Introducao a Economia
Por: Thainá Porto • 4/5/2015 • Resenha • 2.187 Palavras (9 Páginas) • 426 Visualizações
Resumo Introdução a Economia – Avaliação 1
Conteúdo: O Funcionamento da Economia Capitalista – Capitulo II – A Divisão do Trabalho (Miglioli, Belluzzo, e Silva).
Capitalismo é o sistema econômico cujas relações sociais e produtivas estão sob o controle/domínio/subordino dos desejos do capital.
A maioria das relações produtivas na sociedade capitalista é baseada no domínio do capital (EUA e seu sistema de saúde).
Os Estados são muito importantes na economia capitalista, principalmente em situações de crise (Europa pós-guerra).
ESFERAS DE CIRCULACAO DO CAPITAL:
- Produtiva: D→M→M’→D’
- Financeira: D→D’
- D = dinheiro inicial.
- M= mercadorias (matéria prima, maquinas, trabalhador) – processo de produção.
- M’= nova mercadoria (bens de consumo) – venda.
- D’= dinheiro inicial + lucro → o lucro na esfera financeira é visto através de juros, que é o rendimento de maior peso nas operações financeiras.
Venda: Salto mortal da Mercadoria → RISCOS
- TAXA DE JUROS > TAXA DE LUCRO
- Trabalhador fica sem emprego quando a esfera de produção fica mais rentável do que a esfera financeira.
- Europa em crise pelo desemprego, mas o capitalismo não esta em crise. A única forma de o capitalismo entrar em crise é se as pessoas deixarem de viver uma vida com características capitalistas.
- TAXA DE JUROS < TAXA DE LUCRO
- Capitalismo prospero é suficiente para gerar empregos.
- Crise financeira abala a esfera produtiva, mas o contrario é falso.
- O Estado é refém do capital financeiro, por isso na crise de 2008 o Estado socorre os bancos financeiramente.
- Crescimento econômico → Crescimento do PIB.
Classificação de Bens e Serviços, Mercadorias e Bens: algo que é resultado da produção. Bens: Resultado material da produção. Serviços: bens intangíveis ou mercadorias abstratas.
- Bens e Serviços são bens finais, estes então divididos em Bens de Consumo (famílias são os consumidores finais) e Bens de Capital (empresas são os consumidores finais). Bens de Consumo, por si só, podem ser divididos em Duráveis (imóvel, eletrodoméstico, eletroeletrônico), Semiduráveis (vestuário, moveis) e Não Duráveis (alimento, higiene, remédios). Os Bens de Capital (maquinas, instrumentos, ferramentas, instalações produtivas) podem ser caracterizados também por sendo Bens Intermediários ou Insumos (matéria prima). É necessária a analise do contexto para caracterizar um bem, por exemplo, a energia elétrica: se na sala de aula, é um bem intermediário, se na residência, um bem de consumo.
A Economia Moderna tem por característica uma complexidade substantiva na produção, sendo que “o objeto sobre o qual o trabalhador exerce seu oficio é, em geral, produto de um trabalho anterior”. Por exemplo, o automóvel (aço, plástico, motor, autopeças, eletrônica, vidro, pneu, combustível, tinta, tecido, elétrica, comercio, assistência técnica, etc.) sendo que o plástico, por exemplo, é sozinho formado por outros diversos setores (molde/ metal mecânica, petroquímica, petróleo, etc.).
Divisão Social do Trabalho são as relações socioeconômicas que as pessoas estabelecem entre si para a produção. A divisão social trabalhista hoje é interdependente, cuja se algum setor básico obtiver problemas de produção, o sistema inteiro fica comprometido. ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DEFINE A ORGANIZAÇÃO SOCIAL, vice versa.
O DESENVOLVIMENTO DA DIVISAO DO TRABALHO:
- Formas Primitivas: Nômades (coletas, caça e pesca), cuja divisão era definida a partir da força física do individuo.
