Gestão De Negocios Internacional
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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
PUBLICIDADE E PROPAGANDA
DISCIPLINA: COMPRA E CONSUMO
IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DA SOCIEDADE BEM COMO SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Identificação dos grupos da sociedade e análise de dados demográficos, hábitos de compra e consumo e mídia.
BIANCA GOMES
BRUNO SIQUEIRA
CASSIANO MENNA
KARINA GARAVELLO
NATHALIA VITORIANO
THAISA ANJOS
São Paulo
Outubro – 2008
INTRODUÇÃO
Estudaremos todos os grupos da sociedade e o que mudou dentro deles nos últimos anos, o que essas mudanças interferiram e interferem no mercado, para a formulação de novos produtos para cada tipo de grupo e segmentação.
Cada grupo possui suas particularidades e por isso mesmo devem ser muito bem estudados, para que possamos entender suas necessidades e desejos e atendê-las da melhor forma possível.
TERCEIRA IDADE
Com as melhorias no sistema de saúde no Brasil, percebe-se que a população tem envelhecido, isto é, a população de idosos está crescendo, dessa forma é muito importante estudar esse grupo para que se entenda de que forma isso atinge o mercado. Segundo pesquisas, essa população já atinge quatorze por cento da população adulta e há projeção que para os anos seguintes essa margem cresça ainda mais. Uma questão importante a ser pontuada é que esse envelhecimento é principalmente feminino, quanto maior for a idade média do grupo estudado, maior será a quantidade de mulheres nesse grupo. Setenta por cento dos idosos estudados são chefes de seus domicílios que fazem parte de um grupo heterogêneo, em que existem diversas particularidades.
Existem diversos subgrupos entre esse dos idosos, existem aqueles que são passivos diante da vida, sem interesse por lazer, bem como existem os flexíveis, estão entre sessenta e sessenta e nova anos das classes D e E de baixa escolaridade, que não entram em crise, têm vida saudável e esperança pela vida. Os independentes são idosos na mesma faixa etária do que os últimos, com prevalência de mulheres, possuem mais escolaridade e poder aquisitivo, são bastante ativas e fazem basicamente tudo para e por si.
Outros dois subgrupos são os extrovertidos e os realizados. Os primeiros são a maioria masculina que acredita que a vida no passado era melhor que a atual, embora não a desmereça, eles trabalham e praticam atividade física, logo possuem menor incidência de problemas de saúde. Já os segundos são em dispostos esbanjando jovialidade possuem boas condições financeiras ajudam as famílias e compram sem preocupação.
Ao contrário do que pensam cerca de oitenta e sete por cento dos idosos têm interesse pela mídia, assistem televisão diariamente sendo o interesse masculino por noticiários e economia e o feminino por novelas e artistas. Lembrando também que lêem revistas e jornais.
O consumo desse grupo também é diferenciado e precisa ter uma atenção especial, uma vez que se sentem excluídos pelo fato de que a maioria das pesquisas acontece com o público jovem. Em quarenta e cinco por cento de produtos alimentícios, os domicílios em que idosos são os responsáveis consome-se mais sete por cento da média brasileira.
Eles têm afinidade com marcas com forte equity, destacando penetração indexada (em maios quantidade do que em domicílios cujos chefes têm outra faixa etária), os seguintes produtos: chá pronto, bebida a base de soja, café em pó, tinturas, água mineral, sopas, sucos concentrados, sabão em pó, desinfetante entre outros. Essas são ótimas dicas para o profissional de marketing uma vez que esse grupo é aberto à experimentação, valorizam a praticidade, e têm como principais locais de compra a internet e supermercados, tendo como preço pressuposto básico.
GLS
Depois de diversas manifestações como Mix Brasil e Parada Gay, o público GLS começou a crescer e ter mais espaço no mercado, uma vez que cada vez mais as empresas foram percebendo que é uma característica desse grupo ser fiel a marcas e serviços que mostrem respeito à diversidade, logo, se forem deixados dogmas de lado, nesse público podem estar muitas oportunidades de gerar lucros.
