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História do Pensamento Econômico

Por:   •  13/6/2017  •  Artigo  •  13.292 Palavras (54 Páginas)  •  253 Visualizações

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A origem do desenvolvimento da escola do pensamento econômico neoclássico do século xvi, xvii e xviii, é um momento de grandes transformações sociais, com uma nova estrutura capitalista ao qual vai fazer grandes mudanças provocando a ascensão de novas classes sociais como sendo hegemônicas. Essa nova classe social tem como origem e estrutura movimentos de trocas criando assim a aristocracia ao qual surge uma nova classe chamada burguesia que tem como estrutura o processo de trocas.

 No campo das idéias temos dois autores que vão ser fundamentais nesse período que é o Hobbes e o Locke

   O pensador Hobbes com a sua obra mais conhecida como o leviatã trás com seu trabalho o rompimento da idéia fundamental que diz que o homem seria feito a imagem e semelhança de Deus. Ele diz que o homem vai ser motivado existencialmente pelo egoísmo ou seja ele nasceria com esse impulso natural que seria o impulso da competição ou da auto preservação.

 Para superar esse estado de conflito permanente que o homem se encontrará, seria necessário um controle sobre todos os indivíduos e esse controle teria que se dá por algo que sobreponha sobre esses indivíduos e ao mesmo tempo é fruto de desejo desses mesmos indivíduos isso é o ele chama de status, ou seja, é necessária essa condição permanente para que o homem saísse do estado de guerra de todos contra todos, dessa forma Hobbes vai promover uma cultura bastante clara em relação ao pensamento ancorado a técnica da estória com que ele está escrevendo, ou seja, os filósofos da idade média são filósofos que vai levar fundamentalmente que a principal característica do homem é a virtude e Hobbes vai dizer que não, que a principal característica é o egoísmo e não a virtude.

   AS idéias de Hobbes vão ser profundamente repudiadas pela igreja católica por ser totalmente oposta ao pensamento da igreja.

John Locke vai ser o sucessor de Hobbes ao qual vai ficar atento as idéias de Hobbes, mas em uma postura mais amenizada, pro Locke o estado é sim uma convenção que deriva dos nobres mas o homem é livre para tomar suas decisões,que os homens são todos iguais que o homem nasce livre de natureza e ele constitui o estado que é uma forma de fazer que eles saibam desse estado de natureza livre com direitos. Dentre os direitos que a natureza concede aos homens estão os direitos de propriedade ( homem tem direito a propriedade de terra e bens) além do direito de proteger a si e suas propriedades. Ou seja, a função do estado segundo Locke é preservar as propriedades e preservar a integridade pessoal dos homens.

Locke entende que a finalidade da vida em sociedade com o estado é produzir o máximo de bens úteis possíveis, essa seria a finalidade da vida em sociedade. Percebam que quando ele usa esse termo útil, esse termo vai permear por toda a escola neoclássica. A escola neoclássica vai construir a idéia que o fundamento do valor das mercadorias é sua utilidade.

 Quando a gente analisa as obras do Smith, Ricardo e Marx percebemos que o que determinar o valor de uma mercadoria é a quantidade de trabalho necessário para produzir essas mercadorias. São autores adeptos da teoria valor trabalho. ( autores clássicos )

Os autores da escola neoclássica os marginalistas vão ser contrario dessa idéia dos autores clássicos, pra eles o valor está atrelado à utilidade das mercadorias, a defesa que Locke vai fazer do direito de propriedade é uma defesa muito frágil, ele diz que os homens nascem com direitos de propriedade, mas por que, que isso acontece?! Ele não consegue uma fundamentação propriamente sustentável para dizer isso, ele não consegue explicar a origem do direito de propriedade, muita dessa argumentação que ele faz que a finalidade da vida social é produzir o máximo de coisas úteis possíveis é uma defesa bem mais fundamentada que vai encontrar uma ressonância maior no meio dos autores neoclássico e a argumentação dele é mais palatável que a argumentação de Hobbes porque ele abandona aquele pessimismo que Hobbes tinha falando que o homem era egoísta, por isso a obra do Locke vai ser uma obra muito mais importante com um desenvolvimento muito maior e com muito mais ressonância no âmbito da doutrina utilitarista da doutrina neoclássica.

 A doutrina utilitarista e neoclássica vai movimentar em grandes linhas que o homem busca incessantemente a felicidade, que o homem tenta incessantemente se afastar o máximo da dor que é o trabalho e se aproximar o máximo possível do prazer que é o consumo, então os homens vivem nessa corda bamba, se afastando da dor e se aproximando do prazer. Só que o homem só consegue consumir mercadorias se ele trabalha e ganha dinheiro do contrario ele não consegue comprar mercadorias.

O que nos faz lembrar da curva de indiferença ao qual o consumidor maximiza sua utilidade comprando determinado numero de bens, ou seja começa com essa dicotomia de minimizar a dor ( trabalho) e maximizar o prazer ( consumo) essas idéias elas vão exercer uma influencia bastante profunda no momento histórico que esses autores estão escrevendo, são autores que vão promover uma compatibilidade muito grande entre altruísmo e egoísmo. O altruísmo ta se referindo mais a igreja católica e vão compatibilizar isso com o egoísmo segundo Hobbes e depois o Locke numa versão mais palatável que vão argumentar que os homens são basicamente seres egoístas e o egoísmo é o motor da ação humana.

  Então dando prosseguimento a essa perspectiva quem vai formular a versão mais acabada desse sistema da teoria do valor utilidade, que permanece sendo o centro da teoria neoclássica até os dias de hoje será os autores que vamos estudar que é o Jevons, Menger, principalmente Walras e Marshall que vai contribuir com a teoria do equilíbrio geral e teoria do equilíbrio parcial, foram esses autores que profundamente influenciados pela física newtoniana que vão conceber as ações humanas como sendo ações passivas de sistematização, podemos assim perceber que a ciências econômicas é muito influenciada pela física, esses autores acreditam e argumentam nessa idéia, porque as ações humanas são passivas de racionalização matematização assim como a física e a matemática.

Eles vão conceber também que a economia é um campo de força com leis própria de funcionamento que podem ser dedutivas a parti da analise, como nos outros campos, podemos perceber que todos esses autores serão muito influenciados pela física newtoniana.

Os principais autores que irão desenvolver a idéia de utilidade marginal decrescente serão: Jevons, Menger, principalmente Walras e Marshall que depois será desenvolvida em termos de cálculos diferencial que é o que vemos em micro.

Talvez o Menger seja o único que abre mão da matemática, que consegue comprovar argumentos somente com textos, a principal contribuição de Jevons no movimento da teoria do plano de utilidade do pensamento neoclássico foi exatamente a construção do principio da utilidade marginal decrescente, pra maximizar a utilidade de determinada mercadoria deve-se consumir determinada mercadoria até está saciado com a tal mercadoria. Um exemplo clássico é o da água que o primeiro copo de água ele tem uma utilidade muito grande, segundo copo já tem uma utilidade um pouco menor e assim sucessivamente até chegar a utilidade zero. Jevons tem uma contribuição muito importante e significativa para teoria do valor utilitário que diz que a teoria de valor utilidade é passiva de modelagem matemáticas porque se pode atribuir valores a isso, exemplo primeiro copo de água 100% de utilidade segundo copo de água 80% e assim em diante. Mas ele vai se limitar basicamente de apresentar uma coerência muito maior uma formalização maior porque seria passiva de matematização basicamente essa seria a contribuição que Jevons vai dá.

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