Desenvolvimento econômico dos países do Agrupamento Brasil-Rússia-Índia-China-África do Sul (BRICS)
Pesquisas Acadêmicas: Desenvolvimento econômico dos países do Agrupamento Brasil-Rússia-Índia-China-África do Sul (BRICS). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: delandia • 5/4/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 1.377 Palavras (6 Páginas) • 487 Visualizações
Artigo Científico –
Desenvolvimento econômico dos países do Agrupamento Brasil-Rússia-Índia-China-África do Sul (BRICS) e evidencie influência do bloco na economia mundial.
Após uma década marcada por profundas reformas econômicas e por um intenso processo de reestruturação da estrutura produtiva, o Brasil iniciou os primeiros anos do século XXI com um quadro de taxas de crescimento da renda e do emprego mais estáveis principalmente em comparação com as duas últimas décadas do período anterior. Esse novo cenário tem levado à redução relativa das preocupações com as políticas de curto prazo, características das décadas de 80 e 90, em função dos quadros de aceleração inflacionária na primeira e da vulnerabilidade externa segunda em prol de políticas de desenvolvimento de mais longo prazo.
Do ponto de vista internacional, o desempenho recente da economia brasileira coloca o país em um grupo de países em desenvolvimento que possuem características comuns em termos territoriais, econômicos e demográficos, que lhes confere um maior potencial de crescimento e, conseqüentemente, de obtenção de níveis de renda per capita mais próximos daqueles dos países desenvolvidos. Dessa forma, os últimos anos têm sido marcados por um crescente interesse nas características e desempenho de países como Brasil, Rússia, Índia, China e África no Sul
(BRICS). Mais do que possibilidades de crescimento alude-se aos Brics um potencial para “mudar o mundo” tanto pelas ameaças quanto oportunidades que estes cinco países representam, do ponto de vista econômico, social e político.
Agências e analistas internacionais já perceberam o potencial dos BRICS, sugerindo que os investidores devem prestar atenção às oportunidades apresentadas por estes países.
Nestes casos a ênfase usualmente se restringe à identificação de possibilidades de investimentos nas estruturas produtivas destes países e as perspectivas atuais e futuras de seus mercados consumidores. Estes países apresentam significativas oportunidades de desenvolvimento, além de diversas características e desafios bastante similares.
O PIB (Perspectivas do Investimento no Brasil) contribui para a discussão acerca da política industrial brasileira através da análise das perspectivas do Investimento e da política Industrial nos BRICS, destacando convergências, divergências, superposições e sinergias e identificando articulações atuais e potenciais. Particular atenção, no âmbito do estudo é dada às implicações para políticas. Em 2002, o PIB combinado dos Brics (em termos de paridade de poder de compra) já representava 24% do PIB mundial, maior do que a participação dos EUA (21,4%).
Em 2002, China e Índia respondiam, respectivamente, por 12% e 6% do PIB mundial. Além desta importância, tais países apresentam outras características que os tornam foco de observação e análise. Os Brics têm passado por um intenso processo de transformação na mudança do milênio. Estes países vêm perseguindo diferentes estratégias de desenvolvimento as quais inclusive refletem formas e graus diversos de integração à economia mundial.
Os BRICS têm sido importantes receptores de investimento direto estrangeiro (IDE). Até 1984, o Brasil era o maior receptor de IDE dentre os BRICS. Apesar de alcançado pela China em 1985, o país permanece como um importante destino de IDE em setores como o automobilístico e de bens duráveis até o final da década de 1980. A entrada total de investimentos cresceu consideravelmente nos anos 1990, especialmente como resultado do processo de privatizações vigente no período. A China se tornou a maior receptora mundial de IDE a partir de 1993. Cabe ressaltar que a política chinesa visa atrair empresas multinacionais como estratégia para aprimorar seus conhecimentos tecnológicos e, posteriormente, fortalecer empresas e indústrias nacionais.
A África do Sul e a Índia receberam uma pequena e quase constante parte do total de IDE durante as décadas de 1980 e 1990. A Índia tem muitas restrições ao IDE e as empresas públicas são dominantes em muitos setores. Uma parcela de IDE igualmente baixa e constante é aplicada na Rússia desde 1990. Em relação ao IDE, é importante apontar que países como o Brasil, a Rússia e a África do Sul, que liberalizaram suas economias de uma forma mais incondicional, receberam mais investimento de portfólio, sendo que a maior parte do investimento recebido pelo setor produtivo foi direcionada para aquisições de firmas locais. Para a China e a Índia, que não liberalizaram a conta capital, o IED parece estar concentrado em novos investimentos em produção e i novação.
A economia russa é muito dependente do complexo de petróleo e gás, setor que permanece sob controle do Estado. Seu último ciclo de crescimento, após a crise financeira de 1998, esteve atrelado ao desempenho de suas exportações, beneficiadas pelo recente ciclo de expansão do comércio internacional. Sua pauta exportadora é especializada em commodities. Cerca de 70% das exportações russas derivam do setor de petróleo e gás, com destaque também para manufaturas básicas intensivas em energia. O desenvolvimento industrial do país concentrou-se no entorno de algumas
poucas cidades: Moscou São Petesburgo, Yekaterinburg e Nizhny Novgorob. A Rússia ocupa vasta extensão territorial da Europa e
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