ANÁLISE DA DIVERSIFICAÇÃO DOS GRUPOS ECONÔMICOS BRASILEIROS.
ANÁLISE DA DIVERCIFICAÇÕES DOS GRUPOS ECONÔMICOS BRASILEIROS
O processo de identificação da diversificação dos grupos econômicos pode não ser uma tarefa fácil. A diversificação surge como um meio alternativo na busca pelo crescimento, quando a firma inicia a fabricação de novos produtos, sem abandonar por completo a produção dos antigos. Os rendimentos prováveis de uma nova área de produção partem da analise estratégica do horizonte decisório da companhia, lavando em consideração três fatores:
→Aceleração de ritmo de crescimento da empresa.
→Desenvolvimento da eficiência técnico-produtivo.
→Balanceamento e dinamização das vendas.
As empresas buscam alguma ligação com uma característica de sucesso em seu negocio base. Pode-se dizer então, que a base tecnológica e a área de comercialização da empresa definem seu horizonte de diversificação. Deve-se considerar também o padrão de diversificação definido como formato organizacional e estrutura de propriedade, pelas empresas; a diversificação concêntrica e a diversificação em conglomerado.
A diversificação concêntrica ocorre quando a empresa opta em dar preferência à sinergia tecnológica e comercial de sua produção original, o que confere vantagens em termos de maior retorno, ao invés de atuar isoladamente. Em uma diversificação conglomerada, as empresas passam a seguir a lógica da busca por uma coerência técnico-produtiva e financeira, com formação de companhias de investimento, de modo a gerar um crescimento generalizado do grupo (FERREIRA et.al., 2004).
No ranking dos 200 maiores grupos do Brasil em 2012, publicado pela Exame (2013), como mostra a tabela a seguir, grupos empresariais possuem até 9 empresas, entre as quais apenas 4 grupos são constituídos por uma empresa: ABC Brasil, Electrolux, Rossi Residencial e Holcim. Observa-se que 59 grupos empresarias são formados por ate 5 empresas. Isso demonstra que quase a metade dos maiores grupos empresariais concentra suas atividades em poucas empresas, assim constata-se uma considerável redução da quantidade de grupos à medida que aumenta gradativamente o numero de unidades empresariais por grupo. Do total de 52 grupos empresariais com mais de 10 empresas, verifica-se que apenas 14 grupos possuem mais de 100 empresas e somente 1 grupo é constituído por mais de 500 unidades empresariais.
Tabela 1 – Número de grupos econômicos por unidades empresariais - Brasil (2012)
Nº de Empresas* | Nº de Grupos** |
1 | 4 |
5 ou menos | 59 |
9 ou menos | 91 |
10 ou mais | 92 |
20 ou mais | 51 |
40 ou mais | 27 |
100 ou mais | 14 |
200 ou mais | 9 |
500 ou mais | 1 |
Notas: (*) Empresas identificadas pelo nome mais conhecido ou pela razão social;
(**) Exclusive 17 grupos que não informaram o número de empresas.
Fonte: Elaboração própria, a partir de Melhores e Maiores 2012.
A próxima tabela foi elaborada a partir dos dados disponíveis na publicação do site da revista Exame de Ranking dos 200 maiores e melhores grupos do Brasil, em 2012, que apresenta a lucratividade, numero de empregados, numero de empresas que os compõe e a venda liquida.
Nos segmentos da indústria em que se observa a presença de empresas pertencentes a grandes grupos empresarias, as empresas que ocupam posições de liderança nos mercados e produtos em que atuam, costumam destacar-se por sua capacidade de inovar em produtos e atender segmentos de mercado, definida, em grande parte, pelo padrão de concorrência destes setores. Essa é uma conduta típica de grupos econômicos mais comumente tratados na literatura, frequentemente competindo pela liderança mundial em certos segmentos. Ruiz (2012) supõe que seja pouco provável que algum grupo econômico nacional tenha uma proposta de tal envergadura, haja vista que isso certamente influi na estratégia corporativa e, portanto, na dinâmica das diversificações.
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