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Economia agroexportadora

Por:   •  28/4/2015  •  Resenha  •  549 Palavras (3 Páginas)  •  377 Visualizações

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A economia agroexportadora baseada nos principais produtos produzidos em território nacional à época, ou seja, as commodities agrícolas. Açúcar, algodão e borracha são exemplos de produtos brasileiros que figuravam entre os mais exportados no cenário internacional, os quais eram liderados pelo café, produto com ampla demanda no Exterior e baixa concorrência de mercado.

A partir desse contexto, surgiam os ciclos da economia brasileira onde o café se destacou dentre os demais produtos brasileiros. O preço internacional do café ditava os rumos de nossa economia, o que quer dizer que nós não tínhamos controle sobre o preço de nosso próprio produto, tendo em vista que dependíamos muito do bom andamento das economias de nossos principais compradores (EUA & INGLATERRA). Criando assim a alta vulnerabilidade da nossa economia no começo do século, pois o setor cafeeiro que era a base da economia brasileira, sofria com as crises e guerras internacionais que diminuíam a procura pelo nosso café causando assim altos índices de estocagem e diminuição do valor do mesmo.

Uma das grandes dificuldades de se manter o equilíbrio econômico no país dava-se pela balança comercial desfavorável, onde exportávamos somente um produto base – o café representava 65% das exportações – e importávamos produtos industrializados do mercado internacional que valiam bem mais que as nossas commodities, nos levando assim a dependência de uma estabilidade econômica mundial, o que aumentava gradativamente a vulnerabilidade de nossa emergente economia.

Por ser um produto de grande importância estratégica para os interesses brasileiros, o café e seu preço no mercado internacional foram a fonte fundamental de dinamismo econômico, oscilando entre ascensões e quedas ao longo desse período, tanto que chegou a dividir-se os ciclos desses preços em três ciclos completos.

As oscilações no preço do café foram motivadas por vários fatores, entre os quais se pode listar a instabilidade das condições climáticas e os investimentos em novos cafezais. A lei da oferta e da demanda também pode ser considerada como um fator preponderante de influência no preço do café no período.

Uma das formas que o governo encontrou de lidar com o problema da oscilação do preço, foi a política de valorização do café que tinha como base os estoques reguladores e a política dos preços mínimos. O grande problema, entretanto, era de que entre a safra e a entressafra não havia tamanha oscilação dos preços e com a grande crise de 1929, viu-se que a estocagem como forma de controle de preços por parte do governo foi uma prática inútil que nos levou até mesmo a queimarmos, absurdamente, estoques de café.

Sendo assim, ficou evidente que a crise dos anos 30 foi um momento de ruptura de todo um modelo de desenvolvimento econômico nacional. A fragilidade do nosso sistema agroexportador trouxe à tona a necessidade de se criar novas políticas para alavancar a industrialização que havia se iniciado no final do século XIX. Em virtude desse processo, os cafeeiros e grande parte dos envolvidos no setor, voltam seus olhares para a indústria de bens de consumo e serviços com base no mercado interno, que aos poucos fizeram com que novos produtos viessem a substituir o café como principal produto nacional exportado, decretando assim o fim de uma era e o início de um novo

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