As pessoas que compõem esse grupo, independente da classe social, possuem maior poder aquisitivo que os heterossexuais, na mesma faixa etária, por não terem filhos e investirem na formação acadêmica e profissional.
Estudos internacionais apontam que esse grupo representa dez por cento da população ocidental e somente no Brasil pode movimentar cerca de cem bilhões de dólares por ano.
Por fazerem parte de um grupo bem exigente, não poupam para terem os melhores produtos e serviços e costumam gastar muito com lazer. O turismo foi o primeiro setor da economia que percebeu esse público como fonte de lucro, principalmente com o crescimento da popularidade da Parada Gay no Brasil. Diversos turistas vêm ao Brasil, na época dessas manifestações, porque por possuir beleza natural e um povo carismático, o público gay internacional se sente “acolhido” pelo nosso país. Esse é o motivo pelo qual empresas estão se adequando para conseguir atendê-los e conseguir sua preferência. Os setores que mais lucram por conta do consumo desse público são hotelaria, gastronomia, entretenimento alto luxo e moda.
Assim como o mercado começa a se adequar para esse público, a mídia também não ficaria de fora. A primeira revista destinada a esse público foi a “Sui Generes” seguida da “G Magazine”, a princípio, a mídia direcionada era praticamente erótica, porém conforme o grupo começou a tomar mais espaço na sociedade, essa situação mudou, hoje existem sites com conteúdo diferenciado, falando de jornalismo, saúde, curiosidades, bem como revistas como “Dom”, “Aimé” e “Junior”, destinada a o gay jovem. Assim como o conteúdo das revistas e sites mudou, também ocorreram mudanças na programação da televisão, principalmente de canais a cabo, que exibem programas e reportagens sobre esse universo.
MULHERES IBOPE
De maneira geral o crescimento no consumo pelas mulheres, cresceu nos últimos cinco anos, por conta da maior participação no mercado de trabalho, ocupando cargos gerenciais e de diretoria graças ao fato de que mais mulheres, nesse período de tempo, possuem curso superior.
As características das mulheres se alteram se levarem em consideração a classe social, uma vez que as de classe C têm ficado mais independentes, conscientes não vendo apenas sua realização através de seus filhos. As de classe AB começam a perder seu foco na carreira e preocupar-se mais consigo mesmas, enquanto isso as da classe AA tornam-se mais críticas e seguras voltadas para o trabalho e relacionamentos pessoais. Para análise é importante pontuar que as opiniões, sobre assuntos gerais, das mulheres AA se assemelham às dos homens, enquanto as AB se assemelham de C.
Por exemplo, o trabalho, é percebido como independência financeira e realização pessoal para mulheres de classe AA e AB, e para as de classe C é visto como complemento para a renda familiar. Ou seja, para as mulheres de classe social alta, o trabalho vem como forma de libertação do companheiro, de forma que se sentem mais seguras de si, o que não funciona da mesma forma para as mulheres de classe baixa que se sentem frustradas por trabalhar e ainda sim não conseguirem essa independência financeira.
Quando analisada a relação das mulheres com suas respectivas famílias, nota-se o contrário do que acontece na relação com o trabalho. As mulheres de classe mais baixa são felizes e realizadas com o desempenho que têm, uma vez que possuem mais tempo para dedicar à ela, e as mulheres de classe ata não, sentem-se insatisfeitas em seu desempenho, porque muitas vezes não têm esse contato mais próximo, em suma dão mais importância ao trabalho. Além disso, as mulheres de classe baixa são mais seguras com a vida pessoal, confiam em seus companheiros e aceitam melhor os divórcios.
Por estarem mais ligadas ao intelecto, mulheres AA, estão mais ligadas ao desenvolvimento da mente, procurando sempre o equilíbrio mental, porém isso não significa que são de fato felizes, de acordo com pesquisas elaboradas entre todas as mulheres, a incidência maior da felicidade está entre as mulheres AB e C.
O fato é que desde cinco anos atrás a atitude da mulher mudou muito, alterou-se o foco de que a mulher da classe C só exerce o papel de mãe e essa mudança foi o que determinou que elas passassem de passivas e submissas para independentes, resultando uma melhoria na auto-estima e maior poder de compra. Em contrapartida praticamente dobrou o número de mulheres insatisfeitas cujas melhorias econômicas não contiveram o impacto negativo.
