FORMAÇÃO SOCIAL, POLÍTICA ECONÓMICA E BRASIL
Tese: FORMAÇÃO SOCIAL, POLÍTICA ECONÓMICA E BRASIL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jujuheizabella • 5/11/2013 • Tese • 3.472 Palavras (14 Páginas) • 346 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
CURSO: SERVIÇO SOCIAL
FORMAÇÃO SOCIAL, ECONÔMICA E POLITICA DO BRASIL.
ANE KALINNE DA SILVA FLORENTINO – Ra 437624
ELANE ALVES DA SILVA SANTOS – Ra 435026
JULIANA CARLA DE ARAÚJO – Ra 439148
NÁDIA C. FERRAZ N. BARROS – Ra 411748
SOLANGE PEREIRA LEITE – Ra 425595
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
PROFESSORA: MARIA CLOTILDE BASTOS
SERRA TALHADA – PE
SETEMBRO-2013
Jean-Baptiste Debret, foi um pintor, desenhista e professor francês, que integrou a Missão Artística Francesa. Chegou ao Brasil em 1816, onde fundou no Rio de Janeiro a Academia Imperial de Belas Artes onde lecionou pintura. De volta a França em 1831, publicou o livro Viagem Pitoresca e Histórica ao
Brasil, onde retratava os aspectos do homem, natureza e sociedade brasileira no século XIX. Uma das obras serviu como base para definir as formas geométricas e cores da bandeira republicana do Brasil, adotada em 19 de novembro de 1889. Na obra “o cenário para o bailado histórico”, Debret recebeu a encomenda para
pintar o que séria uma espécie de cenário, um objeto para decorar um local onde o Rei Dom João VI receberia inúmeras homenagens.
[figura 1] Aqui vemos o rei no centro da pintura, em uma espécie de pedestal, abaixo três figuras masculinas, cada uma representando uma das suas Nações Unidas de Portugal, Brasil e Algarves, Debret usou aqui a mitologia como tema para obra, rodeou o rei com várias alegorias mitológicas e com soldados envolvidos por fumaça de nuvens, a cena se passando sobre as águas faria relação a viagem que o rei fez para chegar ao Brasil, e louvando as águas que trouxeram a monarquia para as terras brasileiras, juntamente com a “Civilização”. A pintura hoje se encontra na Chácara do Céu no Rio de Janeiro, onde estão as demais obras dele feitas para o Teatro Real.
Neste próximo quadro [figura2], Uma Senhora Brasileira em seu lar, pintura feita em 1830, Debret retrata um ambiente doméstico, onde a mãe borda, a filha lê e os escravos parecem integrados a família, porém ocupados com trabalhos manuais. Nesta época a leitura era considerada um lazer para os letrados, o que levava os mesmos a investigar a vida cultural do Brasil neste século. Debret fazia inúmeras pinturas mostrando o cotidiano, em uma ramificação da pintura de gênero, ele utiliza principalmente neste quadro, gênero de pintura interna, mostrando o cotidiano de pessoas dentro de suas casas, em diversas partes da casa, sala, cozinha, quartos e etc.
Seguindo o mesmo gênero de representação de cotidiano, porém agora em um ambiente externo [figura 3], Debret destaca em primeiro plano a brutalidade de como os escravos eram castigados no Brasil durante o período da escravidão de negros trazidos da África, inteiramente despido e amarrado, onde era possível apenas gritar, o escravo era açoitado pelo feitor com uma espécie de vara tirada de alguma árvore, o feitor de pele branca e em pé retratando que ali possuía o poder. Ao fundo da obra pode se perceber o que parece ser outra cena de açoite a um segundo escravo amarrado em uma arvore. Com obras desse tipo, podemos ter uma visão de como eram tratados e castigados.
Debret ainda retratou o que é considerado um dos mais antigos retratos visuais de Curitiba [figura 4], quiçá o primeiro. Imagem a partir do Alto São Francisco próximo a Praça Garibaldi
E também, como dito no inicio deste texto, a obra que serviu como composição da Bandeira Republicana do Brasil. [figura 5].Os quadros de Debret são importantes documentos históricos que contribuem para o conhecimento histórico – social.
O filme Carlota Joaquina retrata a monarquia, tendo como personagem principal Carlota que é obrigada a se casar, ainda criança, aos 10 anos de idade com D. João VI, ela ao Brasil teve uma vida sofrida, não se acostumando a realidade e costumes desse novo país e de seu povo. O filme é uma sátira de chegada da corte portuguesa ao país, com humor típico das chanchadas da época que faziam tanto sucesso. A realização do filme há uma compensação pela parte criativa em explorar os estereótipos de Carlota em suas atrapalhadas na Corte e seus inúmeros amantes juntamente com a falta de preparo de D. João para assumir o trono. A chegada ao Brasil e a instalação no país foi bastante conturbada. Sem o menor pudor e preocupação com a população que habitava a cidade, casas foram requisitadas pela coroa portuguesa que colocava cartazes com as iniciais P.R. (casa requisitada pelo Príncipe Regente). D. João VI não tinha muita personalidade política, o que fazia com que fosse incapaz de tomar decisões políticas importantes, sendo alvo constantemente de piadas entre o povo brasileiro. Carlota Joaquina, por sua vez, vez jus a fama de ter seus desejos sexuais insaciáveis. Com muitos amantes, teve 9 filhos, dos quais dizia ser 5 de D. João VI e os outros 4 de amantes quaisquer. Por outro lado, a chegada da Corte trouxe alguns avanços para o país que estava bastante desgastado com a crise do antigo sistema colonial. O Brasil começava de certa forma a dar seus primeiros passos de uma autonomia econômica, principalmente com a abertura dos portos e a fundação do Banco do Brasil. Quando as cortes em Portugal conseguiram se livrar das ameaças de Napoleão Bonaparte, exigiram a volta da família real para o país. Em 1821, D. João VI deixa o Brasil e seufilhoD. Pedro assume o país. Logo em 7de janeiro de 1830, no palácio de Que luz, Carlota Joaquina morre. Muitas pessoas acreditam no suicídio. Desta forma, o filme atinge seu objetivo de mostrar o descaso português em relação à sua principal Colônia e como, definitivamente, nossos problemas sociais, econômicos e políticos tem origem desde essa época colonial.
Filho D. Pedro assume o país. Logo em 7 de janeiro de 1830, no palácio de Que luz, Carlota Joaquina morre. Muitas
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