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Estabilizando uma economia instavel

Por:   •  15/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.998 Palavras (8 Páginas)  •  305 Visualizações

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Estabilizando uma Economia Instável

O lucro pode ser entendido como o motivador, o principio gerador da economia capitalista. Tendo isso em vista, vemos uma associação direta do lucro com o investimento, uma vez que esse será usado para tornar a estimular a produção. A política econômica pode vir a atingir pontos cruciais e causar instabilidades, pontos esses, investimentos, salários, orçamento do governo.

O investimento comercial é uma forma de obter certo lucro no futuro, visando cobrir seus custos normais ou deficitários. Esse lucro dependerá claro, de como a economia se comportará em um futuro e, além disso, como esse investimento foi aplicado na produção. Uma empresa quando decidi realmente investir na sua produção, terá que contar com uma preparação que vai além da verba destinada, por exemplo, a compra de maquinário. Com essa aquisição de novos produtos, temos que se lembrar dos salários pagos, dos custos incorridos nos novos produtos fabricados, sendo assim há um maior cuidado para se fazer isso.

A estabilidade da economia depende da forma como os investimentos e posições em bens de capital são financiados. Temos em mente que nossa economia não é plenamente instável, uma vez que sempre estamos sofrendo choques de mercado. A instabilidade pode ser vista em uma forma simples, um crescimento moderado combinado com um boom especulativo como “grand finale”.

• AS CARACTERÍSTICAS DO CAPITALISMO: SISTEMA DE DOIS PREÇOS E FINANÇAS

Proposições fundamentais da hipótese de instabilidade financeira:

1. Os mecanismos de um mercado capitalista não podem levar a um equilíbrio sustentado, de preços estáveis de pleno nível de empregos;

2. Ciclos comerciais sérios se devem a atributos financeiros que são essenciais ao capitalismo;

Temos que entender que em um sistema econômico capitalista, os meios de produção são privados, assim como o lucro derivado de sua produção será de posse do produtor. Uma vez que os bens de capital e financeiro podem ser comercializados, sabemos que ambos têm um preço, preço esse que será definido pelo mercado de atuação.

Os bens de capital podem ser produzidos, essa produção é entendida como investimento. Esse investimento dependerá receita esperada pela produção desse bem. A receita que será esperada pelos proprietários dos bens de capital afeta diretamente o preço da demanda da produção de investimento.

Em empresas que trabalham com uma forma de mercado aberto, seus lucros devem ser repartidos por acionista. Os bens de capital e financeiros têm seus preços baseados na expectativa da sua geração de renda em fluxo de caixa. Os investimentos feitos no presente determinarão os fluxos de caixa, esses que serão usados para pagar os contratos já assinados. Uma economia capitalista moderna deve ter como base o princípio de que a sua receita de capital deve ser suficiente para pagar dívidas passadas.

Nessa mesma economia capitalista, podemos observar a formação de dois tipos de preço, um estabelecido por produção e o outro para bens de capital, ambos interligados pela produção corrente.

• A RUPTURA DO MODELO PATINKIN

Utilizando a síntese neoclássica, processos normais de mercado podem transformar uma situação inicial de nível inferior de pleno emprego em algo próximo do nível pleno. Só é possível tal feito, levando em conta que uma variável exógena de moeda afete o consumo a partir da receita. Tendo que o desemprego leve a uma deflação de preços e salários, um aumento no valor deflacionado do nível de preços das balanças comerciais acontecerá. O que ocasiona um aumento na demanda de bens de consumo, incentivando o emprego. Essa é a linha de raciocínio do Modelo Patinkin.

Para Friedman, o Modelo Patinkin demonstra que o mecanismo de mercado capitalista é falho. Há forças instáveis de mercado, onde mesmo sendo relativamente fracas quando estudadas individualmente, juntas podem, depois de algum tempo desequilibrar o mercado.

Esse equilíbrio de mercado é mais bem definido por Joan Robinson como um período de tranquilidade. Período esse que pode vir a ser perturbado por booms de investimentos, alta na inflação, entre outros motivos.

A eficácia analisada no modelo de Patinkin depende diretamente da proporção das dívidas internas comerciais em relação aos bens de capital externos, proporção essa que deve ser pequena. O modelo ignora ainda os efeitos de falências sobre preços de bens e os efeitos negativos dos processos de falência sobre a capacidade das organizações privadas financiarem seus investimentos.

O modelo Patinkin então não vem sendo relevante para nossa economia, uma vez que apresenta limitações de relações financeiras. Quedas de salários e preços (base do modelo citado), entendidas como reações de mercado ao desemprego, podem dificultar o pagamento de dívidas aos devedores privados.

Numa deflação completa, todas as dívidas privadas são recusadas. Há quedas nos lucros, salários e investimentos sobre a validação das dívidas. Somente depois de uma simplificação total da estrutura financeira, os preços em queda poderão expandir. Sendo assim, em um mundo (como de Patinkin) que utiliza métodos financeiros muito complicados, seria difícil alcançar o pleno emprego.

Sendo assim, em uma economia considerada capitalista, um nível de pleno emprego com preços estáveis não é passível de sustentação, pois dentro de qualquer situação exposta há a possibilidade de introdução de forças endógenas desequilibradoras que consequentemente interromperão a tranquilidade do mercado.

• QUASI-RENTS E PREÇOS DE BENS DE CAPITAL

O termo quase-rentis pode ser entendido grosso modo como um lucro bruto obtido na venda de bens de capital. Esses lucros obtidos com os bens de capital são resultados de uma produção que controla os preços, fazendo com que esses excedam os custos por unidade. Na demanda, seu nível e seus componentes determinarão os lucros que os bens de capital irão adquirir.

Há dois conjuntos de preços no capitalismo, um para bens de capital e outro para produção corrente, sendo que os dois mantém uma relação direta já que os bens de investimento são parte da produção corrente. Preços de oferta são determinados pelos já determinados da produção corrente, já os preços de bens de capital, determinados pela demanda e oferta do mercado. Mesmo com os dois sistemas de preços definidos por variáveis diferentes, eles apresentam uma dependência mútua, sendo assim Minsky

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