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Gestão Estratégica de Negócios Internacionais II

Seminário: Gestão Estratégica de Negócios Internacionais II. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/8/2014  •  Seminário  •  2.171 Palavras (9 Páginas)  •  307 Visualizações

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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul

Campus Virtual

Avaliação a Distância

Disciplina: Gestão Estratégica de Negócios Internacionais II

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 Procure o professor sempre que tiver dúvidas.

 Entregue a atividade no prazo estipulado.

 Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.

 Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).

1. Após a leitura do texto a seguir, identifique e explique quais são as variáveis do modelo do Diamante de Porter que foram fundamentais para a cerâmica italiana.

Sua resposta deverá ser apresentada em um texto de no mínimo 01 e no máximo 03 laudas.

Como Atua o "Diamante": A Indústria Italiana de Cerâmica

Michael J. Enright e Paolo Tenti

Na década de Oitenta, as empresas italianas tornaram-se líderes mundiais na produção e exportação de azulejos de cerâmica. Os produtores italianos, concentrados em torno da pequena cidade de Sassuolo, na região da Emilia-Romagna, respondiam por cerca de 30 por cento da produção mundial e por quase 60 por cento das exportações globais. Neste texto você saberá como tudo aconteceu.

O desenvolvimento da vantagem competitiva da indústria de cerâmica na Itália ilustra como funciona o "diamante" da vantagem nacional. A vantagem competitiva sustentável de Sassuolo decorreu não de uma situação estática ou histórica, mas do dinamismo e da mudança. Compradores locais sofisticados e exigentes, canais de distribuição fortes e exclusivos e a intensa rivalidade entre as empresas da comunidade, geraram pressões constantes pela inovação. Logo, o conhecimento emergiu da experimentação contínua e da experiência acumulada com a produção. O fato de se tratar de empresas de capital fechado e a lealdade à comunidade disseminaram o forte compromisso de investir no setor.

Os produtores de azulejos também se beneficiaram com um conjunto altamente desenvolvido de fornecedores de máquinas e com outros setores de apoio concentrados na localidade, produzindo materiais, serviços e infraestrutura. A presença de setores correlatos italianos de classe mundial também aumentou a força do país no setor. Por fim, a concentração geográfica do conglomerado inteiro representou uma supercarga de energia para todo o processo. A natureza orgânica desse sistema constitui-se na mais sustentável das vantagens das empresas ceramistas de Sassuolo.

O Emergente Aglomerado de Azulejos da ltália

De início, os produtores italianos de azulejos dependiam de fontes externas de matérias primas e de tecnologia de produção. No começo dos anos 50, a principal matéria prima utilizada era o caulim (argila branca). Como nas proximidades de Sassuolo existiam jazidas de argila vermelha, mas não de argila branca, os produtores italianos tinham que importá-la do Reino Unido. O equipamento das fábricas também era de procedência externa nos anos 50 e 60: fornos da Alemanha, Estados Unidos e França e prensas para a moldagem dos azulejos da Alemanha. Os fabricantes de Sassuolo tinham que importar até mesmo as máquinas simples de esmaltagem ou envernizamento.

Com o tempo, os produtores italianos aprenderam a modificar os equipamentos importados para compatibilizá-los com as circunstâncias locais: argila vermelha versus argila branca, gás natural versus óleo pesado. À medida que os técnicos de processamento das empresas deixavam o emprego para constituir as próprias fábricas de equipamentos, começou a surgir uma indústria local de máquinas. Em 1970, as empresas italianas despontaram como produtores de classe mundial de fornos e prensas, a situação anterior se revertera totalmente, estavam exportando os equipamentos para argila vermelha, para serem utilizados com argila branca.

O relacionamento entre os fabricantes italianos de azulejos e equipamentos proporcionava apoio recíproco para ambas as partes, característica que se acentuava pela estreita proximidade. Em meados dos anos 80, eram cerca de 200 os fabricantes italianos de equipamentos, e mais de 60 por cento se situavam na área de Sassuolo. Eles competiam de forma intensa pelos negócios locais, e os fabricantes de azulejos se beneficiavam com melhores preços e equipamentos mais avançados do que os dos rivais externos.

À medida que o emergente aglomerado de fabricação de azulejos cresceu e se concentrou na região de Sassuolo, desenvolveu-se um pool de técnicos e trabalhadores qualificados, abrangendo engenheiros, especialistas em produção, trabalhadores de manutenção, técnicos em serviços e projetistas. A concentração geográfica do setor estimulou a constituição de outras empresas de apoio, oferecendo moldes, material de embalagem, esmaltes e vernizes, e serviços de transporte. Também surgiu um aparato de pequenas consultorias especializadas, que assessoravam os produtores no projeto das fábricas, em logística e em questões fiscais, comerciais e de propaganda.

Com os membros concentrados na área de Sassuolo, a Assopiastrelle, a associação industrial dos fabricantes de azulejos, começou oferecendo serviços em áreas de interesse comum: compras em grandes volumes, pesquisas de mercados externos e consultoria sobre assuntos tributários e legais. O crescente aglomerado da indústria de azulejos estimulou a formação de uma nova instituição especializada: em 1976, um consórcio, constituído pela Universidade de Bologna, agências regionais e a associação industrial dos fabricantes de azulejos, fundou o Centro Ceramico di Bologna, para a execução de pesquisas de processos e análises de produtos.

As Origens da Indústria Ceramista Italiana

A produção de azulejos em Sassuolo emergiu dos setores de louça de barro e artefatos de cerâmica, cuja história remonta ao século XIII. Logo após a Segunda Guerra Mundial, havia apenas um punhado de produtores de azulejos de cerâmica em Sassuolo e arredores, todos atendendo exclusivamente ao mercado local.

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