HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO PENSAMENTO PRECURSOR CLÁSSICO

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

TDE – HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO

PENSAMENTO PRECURSOR CLÁSSICO

CURITIBA

2019

1. INTRODUÇÃO

Os precursores do pensamento clássico, tiveram um papel fundamental na história da economia, seus pensamentos serviram de base para o os escritos de Smith e Ricardo, sendo assim, iniciaram um novo modelo econômico que vigoraria nos próximos anos, até ser substituído pelas teorias neoclássicas no final do século XIX.

Nesse trabalho resgataremos os pensamentos quem moldaram o pensamento de Smith, além de contextualizar o cenário histórico, seus dogmas, quem ela beneficiou, a validade de sua aplicação seus aspectos mais duradouros. Foi seguida a metodologia de Brue (2006), História do Pensamento Econômico.

 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O pensamento clássico foi envolvido por um contexto científico que vigorava na Europa, denominada de Revolução Cientifica, período no qual houve o surgimento da ciência moderna, característica desse momento histórico se dá pelo desenvolvimento de campos como: a Matemática, a Física, a Astronomia, a Química e Biologia.

Aliado a grande Revolução Cientifica1, outro movimento que corrobora com o desenvolvimento humano se dá a Renascença - não apenas um sinônimo de ruptura com o passado, mas também o renascimento de uma base intelectual e a redescoberta da filosofia clássica. Esse ambiente favorável ao pensamento humano naturalmente trouxe avanços em vários campos acima descritos, nesse período há a criação2 de leis científicas, que mais tarde seriam utilizadas, em semelhança, para formular as clássicas leis econômicas.

Outro contexto que histórico que vigorava na Europa se dá pela Revolução Industrial, aqui temos outra ruptura do passado, os métodos de produção que até outrora eram de forma apenas manual, passaram a ser empregadas máquinas, nesse período há descoberta de novos compostos químicos, a produção em larga escala de ferro, e o aumento do uso da energia à vapor, desenvolvendo assim o sistema de fábricas mecanizadas.

Esse grande processo de aumento de produtividade se transformou em um grande salto de bem-estar geral – mesmo que o trabalho fabril fosse periculoso e mal pago. Com esse aumento de bem-estar acontece um aumento da taxa de crescimento populacional sem precedentes. Logo surge uma gigantesca força de trabalho que seria empregada no processo produtivo, elevando ainda mais a produção. Nesse contexto a Inglaterra surge como grande potência hegemônica no período.

Agora será retratado o aspecto dogmático da doutrina clássica.

Surge uma grande defesa da liberdade, logo a necessidade de um governo gigantesco e burocrático não se fazia mais útil, surge o princípio de que o governo deveria ser mínimo, logo as forças do mercado livre e a competitividade guiariam a economia.

1 Devido a importância de muitos nomes para o desenvolvimento da Revolução Cientifica, resolvi não citar nenhum,

pois certamente cometeria uma injustiça histórica e intelectual.

2 Nesse caso a palavra foi utilizado com o sentido de formulação teórica, visto que são leis naturais, elas já ocorreriam na sociedade antes mesmo se serem analisadas e escritas.

A atividade do governo deveria ser limitada ao fornecimento da defesa nacional e da educação pública, Brue (2006).

A economia seria guiada pelo comportamento de auto interesse humano, se decorrendo da seguinte forma, os trabalhadores ofereceriam sua força de trabalho em troca de um salário, esse salário seria gasto com o consumo de uma cesta de produto. Assim impulsionando a “roda” da economia e aumentando a distribuição de renda. Existindo assim uma espécie de harmonia de interesses, onde cada indivíduo se guiaria pela sua própria vontade, atendendo assim o interesse de toda a sociedade.

Os clássicos foram os primeiros a dar a devida importância em todos os recursos da atividade econômica, como a terra; capital; mão-de-obra e empreendedorismo. Houve uma análise minuciosa sobre