De maneira geral, essa repaginação na visão relativa à mulher de classe baixa altera também o mercado, uma vez que elas se tornaram mais vaidosas e sensuais, buscam satisfazer suas necessidades e desejos, tornando-se experimentadoras.
No caso das mulheres AB a mudança mais notável é que se aumenta o número das que se voltam para o mundo familiar, sem deixar de lado a carreira profissional. Ë o retrato da mulher moderna, que trabalha e também dedica seu tempo a família. Essas mulheres vaidosas, intelectuais cujo prestigio e status são valores fundamentais, logo são bem ligadas ao consumo. Incluídas nesse mesmo grupo ainda existem as que se sentem excluídas, com baixa qualidade de vida e estresse.
Contudo, nota-se que esse “up” na imagem da mulher faz com que ela tenha cada vez menos distanciamento com a personalidade masculina, seja menos conservadora e preconceituosa, mais independente, cooperativa e espiritualizada. Lembrando que existem diferenças entre os subgrupos, classe AA, AB e C, que devem ser exploradas e analisadas para que se formulem produtos ideais para cada um deles.
MULHERES QUE TRABALHAM FORA
Apesar do aumento das responsabilidades nos últimos anos, as mulheres não têm conseguido o reconhecimento devido no mercado de trabalho, embora tenham conquistado seu lugar no mercado, a diferença no salário ainda é muito inferior ao do homem, cerca de trinta por cento.
Segundo pesquisas houve um acréscimo de 25 milhões de trabalhadoras entre 1976 a 2002.
Um dado que deve ser analisado com atenção é justamente o que evidencia o aumento no número de mulheres que vivem sozinhas, considerando as com mais de 20 anos, solidão conjugal, incluindo solteiras, descasadas e viúvas passaram de 35,5% para 38,4%. No total temos hoje no Brasil cerca de 19 milhões de mulheres que vivem sós. Para pessoas com mais de 60 anos a taxa de solidão entre as mulheres chega a ser 2,6 vezes maior que a do que o homem.
Fatores demográficos explicam a maior solidão feminina em idades mais avançadas, como o fato de elas viverem mais que os homens e de preferir os mais velhos para casar. Como conseqüência, aumenta o número de mulheres viúvas. É importante atentar para o fato de que a solidão conjugal é mais presente entre as mulheres com melhor situação socioeconômica, ou seja, as sozinhas tendem a apresentar um nível de escolaridade maior e ter melhores salários frente as demais.
No ano de 2000 o número de mulheres superava em 2,5 milhões o total de homens no Brasil, segundo o IBGE, a expectativa é que em 2050 existam seis milhões mais mulheres do que homens no Brasil.
É importante destacar que o rendimento médio das mulheres ainda é inferior ao dos homens, num comparativo entre os anos 1989 e 2003 verifica-se uma elevação de 46,1% para 55,1% na taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho, o rendimento por hora do publico feminino é hoje de R$ 4,30 contra R$ 5,47 dos homens.
Levando em consideração as mulheres que vivem sozinhas das classes A/B, o consumo de produtos se dá por conta da atividade remunerada que exercem fora de casa, portanto fala-se de praticidade, como serviços de lavanderia e tinturaria. Mas verificam-se diferenças igualmente acentuadas em categorias como a de eletroeletrônicos, sabonete líquido, café solúvel, cereal matinal, torrada industrializada, bebida energética, cerveja sem álcool e suco.
As mulheres que trabalham fora também são freqüentadoras de choperias, lanchonetes, pizzarias e restaurantes. Também é de se notar que esse público viaja mais ao exterior e freqüentam academia de ginástica.
No consumo individual destacam-se itens como cremes bronzeador e anti-rugas, hidratantes para o sol, loção de limpeza, lenço de papel, colônia e perfume importados.
