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Filósofo e matemático Descartes

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Por:   •  13/11/2014  •  Seminário  •  4.275 Palavras (18 Páginas)  •  237 Visualizações

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Na época em que a fisiologia tentava provar que os movimentos do corpo eram provenientes de uma organização sincronizada de músculos, articulações e ossos, o filósofo grego Sócrates não encontrou explicações para determinados comportamentos diante destas descobertas.

Aristóteles referiu-se a “qualidades” (razão, vontade, apetite, percepção dos sentidos, etc.) como sendo causas dos comportamentos de uma forma geral.

Passados séculos, na Idade Média, as causas do comportamento foram dadas a eventos como posicionamento dos astros, movimentos dos mares ou até atribuições divinas.

O filósofo e matemático Descartes rompeu, parcialmente, com a visão metafísica do comportamento. De acordo com ele, existem duas substâncias:

“(...) mente e matéria, substância pensante e a extensa (...) Descartes foi, na realidade, um completo mecanicista em referência a todo o mundo material. Acreditava que todas as ações do corpo humano – os movimentos dos músculos e tendões, as atividades da respiração, mesmo os processos da sensação – podem ser explicadas de acordo com os princípios mecânicos. Foi Descartes, de fato, que introduziu o conceito de ação reflexa, tão largamente usado desde então nas explanações mecanicistas dos processos corporais. Todavia, Descartes se absteve de considerar os seres humanos como meros autômatos; acreditava que em cada pessoa havia uma alma provida de razão, uma substância pensante, que tinha o poder de dirigir e alterar o rumo mecânico dos acontecimentos.” (Heidbreder, 1981, pág. 40-41)

Com Watson, no começo do século XX, o objeto da psicologia científica tornou-se o próprio comportamento e suas interações com o ambiente. Enquanto o método utilizado é o mesmo de qualquer ciência: observação e experimentação.

No ano de 1898, Thorndike obteve alguns resultados nos seus experimentos sobre o comportamento “voluntário”. Suas pesquisas realizadas com gatos – com histórias semelhantes, sendo observado em vários animais fatores como espécie, desempenho nos experimentos - consistiam no estudo do comportamento de fuga de um ambiente fechado e através de ações, tais como, puxar um cordão, mover um trinco, pressionar uma barra, etc. Seu objetivo era estudar a aprendizagem animal.

Para isso, utilizou uma caixa quebra- cabeças, na qual gatos privados de alimento eram colocados, de forma que, se conseguissem sair através de uma das ações citadas acima, receberiam um pouco de alimento.

Nesses experimentos, Thorndike observou que o animal, à princípio, ao ser colocado na caixa apresentava respostas difusas de debater-se. Isso poderia ocasionar o acionamento do mecanismo de fuga, permitindo a saída do animal. À medida que, o animal fosse submetido repetidas vezes à essa situação, suas respostas mal- sucedidas sofriam grande redução.

Thorndike, através disso, criou a “lei do efeito”, que seria a importância que os comportamentos bem- sucedidos no passado teriam de modificar os padrões do comportamento do animal. Essa lei baseia-se no princípio adaptativo que caracteriza o processo de aprendizagem (Millenson, 1975).

Outra contribuição para a psicologia é encontrada nos estudos do fisiólogo russo Ivan Pavlov com cães.

Ele, atentando para atividade digestiva desses animais, percebeu que alimentos ou ácidos diluídos provocavam nos mesmos salivação – esta já era um reflexo conhecido na época. Além disso, Pavlov notou que não era necessário o contato da comida com a boca do animal para eliciar-lhe a salivação: o cão começava a salivar diante da visão da comida ou da pessoa que o alimentava sempre.

A partir disso, Pavlov criou a hipótese de que a resposta de salivação que ocorria antes do contato da comida com a boca do animal era resultado de experiências semelhantes vivenciadas por cada indivíduo (Galvão, 1998, Funções de estímulos I).

Através do método experimental, Pavlov testou sua hipótese ao emparelhar um estímulo neutro (som) com um estímulo incondicionado (comida). Isolou, então, um cão numa sala, onde o contato com o experimentador foi reduzido ao mínimo, controlando as variáveis estranhas para evitar interferências nos resultados.

Colocou, pois, o cão, sucessivas vezes, exposto ao emparelhamento dos dois estímulos (som e comida) em intervalos fixos, por vários dias. Ao final desses, apresentou o som (antes um estímulo neutro) ao animal sem associá-lo à comida, e percebeu a salivação do sujeito.

Pavlov chamou o som de estímulo condicionado, que é um estímulo neutro que passa a eliciar a resposta reflexa do estímulo primário associado a ele repetidas vezes. (Galvão, 1998, Funções de estímulos I)

Com Watson, a Psicologia é definida como ciência do comportamento. A partir disso, excluiu- se desse ramo da psicologia (chamado Behaviorismo) o conceito de mente. “Se a psicologia dever algum dia tornar-se uma ciência, precisará seguir o exemplo das ciências naturais: tornar-se materialista, mecanicista, determinista e objetiva. Pressupor o mental é abrir caminho para o místico (...).” (Heidbreder, Edna, 1981, pág.208)

Essa concepção favoreceu a aplicação dos métodos experimentais e o ponto de vista da psicologia animal à humana.

O comportamentalismo watsoniano interessava-se exclusivamente pelo comportamento (humano e não- humano) observável, com o objetivo muito prático de prevê-lo e controlá-lo de maneira eficaz.

De acordo com a Psicologia comportamental, existem dois tipos de comportamentos: reflexo incondicionado, primário ou respondente e condicionado ou secundário.

O primeiro trata-se de reações imediatas (respostas incondicionadas) do organismo diante de um estímulo (incondicionado), não havendo necessidade de uma aprendizagem (condicionamento) por parte deste organismo. São exemplo de reflexo incondicionado contração da pupila diante de uma luminosidade abrupta.

Já o segundo é também chamado de estímulo condicionado por necessitar de uma associação com um estímulo primário para eliciar uma reação (resposta condicionada). Exemplo: o experimento de Pavlov com os cães.

Em contraposição ao método de pesquisa behaviorista, Skinner sustentou uma ciência do comportamento descritiva ou funcional, ou seja, poderia limitar-se a descobertas de relações entre variáveis mensuráveis, com estudos sistemáticos. (Millenson, 1975)

Nos seus experimentos, Skinner utilizou o rato branco e uma aparelhagem que era constituída por uma caixa que continha uma pequena barra; esta, ao ser pressionada pelo sujeito experimental, liberava uma porção de alimento.

Esse animal, que estava

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