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Economia verde

Por:   •  3/6/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.799 Palavras (16 Páginas)  •  308 Visualizações

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ECONOMIA VERDE

Disciplina: Economia                                                                                      Turma: NB1

Professora: Dora Nogueira Porto

Aluno: Bernardo Lopes

Aluno: João Paulo Moyses

Aluno: João Ribeiro

Aluno: Matheus de Morais Falcão          ra00165135

Aluno: Pietro Vaccaro

  1. Economia e Ecologia (Capítulo 18)

   Ecologia é um termo muito usado na contemporaneidade, contudo nem sempre é usado da forma correta. Significa o Estudo dos sistemas biológicos de interdependência. Um exemplo de interdependência, para ficar mais claro, é o de um lago: Um número “x” de algas, num meio aquoso, pode viver em intercambio com outros animais aquáticos, tranquilamente. Estes alimentam-se de parte da massa das algas e ao mesmo tempo absorvem oxigênio da água. Lançam no mesmo dióxido de carbono e dejetos que servem de nutrientes às algas. Por seu turno, elas expelem o oxigênio que irá enriquecer novamente a água, fechando um ciclo natural e benéfico tanto para as algas, quanto para os animais que no lago habitam.

  Outro termo muito utilizado é meio ambiente; sistema que contém elementos naturais tais quais, ar, água, terra e vegetação. Na concepção clássica da economia era comum a complementação: São processados, transformando-se em bens destinados a suprir ou prestar diversos serviços ao homem e depois devolvidos ao meio ambiente como produtos imprestáveis (ácidos, gases, partículas em suspensão, fuligem...).

  Nos dias de hoje ocorre uma mudança significativa nesse conceito, mas o que economia e ecologia tem a ver? Segundo Fábio Nusdeo, ela é o intermédio entre o meio ambiente e o meio ambiente; “O sistema econômico não passa de um subsistema de uma cadeia de reações ecológicas”. Por exemplo, os fatores a entrarem no processo produtivo e no produto final correspondem apenas a uma parte das relações relevantes do ciclo envolvendo o meio ambiente e o sistema econômico.

Tabela de Daly

Setor Humano

Setor Não Humano

Setor Humano

(1)

(3)

Setor Não Humano

(2)

(4)

  O número (1) é a parte do processo que não leva em conta nem a origem, nem o destino final dos bens transformados que alimentam o intercambio dos homens. Já o número (4) é o caso anteriormente mencionado de interdependência ecológica, esses são extremos do ciclo. Todavia os números (2) e (3) são as inter-relações entre a atividade humana e o meio ambiente na qual se retira materiais diversos do meio ambiente para transformá-los em bens que posteriormente voltam na forma de resíduos.

  Ao olhar da pesquisa e da tabela de Daly esse ciclo caminharia bem, caso não houvesse uma atuação maior ora do lado ambiental, ora do lado econômico. Exemplificando: Uma floresta, onde as próprias folhas caídas ao solo misturam-se com adubo, refazendo o húmus e habilitando um novo ciclo pode ser interrompido pela atividade econômica de inúmeras maneiras. Outro impasse se deve a 2ª Lei da Termodinâmica, que se refere a propriedade de não conservação da energia.

  Motivos esses que desclassificam a economia como um sistema totalmente aberto, ou seja, tornando irrelevante o conhecimento da origem e destino dos materiais e energias envolvidas no processo.

Século XIX                                                                            Século XX                                 

[pic 1][pic 2]

  Por base na análise dos gráficos é possível afirmar que, do século XIX até o XX, houve uma consideração dos dois sistemas como totalmente abertos ignorando; origem, destino e energia do insumo causando um distúrbio na relação de ambos. Esse distúrbio fica nítido no tamanho da esfera que representa o Sistema Econômico, pois citando Lavoisier “Nada se cria, nada se perde. Tudo se transforma”. Portanto, a quantidade de produtos obsoletos e de material inútil aumentaram, inibindo a continuidade do ciclo natural.

  Considerar esses sistemas como interdependentes e, portanto, fechados faria com que houvesse uma maior preocupação na devolução desses bens processados e transformados para o meio ambiente, o que se dá o nome de Reaproveitamento. Essa consideração acarreta em outra designação, a de Ecosfera; fluxo de bens transformados, extra econômico gerado por atividades e de recursos não-renováveis.

  Segundo Bolding existem duas formas de Ecosferas, a do Cowboy (sistema aberto) e a da Espaçonave (sistema fechado). Se a humanidade seguir a da Espaçonave as nações não devem visar um crescimento exponencial do P.I.B., mas um crescimento constante, do mesmo, que seja visado a fornecer satisfação ao indivíduo que habita cada território. Caso contrário, as duas esferas irão se juntar, agravado por causa da explosão demográfica e/ou da expansão econômica em detrimento da ecológica.

  Aconteceram convenções mundiais para solucionar o problema da possível junção das duas esferas e a pioneira foi o Clube de Roma. Nela ficou explicita a oposição, a teoria do P.I.B., dos países de desenvolvidos e em desenvolvimento com a justificativa de que a solução frearia o desenvolvimento das nações e, portanto, o crescimento dos países. Contudo, a solução referente à tecnologia em conjuntura com o direito foi amplamente divulgada e aceita.

  Com a tecnologia, é possível descobrir um sucedâneo renovável para bens não-renováveis, um modo de reciclar os bens que ao final do processo econômico se tornam obsoletos e com isso um modo de tratar os resíduos. Ademais, com o auxílio jurídico é possível fiscalizar a quebra do ciclo natural entre meio ambiente e economia, por exemplo: A legislação antipoluição nos países escandinavos levou as indústrias de celulose e papel a instalarem mecanismos de recuperação de substancias químicas, não apenas eficientes no atendimento aos padrões qualitativos exigidos pelas autoridades como ainda geradores de lucro para as empresas por reduzirem gastos com matéria-prima. Um típico exemplo “win-win”.

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