As mulheres que vivem sozinhas possuem independência financeira, podendo viajar mais e consumir mais. Estão inseridas num plano social que não inclui somente o universo domestico e familiar, com as mulheres de antigamente. De maneira geral tem mais autonomia e diferentes focos de vida, como o crescimento profissional. Dessa forma existe uma dificuldade a ser enfrentada pelo profissional de comunicação, que confunde segmentação com generalização, e coloca todas as mulheres em um só perfil e não atingindo completamente esse grupo em específico.
PÚBLICO JOVEM ADOLESCENTE
Segundo dados da ONU o mundo tem hoje a maior geração de pessoas entre 10 e 19 anos: 1,2 bilhões, o que representa dezenove por cento da população global. No Brasil o universo de crianças e adolescentes que estão nesta faixa estaria é de 52 milhões, quase um terço da população do país.
As crianças e adolescentes cada vez mais se tornam mais informados e exigentes. Sabe-se que as crianças interferem na escolha de diversos produtos adquiridos pelos pais, desde o que vai para a dispensa de casa até a garagem. Agora ampliam sua influencia nas decisões de consumo de produtos nem sempre destinados a elas, as crianças e adolescentes já reinam quase absolutos nos mercados nos quais constituem o público prioritário.
E com isso vêm ganhando uma atenção maior do marketing pelo aumento da influência na decisão sobre o consumo de diversos produtos e serviços.
Estudos comprovam que os jovens de vários países passam pelo menos cinqüenta por cento do tempo mais ligados a TV do que qualquer outra atividade não escolar, incluindo os deveres de casa ou convívio com a família.
Já com a internet, de 13 países pesquisados pelo NetRatings, o Brasil é aquele no qual há maior concentração da audiência no publico jovem. Dados mostram que crianças de dois a 11 anos e adolescentes de 12 a 17 anos colocam-se entre os freqüentadores mais assíduos da internet.
Consumos dos meios: 99% dos jovens assistem TV; 87% ouvem rádio; 79% têm quadrinhos; 34% usam a internet e 34% lêem ou folheiam algum jornal.
MULHERES DONA-DE-CASA
Foi-se o tempo em que as mulheres que não trabalham fora eram apenas donas de casa, apesar de não terem uma atividade remunerada fora de casa, elas têm papel fundamental no consumo da residência, e são além de organizadoras, mulheres vaidosas que desempenham o papel de dona-de-casa, mãe e esposa.
Ainda há certo preconceito em cima dessa categoria, um subgrupo dentro do grupo das mulheres, uma vez que são vistas muitas vezes como desocupadas, o que de certo é uma visão completamente distorcida da mulher que tem que batalhar para manter a casa arrumada, os filhos educados, fazer as compras e ainda cuidar da aparência. Uma conseqüência de que uma das preocupações também é a aparência é de que quarenta e nove por cento compram roupas novas, quarenta e cinco por cento das mulheres vão ao cabeleireiro, trinta e nove por cento vão à manicure e vinte e quatro compram perfumes.
Para muita gente em faixa etária mais avançada, pode parecer um abuso uma menina de 15 anos se preocupar com os primeiros sinais da idade. Mas as empresas que procuram uma forma efetiva de se comunicar com as consumidoras precisam levar em consideração que esta é a idade em que muitas brasileiras começam a perceber os efeitos do tempo sobre o corpo e ter um importante ponto em mente: elas são vaidosas e gostam de se sentir bem com a própria aparência.
Uma prova disso é que quinze por cento das mulheres procuram um tratamento de beleza quando estão se sentindo mal, enquanto as outras se dividem entre ficar em casa e conversar com familiares.
As responsáveis por 80% das decisões de compra dos lares do País, segundo dados do Latin Panel, não poupam esforços para, desde cedo cuidar do visual e manter a auto-estima nas alturas.
A Avon Global Women’s Survey, pesquisa realizada pela Avon com 23mil mulheres de 22 paises, montou um perfil das consumidoras de todo o mundo e descobriu que 90% delas buscam constantemente formas de melhorar a aparência. “Nesse diálogo global, o importante é continuarmos a identificar as idéias-chave em relação às necessidades e atitudes das mulheres”, afirma Debbie Eisser, vice-presidente mundial de pesquisas de marketing da empresa.
