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Heráclito de Éfeso

Por:   •  29/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  467 Palavras (2 Páginas)  •  627 Visualizações

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(QUESTÃO 01) 

Marilena Chauí, em sua obra Introdução à história da filosofia, aborda no item O mundo como devir eterno as transformações contínuas e incessantes que ocorrem no cosmo segundo o pensamento do filósofo pré-socrático Heráclito. A autora afirma que o mesmo introduziu o conceito do devir relacionado ao eterno movimento das coisas e a ilusão da permanência. Heráclito utiliza uma metáfora das águas de um rio para explicar que nada permanece idêntico a si mesmo, ou seja, o movimento é a realidade verdadeira. Além disso, o mesmo empregou exemplos cotidianos para complementar seu ideal, assim, constatou que como tudo está em “movimento eterno”, os elementos que originam tais elementos devem também obedecer à essa mesma característica.  

(QUESTÃO 02)

Chauí introduz no item A luta de contrários o conceito por detrás da palavra grega pólemos. Essa palavra significa guerra, luta e é a guerra entre contrários um dos principais pontos da filosofia de Heráclito. A harmonia do Universo e da Natureza está justamente no intenso conflito entre opostos. Tudo o que existe no mundo nasce da tensão entre opostos. Essa antítese não resulta em uma síntese, mas a antítese é o que constitui a realidade. Cada contrário carrega em si um pouco de seu oposto, um se torna o outro, e assim é, sucessivamente. Conforme a frase “O que se opõe a si mesmo está de acordo consigo mesmo” explicita, aquilo que uma força contrária carrega de seu oposto faz com que ela esteja “de acordo consigo mesmo”. Dessa maneira, a pólemos configura, conforme definido por Chauí, um equilíbrio dinâmico. Constituindo a unidade múltipla, em que tudo é um justamente porque o um é tudo e a guerra entre tudo.

(QUESTÃO 03)

A autora, no enunciado A unidade da multiplicidade, explica o significado desse termo segundo as ideias de Heráclito. Fundamentalmente, tal termo não é contraditório. Heráclito entendia como substância primordial o fogo, no entanto, o mesmo não se referia ao fogo físico, com características percebidas pelos nossos sentidos como o calor, mas sim a um fogo que seria origem viva e eterna de todas as coisas. Nesta perspectiva, pode-se aferir que a unidade primordial, a partir das ideias de Heráclito, é difundida com a multiplicidade originada dela mesma. Em contrariedade com os demais pré-socráticos, Heráclito postula que a unidade é a multiplicidade e vice-versa. De fato, podem existir dificuldades de entender tal pragmática, no sentido que o ideal geral entende os opostos como aspectos separados, ou seja, que um poderia ocorrer sem o outro. Contudo, nesse segmento ideológico, os contrários se originam de seus respectivos contrários, assim, são inseparáveis. Dessa forma, a noite traz dentro de si o dia, ao mesmo tempo em que o dia traz a noite; o frio traz dentro de si o quente e o quente traz o frio; entre outros.  

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