Desenvolvimento e Crescimento Econômico
Por: Emí Carvalho • 5/6/2019 • Trabalho acadêmico • 3.181 Palavras (13 Páginas) • 250 Visualizações
Carolayne Drumond, Míriam Carvalho, Kevin Victor[pic 1]
Matheus Henrique Assumpção, Everton Cirino
Cássio Gonçalves, Marcus Pedro,
Anna Luiza Maia, Beatriz Sampaio
DGN 5ºP - Fatores Econômicos
Rosângela Mendonça
Síntese sobre crescimento e desenvolvimento conforme a perspectiva de três fontes predeterminadas, sendo: 1) vídeo “Economia brasileira - A história contada por quem a fez - Episódio 10 - Em busca do eixo”; 2) livro “Fundamentos de Economia - Capítulo 14 - Crescimento e desenvolvimento econômico”, Marco Antônio S. Vasconcellos; 3) texto “Crescimento econômico”, Agenor Castoldi.
ECONOMIA BRASILEIRA - EM BUSCA DO EIXO
No vídeo “Economia brasileira - A história contada por quem a fez”, episódio 10, figuras políticas, envolvidas em vários cenários da economia brasileira, mostram a partir de relatos como estava a economia do país no final da década de 90 e início dos anos 2000, após o plano Real, e o que eles previam para o cenário até 2018, fato gerador de certo descontentamento uma vez que as projeções deles não foram das mais favoráveis.
Em um primeiro momento discute-se a situação do Brasil até 2015, vigorava o segundo mandato do Governo de Dilma Rousseff com uma economia totalmente estagnada, taxas de juros altos, crescimento econômico abaixo da média em relação ao contexto mundial, educação de baixa qualidade e grande descontentamento da opinião pública. Perante a esse quadro de aparente caos socioeconômico, tenta-se apresentar possíveis respostas ou possíveis cenários para superar tais crises e impulsionar o país de volta ao crescimento. Em vista, o crescimento econômico é o primeiro aspecto abordado, não tão somente mas em conjunto com outros mecanismos em declínio, como o controle da inflação, que, segundo pontuado por José Serra, Ex-ministro do Planejamento e atual Senador de São Paulo, um ponto a se considerar para a melhora do percentual inflacionário brasileiro é a Lei de Responsabilidade Fiscal, a qual resume-se em receita versus despesa.
Por outro lado, para o país ter mais receita deve haver mais investimento de capital estrangeiro. E, segundo apontado pelo Ex-ministro da Fazenda na década de 90, Maílson da Nóbrega, investimento é um dos três componentes fundamentais para o processo de crescimento econômico do país. Os outros dois pontos são a incorporação da mão de obra e a produtividade, sendo estes intimamente ligados. Para uma produtividade eficiente, a ponto de termos produtos interessantes para exportação, faz-se necessária uma mão-de-obra melhor qualificada, particularidade que só se conseguirá por meio de uma educação de maior qualidade que, por sua vez, depende da base e infraestrutura das instituições de ensino.
Percebe-se, então, que por mais que pensemos em rever a infraestrutura do país, a produtividade e a mão-de-obra, estas sobrevém a eficácia da educação, indicador pontuado como sendo o fator mais negativo dentre os problemas que o Brasil enfrenta. Portanto, se um país não constrói mentes pensantes para empregar na própria pátria o brilhantismo engendrado, não tem como haver desenvolvimento e crescimento.
FUNDAMENTOS DA ECONOMIA - CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Geralmente, nos livros introdutórios de economia, o estudo da macroeconomia dá ênfase a questões de curto prazo. Entretanto, a teoria do crescimento e do desenvolvimento econômico discute estratégias a longo prazo, focando analisar o comportamento do produto potencial ou de pleno emprego da economia. Crescimento econômico é o crescimento contínuo da renda per capita ao longo do tempo, em contrapartida, desenvolvimento econômico é um conceito mais qualitativo, relacionado aos indicadores de bem-estar econômico e social.
Os dados internacionais indicam a ampla diferença de renda entre os países em desenvolvimento. Os níveis de renda médios em muitos países da América latina, são semelhantes aos níveis de renda norte-americanos do século passado. Na Ásia e na África, alguns países têm rendas per capita ainda menores. Um caminho para analisar as diferenças de desenvolvimento entre os países, o crescimento da produção e da renda decorre de variações na quantidade e na qualidade de dois insumos básicos: capital e mão de obra. Estes podem ser destrinchados em aumento na força de trabalho(quantidade de mão de obra), aumento do estoque de capital (capacidade produtiva), melhoria na qualidade de mão de obra, melhorias tecnológicas, eficiência organizacional. É possível, então, ver que o desenvolvimento é um fenômeno global que atinge toda a estrutura social, política e econômica.
Do ponto de vista econômico, temos o capital humano. Ele é o valor do ganho de renda potencial de um indivíduo e inclui suas habilidades, talentos e educação. O trabalhador médio em países industrializados é muito mais produtivo do que o trabalhador médio em países em desenvolvimento, porque ele trabalha com mais capital físico e é mais qualificado. O capital humano é formado por meio da educação formal e do treinamento informal, assim como por meio da experiência. Para os países em desenvolvimento, é difícil qualificar sua população, pois sobra-se pouco do salário dos trabalhadores para investirem em estudo e, mesmo quando há recurso público para tal, ainda se levariam anos para que se pudesse elevar o nível da educação e de treinamento para a população. Além do capital humano, temos o capital físico, o qual diz respeito à tecnologia, ao maquinário e equipamentos disponíveis para se produzir. Um conceito muito utilizado para realçar o papel do capital físico no processo de desenvolvimento econômico é o da relação produto-capital, esse conceito revela que é possível aumentar a taxa de crescimento econômico quando ocorre um aumento da taxa de investimento para os setores em que a relação produto-capital é mais elevada.
O economista Walt Whitman Rostow detectou cinco estágios do desenvolvimento. A sociedade tradicional, predominante agrária, com pouca tecnologia e baixa renda per capita. O segundo estágio seria os pré-requisitos para a arrancada, onde há um aumento da taxa de acumulação e capital em relação à taxa de crescimento demográfico, e uma melhora no grau de qualificação da mão de obra habilitada para a produção especializada em grande escala. Seguimos pela etapa crucial, a arrancada (take-off), onde o processo de crescimento contínuo se institucionaliza na sociedade, diferente da pré arrancada, onde se há uma certa resistência, já que a sociedade se caracteriza por atitudes e técnicas produtivas tradicionais. Rostow define a etapa da arrancada a partir da mudança na taxa de investimento, que se eleva para mais de 10% da renda nacional, do surgimento de novos segmentos industriais de rápido crescimento relacionados a bens de consumo duráveis e do advento de uma estrutura política social e institucional que é bastante favorável ao crescimento sustentado. A quarta etapa, a da marcha para o amadurecimento, leva cerca de 40 anos; nesse tempo a moderna tecnologia se estende dos setores líderes que impulsionaram a arrancada para outros setores e finalmente a economia atinge a quinta etapa, a era do alto consumo de massa, quando os setores líderes se voltam para a produção de bens de consumo duráveis de alta tecnologia e serviços.
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