As mulheres comandam quase um terço dos lares no país, julgam a qualidade do relacionamento tão importante quanto a do produto. No painel Making the Sale: Effective Retailing to Mothers, apresentado pela revista especializada DSN Retailing Today, a editora sênior Laura Heller criticou a demora dos varejistas em perceber o poder de consumo das mães trabalhadoras.
De acordo com ela, os 72% de mulheres com filhos menores de 18 anos respondem por 55% dos gastos nacionais com eletrônicos de consumo, 51% de alimentação, 49% de saúde e beleza, 48% de mobiliário e 47% de vestuário.
Mas o mercado de eletrônicos, por exemplo, foi até pouco tempo atrás essencialmente masculino. “Eles por fim acordaram para o fato de que as mulheres não só usam seus produtos, mas também os compram.
Apesar de a transição não ser fácil, estamos deixando para trás a fase de celulares cor-de-rosa e de muita conversa mole para vermos alguns lançamentos, campanhas de marketing e ambientes de compra genuinamente bem pesquisados”, explicou Heller.
Para a agência global de relações públicas Ketchum(Omnicom Group), que investigou as decisões de compra das mães “multi-minding” (concentradas em muitas tarefas ao mesmo tempo), a compra é considerada “muito” ou “um pouco” fácil por três em quatro mulheres da faixa de 25 a 54 anos. Por outro lado, 40% consideram o nível de atendimento dos varejistas frustrante e 25% sentem-se confusas diante da complexidade dos produtos e da variedade de opções.
No geral, diz a Ketchum, a compra por impulso ainda é popular – sete entre dez entrevistadas (72%) costumam pesquisar preços antes de uma grande compra, contra 35% que raramente o fazem, e 25% são as primeiras a experimentar novos produtos e serviços.
Além de moda, beleza e comportamento, as mulheres também estão querendo conversar com os homens de igual para igual. E é por isso que, além de temas como saúde, estética, comportamento e boa forma, o interesse por assuntos como política e economia, por exemplo, também ganha a atenção delas.
Deixar as fofocas que envolvem o mundo das celebridades de lado durante as manhãs foi um desafio para a Rede Record. A emissora vem colhendo há um ano e meio bons frutos com a nova proposta formulada para o “Hoje em Dia”, atração matinal direcionada à mulher e com a responsabilidade de informar e entreter, bem longe da proposta de tratar a sua telespectadora, na maioria dona de casa, como uma “doméstica virtual”.
No rádio música, brincadeiras, lazer e informação, são os principais atrativos.Os Hábitos de Mídia também estão em cada momento que a mulher passa. Por exemplo, as grávidas estão em um momento de atenção, por isso buscam programação como Silvia Popovich, Rita Lobo e Luiza Tomé. As revistas geralmente são Crescer, Gravidez e Nenê.
Já o lado feminino da terceira idade se preocupa mais com sua saúde, seus direitos e o tempo de lazer. Sendo assim, a revista Autêntica é voltada para pessoas acima de 50 anos que desejam desfrutar melhor seu tempo e investir mais em si.
POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA
Atualmente, 41 milhões de pessoas constituem a chamada “população de baixa renda”. Segundo informação da Target, 25% das famílias de baixa renda, têm renda mensal de cerca de US$439. Apesar disso, são responsáveis pela venda de 26% (ou US%94,5 bilhões) dos bens.
No Brasil, as cidades que possuem o maior número de pessoas de baixa renda são São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
As pessoas de baixa renda têm esperança de conseguir uma vida melhor e almejam isso para seus filhos. Muitas se apegam a fé das igrejas evangélicas onde buscam conforto espiritual, um espaço para socializar e vantagens pessoais e materiais.
Sempre estão lutando por sobrevivência, por isso criam, improvisam, dividem e inventar coisas, desenvolvendo um sistema conjunto para superar suas dificuldades. Exemplos: reciclar latas, produzir objetivo para vender, fazer serviços temporários e etc.
As famílias são constituídas, na grande maioria, por pai, mãe e um ou mais filhos. Porém, existem mais três tipos de família: família cujo todos os familiares moram juntos, mães adolescentes (grávidas na faixa etária entre 15 e 17 anos), e famílias em que a mulher é a chefe da casa. Muitos maridos de baixa renda, não conseguem manter uma família e a abandonam. 25% das casas são conduzidas por mulheres. Só em São Paulo, são 42% das casas.
