Economia
Por: pripri.nobre • 9/5/2015 • Trabalho acadêmico • 5.120 Palavras (21 Páginas) • 245 Visualizações
AS GRANDES ÁREAS DE CONHECIMENTO DA CIÊNCIA ECONÔMICA.
A ciência econômica se divide, basicamente, em duas grandes áreas de conhecimento: a microeconomia e a macroeconomia.
A microeconomia tem por objetivo estudar as relações econômicas entre os indivíduos ou grupos de indivíduos de forma particularizada, específica e individualizada. Esse indivíduo pode ser uma empresa ou uma pessoa física. A relação econômica objetivada na microeconomia pode ser a quantidade comprada ou vendida de um produto específico em um mercado específico. No campo da microeconomia, estudamos a formação dos preços de todos os bens e os serviços produzidos e consumidos no sistema econômico.No sistema capitalista, os preços são responsáveis pela alocação do recurso escassos e pela determinação do que se produzir.
A macroeconomia, ao contrário, estuda os agregados econômicos, como eles são formados. Os principais agregados são: Produto Interno Bruto, o PIB, emprego e desemprego, renda nacional, demanda e oferta agregada, balanço de pagamentos e outros. O enfoque agregado mostra uma visão global do objeto de estudo. Por exemplo, quando estudamos a demanda agregada, não interessa entender como se comporta a demanda de carros, mas, sim, todas as demandas somadas (de carros, de sorvete, televisão e de inúmeros outros produtos e serviços da economia).
A divisão da ciência econômica entre macro e microeconomia não significa que a economia funciona de forma estanque, separada. As duas áreas são complementares e interdependentes. As ações implementadas na área da micro afetam a área da macro. Tomemos, como exemplo, as inovações tecnológicas ocorridas nas empresas no campo da microeconomia e que tenham, como efeito, o aumento de produtividade, que poderá afetar de forma positiva a oferta agregada e, portanto, criar condições para atender o crescimento da demanda agregada e promover o crescimento econômico. Um aumento da taxa de juro, campo de ação da macroeconomia, pode afetar os indivíduos, pessoas físicas ou empresas, reduzindo o consumo individual. Juros mais altos encarecem as compras a prazo para as famílias e o investimento empresarial.
Podemos dizer que a macroeconomia é parte da ciência econômica que oferece as ferramentas de gestão do governo e a microeconomia fornece os mecanismos para a ação dos indivíduos e grupos de indivíduos, pessoas físicas e empresas.
Na sequência do estudo sobre economia, vamos conhecer um pouco mais sobre microeconomia e macroeconomia.
Microeconomia e suas divisões
Teoria da demanda ou procura
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A palavra demanda tem muitos significados. Para nosso estudo de economia, vamos entender demanda como compra, compra de um produto ou serviço específico em um determinado mercado. Traduzindo-se a palavra demanda como compra vai reduzir dualidades de interpretação e favorecer o enfoque na ação no campo da economia. Esse cuidado é fundamental, posso precisar de algo, mas não o compro em função de algumas situações que me impedem de efetivar a compra, adquirir o produto ou serviço por mim demandado. Quando demandamos, estamos agindo como consumidores.
Como podemos conceituar ou definir demanda por um produto qualquer?
Nós, consumidores, em nossa rotina de vida, demandamos diversos produtos e serviços para suprir nossas necessidades: compramos alimentos, carros, energia elétrica, serviços de encanadores, de pedreiros e outros. A quantidade de um produto ou serviço que adquirimos em um mercado dependerá, basicamente, de dois elementos:
- Do período de tempo que utilizaremos o produto ou serviço. Muitos consumidores vão ao supermercado fazer compras para uma semana, outros para um mês e outros para um dia. Para cada período, adquirimos quantidades diferentes, para períodos curtos quantidades menores, para longos maiores, alguns produtos, um almoço ou um jantar. Demandamos por uma hora ou por um dia.
- O preço do produto que é um fator determinante das quantidades compradas ou adquiridas de um produto. Quando o preço for maior, compramos menos; quando for menor, compramos mais. Esse é um pressuposto contido na lei da demanda de mercado, que será explicada mais adiante.
Com os elementos colocados, podemos definir ou conceituar a demanda de mercado como sendo: as várias quantidades de um produto qualquer, adquiridas em um mercado por um período de tempo e por níveis diferentes de preços.
Que fatores determinam a compra de um produto?
Quando essa pergunta é formulada em sala de aula, muitos alunos dão a seguinte resposta:
- A qualidade do produto;
- A necessidade;
- A oferta ou disponibilidade do produto no mercado
- O preço baixo;
- O tempo (inverno, verão, natal etc.).
Talvez o leitor deste livro concorde com algumas ou a maioria dessas respostas. No entanto, são insuficientes para determinar a compra de um produto.
Os fatores determinantes, os motivos que nos levam a comprar uma determinada quantidade de um produto podem ser múltiplos e variar em função da idade, cultura, região, religião e outros aspectos que poderão influenciar essa compra; existem, porém, fatores que estarão presentes no processo de decisão de compra para todos nós, consumidores, classificados como os principais fatores determinantes da demanda de um produto. São eles:
- O preço do produto;
- A renda do consumidor;
- Gosto ou preferência do consumidor;
- O preço do produto substituto ou concorrente;
- O preço do produto complementar.
A seguir, analisaremos cada um dos fatores e qual a importância de cada um deles no processo de decisão de compra. Podemos considerá-los individual ou coletivamente
O preço do produto
O preço do produto será sempre considerado no processo de decisão de compra. O senso comum considera que o preço baixo determina a compra. Todo nível de preço influencia a quantidade comprada de um produto. Se o preço for alto, compraremos menos; se baixo, compraremos mais. Existem produtos que são comprados porque os preços são altos, são produtos que destacam a posição social do comprador, ressalta o status social, diferencia e destaca o indivíduo, são os chamados produtos de marca, ou, ainda, os produtos classificados como os bens de Giffen* produtos típicos de baixa renda, quando seus preços caem as pessoas reduzem seu consumo.
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