O lazer é sempre feito perto da moradia. Quase todos os bairros de baixa renda têm seu próprio clube, quadras de esporte, escola de samba e dúzias de bares que tocam todos os tipos de música. Geralmente, quem usufrui desses estabelecimentos são os jovens e os homens. As mulheres possuem pouco tempo livre, devido ao trabalho, afazeres domésticos e filhos. Sua fonte de entretenimento fica por conta de encontros familiares, mesmo que estes sejam raros.
Seus hábitos de consumo estão diretamente relacionados com a situação socioeconômica. Seus sonhos de consumo nunca são extravagantes, devido à realidade em que vivem, por isso dão maior importância a compra de comida (feijão, arroz, óleo, farinha, café, açúcar e carne).
O preço dos produtos influência muito na decisão de compra, mesmo que os consumidores de baixa renda procurem qualidade. Se a marca representa qualidade, acham que vale a pena gastar mais, desde que este produto seja importante para eles. Marcas que são mais vendidas para as mulheres de baixa renda são Omo e Veja.
Na decisão de compra, além do preço outro fato é analisado: o supermercado é eleito pelo preço e também pela distância. Como poucas famílias de baixa renda possuem carro, e o transporte público não é agradável, preferem fazer suas compras em mercados de bairro, deixando apenas para irem aos grandes mercados, apenas quando podem pu há uma grande oferta.
Dados:
Os pobres representam 70% da população do mundo. No mundo, são 4 bilhões de pessoas, totalizando um mercado de 5 trilhões de dólares. É no continente asiático que se encontra a maior parte da população, com 2,86 bilhões de pessoas e um mercado de 3,4 trilhões de dólares.
Apesar de a África ser o continente em que se encontra a maior população com renda inferior a 500 dólares ao ano, o mercado de telecomunicação vem crescendo a cada ano, principalmente com a venda de celulares pré-papos.
Ao redor do mundo, a população de renda baixa gasta mais com a alimentação. São gastos 2,8 trilhões de dólares em alimento. Energia são gastos 433,4 bilhões de dólares, moradia US$331,8 bilhões, transporte US$179,3 bilhões, saúde US$ 158,4 bilhões, telecomunicação US$54,1 bilhões e em água US$20,1 bilhões.
Sobre esses dados, o que se sabe é 54% dos consumidores brasileiros têm renda mensal irregular. Mais de 90% têm apenas educação básica. Como 66% destinam todo sua renda família nesses quesitos, as decisões de compra são compartilhadas, sedo que em 90% dos casos as mulheres que influenciam na decisão de compra.
Classe Média – Classe C
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a classe média passou a ser a maior estratificação econômica e numerosa do Brasil. Cerca de 20 milhões de pessoas deixaram as classes mais baixas, (D e E) e passaram a para a chamada classe C. Hoje, ao todo, são mais de 100 milhões de pessoas constituindo essa classe, cerca de 52% do total da população brasileira. A FVG definiu, em seu estudo, como classe média as famílias com renda mensal entre R$1065 e R$4591.
Historicamente, a classe média é o segmento que mais busca o pregresso pessoal, pela melhoria de vida. No Brasil, o aumento dessa classe e a redução da desigualdade social não surgiram de uma hora para outra. A base dessas mudanças está no processo de estabilização econômica. A explicação para esse aumento está relacionada ao crescimento do número de trabalhadores com carteira assinada (criaram-se empregos industriais com bons salários) e ao programa Bolsa Família, que ajuda 60 milhões de brasileiros. A maioria se situa no nordeste (50%).
Entre esses novos membros da classe C, a maioria é negros (30%), jovens (56%, graças à conquista do primeiro emprego), nordestinos e com escolaridade baixa (mais da metade só estudou até a 4ª série do ensino fundamental). Aqui em São Paulo, 70% dos trabalhadores da construção civil, por exemplo, são semi-analfabetos ou analfabetos e não pensam em mudar esta situação.
Com o aumento dos salários, essas famílias passaram a morar melhor e a consumir mais. A classe C usa 62% do seu dinheiro com gastos essenciais (como supermercado, energia elétrica, aluguel, gás, remédios, água e esgoto, transporte coletivo) e 38% em gatos não-essenciais (como vestuário, crédito, combustível, lazer, telefone fixo, telefone celular, TV paga/internet).
O grupo Ipsos (um dos lideres globais no fornecimento de pesquisas de marketing, propaganda, mídia, satisfação do consumidor e pesquisa de opinião pública e social0, fez uma pesquisa e contatou que as pessoas de classe média pretendem consumir no próximo ano: eletrodomésticos (41%), móveis (37%), lazer e viagem (28%), telefone e celular (26%), computador (25%), carros (21%), objetos de decoração (20%), TV, hi-fi e vídeo (18%), imóvel (16%), ferramentas (13%), motos (10%) e equipamentos esportivos (9%).
No que se diz respeito à mulher, 70% almeja o crescimento profissional. Com isso, usam como meio de mídia a internet (em busca de noticiais, receitas, participação em redes sociais). A venda de revistas também aumentou, por possuírem conteúdo de qualidade e novidades adequadas a cada uma. Elas querem acrescentar a rotina também academia (39%), cabeleireiro (33%) e massagens (25%).
O que também colaborou para esse aumento do consumo foi o crédito. A classe C é uma riquíssima fonte de lucros para as empresas de crédito. Em 2001, o total de crédito disponível na economia braseira era de 22%. Em 2007, o porcentual chegou a 35%, e de acordo com as projeções do Banco Central, até o final de 2008, deverá atingir 40%.
Com esse aumento, as empresas passaram a estudar e desenvolver produtos específicos para as classes C e D. Hoje, 70% dos carros são financiados em até 60 vezes. Apartamentos em até 25 anos (70% dos apartamentos e casas financiadas pela Caixa destinam-se a classe C).
No âmbito da política, a consolidação de uma nova classe média pode trazer ao menos dois benefícios: diminuição da dependência política e aumento da exigências com os políticos.
HOMENS
A população masculina compõe, hoje, 48% da população brasileira. Desse grupo 44% são casados, e desse subgrupo 76% têm filhos.
No mercado de trabalho, os homens compõem uma fatia de 57%. Desses, 72% preferem trabalhar em equipe e 60% acreditam que cumprir o dever é mais importante do que aproveitar a vida, 47% querem atingir o topo da carreira, mas somente 33% endossam a frase “só penso em trabalho”.
No campo de valores, muitos ainda são tidos como conservadores. No total, 61%, por exemplo, condenam a adoção de crianças por homossexuais, e 27% ainda repudiam o divórcio. Cerca de 20% ainda crêem que lugar de mulher é dentro de casa.
De acordo com resultados de pesquisa, destaca-se a construção de um perfil de homem mais caseiro. No total, 79,70% acham a casa o melhor lugar do mundo. O que era atribuição feminina até recentemente passou a figurar na lista de interesses masculinos, 67% procuram idéias para melhorar a casa, inclusive no campo de decoração.
No campo do consumo, os homens são cuidadosos e planejam suas compras. São fiéis às marcas e buscam produtos de alta qualidade. Em relação a compras pessoais, eles desembolsam 15% a mais que as mulheres.
Os homens jovens de hoje são mais abertos à mudança de valores e o processo de envelhecimento esta se tornando mais lento, o que influencia os padrões de consumo.
Se o homem sabe o que quer, não há duvida de que hoje está empenhado em permanecer jovem por mais tempo e preservar sua beleza. Entre 2001 e 2006, o mercado brasileiro de cosméticos cresceu mais de 200%. Há dez anos um a cada cem homens utilizava algum tipo de cosmético para “evitar” o envelhecimento. Hoje em dia um a cada 15 utiliza algum produto, especialmente cremes.
A Unilever tem estudado profundamente o segmento masculino, buscando identificar peculiaridades em cada grupo de consumidores.
Se for verdade que os homens monopolizam a TV para ver o futebol, também é certo que são maioria entre os que usam para ativar fantasias sexuais. Segundo pesquisa 74% dos assinantes de canais eróticos são homens. Do total, 74% têm 31 anos ou mais. Por incrível que pareça, o grupo predominante não é o dos solteiros. Segundo o levantamento, 76% são casados e 7% são separados ou viúvos. Apenas 17% ainda não se casaram.
PÚBLICO PRÉ - ADOLESCENTE (idade entre 09 e 12 anos)
Pesquisas feitas pelo IBGE mostram que as crianças estão cada vez mais presentes na hora de escolher um determinado produto, iniciando sua vida de consumidores muito mais cedo. Isso ocorre pelo fato delas tarem cada vez mais atentas no que acontece no seu dia-a–dia e descobrindo aos poucos seus próprios desejos.
O publico infantil se divide em três mercados diferentes: o primário, crianças que tem seu próprio dinheiro e gasta conforme suas vontades; o de influencia, por causa da grande participação na hora da compra da família; e o “mercado futuro”, onde elas são os consumidores de amanha de serviços, marcas e produtos.
O contato com o produto se inicia a partir dos 2 e 3 anos de idade onde a sensibilidade vai crescendo. De 6 a 8 anos o vínculo com a marca começa a partir dos personagens onde eles podem influenciar na hora da construção de personalidades . Na pré-adolescente 9 e 12 anos as decisões passam a ter mais sentido da marca do que o próprio produto em si.
As crianças passam por varias fases, até mesmo onde elas descobrem que o quarto tem um significado especial, para elas é um lugar de refugio dentro da sua própria casa onde ela pode expor seus medos, gostos e ate suas fantasias.
No ponto de vista do marketing as crianças começam a entende as regas do grupo em que convive a partir dos amigos que fazem parte do mesmo grupo no qual interage com os termos de linguagem, estilos de vestir, marcas, produtos e etc.
Quando o assunto é lazer a pesquisa demonstra que das doze atividades de lazer com a criançada, em média 5,47 são feitas com seus pais, como comer fora de preferência em fast-food e ir a parques.
Os artigos tecnológicos estão tomando conta, pois para elas possuir um item tecnológico de ultima geração da um sentido de poder como se fosse um líder do grupo. A internet é indispensável para elas entre o grupo entrevistado 34% tem computadores em casa (66% usam computador mesmo que não em casa); 24% têm acesso a internet em casa (34% acessam em outros lugares); 50% usam na escola , e 15% em locais públicos com lan house.
Os meninos ganham mais dinheiro que as meninas, as crianças de classe mais alta ganham três vezes mais dinheiro na semana do que as de classe média baixa. Entre 6 e 11 anos gastam seu dinheiro com guloseimas e bebidas.
O publico de 12 a 15 anos consome uma mídia de 6,36 horas de mídia por dia. Em relação à mídia, constatou-se que os principais veículos de comunicação para se chegar a garotada são a televisão, revistinha e rádio. A necessidade de estar incluído às comunidades, ter apoio dos amigos, o alto poder de influencia na hora da compra e constante em todos os momentos.
CONCLUSÃO
A análise desses diversos grupos sociais nos permite ver que mesmo que muito tenha mudado, principalmente nos últimos cinco anos, ainda existem grupos com a mesma mentalidade de antigamente, como por exemplo, o dos homens, muitos ainda acreditam que a mulher deva permanecer em casa e não exercer nenhuma atividade remunerada.
De fato o grupo que mais se segmentou em todos esses anos foi o da mulher, possuindo uma diversidade enorme. Mulheres que trabalham fora, independentes, não pensam em formar uma família e dão tudo em nome da carreira e estudos. Assim como também existem ainda as mulheres que acreditam que fazer o papel de mãe de família é a sua função principal.
Sem utilizar a diferenciação por gêneros, percebe-se também a análise de grupos que sofrem muito preconceito, como o da classe baixa e gls, estudamos e compreendemos que têm um padrão no que diz respeito ao comportamento de compra e consumo e mídia, da mesma forma que o público adolescente que assim como os outros tem tomado seu espaço no mercado e apresenta particularidades.
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