- Surgimento da Agropecuária: Controle sobre o aprovisionamento do alimento, possibilitando o sedentarismo (fixação a terra). A agropecuária só foi possível devido à geração de um excedente, este que não é a sobra, mas parte do que foi extraída do consumo presente com vistas ao consumo futuro e ao seu incremento, com o objetivo de dar prosseguimento a produção. Portanto, o desenvolvimento da agricultura ocorre com a aplicação produtiva do excedente, isso gera: expansão da divisão do trabalho (especialização), troca do excedente da produção por instrumentos de trabalho (gado de tração e troca de bens agrícolas por ferramentas de trabalho como a carroça), investimentos para produção (um grupo produz alimento para vários grupos para que esses outros grupos possam se dedicar no desenvolvimento de novas áreas como ferreiros, artesões).
- Crescimento do Excedente: Com o crescimento do excedente é possível observar atividades do ócio (mais nobres) como arte, musica e lazer. A aplicação total do excedente traz aprimoramento (maior) do excedente.
- EXCEDENTE (lucro) = PRODUÇÃO TOTAL – PARCELA CONSUMIDA PELA POPULACAO QUE TRABALHA NA PRODUÇÃO (salário é consumo imediato).
- EXCEDENTE = PARCELA DA POPULACAO DESTINADA A UTILIZACAO DA PROPRIA PRODUÇÃO (maquinas, instrumentos, insumos) + PARCELA DA POPULACAO LIGADA AO CONSUMO DE GRUPOS QUE NÃO ESTAO DIRETAMENTE LIGADOS A PRODUÇÃO (aposentados, dependentes, funcionários civis e militares, professores, médicos, artistas, capitalistas, e diversos tipos de proprietários que vivem de renda, etc.).
Os usos do excedente podem ser diversos: não produtivo este que simboliza apenas o lucro, ou seja, será inutilizado ou utilizado em tarefas ociosas; prosseguimento da produção, que constitui a manutenção da produção; ou ampliação da produção, este que inclui a introdução de novas maquinas, ferramentas e instalações produtivas, e facilita o trabalho humano (acelera/alivia forca física) - aumento da produtividade humana – a forca física humana é um limitante na produção, porém maquinas não tem limitante.
- Surgimento das Cidades: o desenvolvimento da agricultura somado ao crescimento populacional (devido a maior quantidade de comida – a fome não era geral -, a diminuição do uso excessivo da força e menos riscos com o trabalho – caça-, ocorreu um aumento da expectativa de vida geral) resultou no surgimento das cidades. As novas atividades (especializadas) que surgiram inicialmente foram: artesanato, metalurgia (ferramentas), comércio (de ferramentas, minérios, excedente agrícola, realizado entre cidades – o comercio era determinante para a formação de centros urbanos). As cidades não são puramente uma consequência do aprimoramento da agricultura, porem um passo fundamental para o desenvolvimento e permanência das cidades e também da Divisão Social do Trabalho (DST). A partir do momento que as cidades promovem uma produção de ferramentas e de comercio, é permitido que o meio rural se dedicasse somente a agricultura. A expansão da DST proporciona então três frentes trabalhistas (Agricultura, Indústria e Comercio), sendo estas localizadas em dois meios (Campo e Cidade).
- Surgimento da Escravidão: “Alem de permitir a especialização (surgimento de atividades como ferreiro e comerciante), o excedente representa também a possibilidade de viver à custa do trabalho dos outros.” Essa mesma organização social que gera o excedente de alimento, procurando uma melhor qualidade de vida, também gera a possibilidade de ‘terceirização’ da sobrevivência, portanto, o surgimento do excedente permite a escravidão. O dono de escravos pode então se dedicar a tarefas consideradas mais nobres (dirigir o Trabalho dos escravos, cuidar dos negócios e política, atividades intelectuais, consagrar tempo ao lazer). Com a escravidão, há uma transformação radical da organização econômica e social, sendo que toda a sociedade, economia, e, principalmente, a Divisão do Trabalho, é marcada pela divisão entre homens livres e escravos.
- Surgimento do Estado: É necessário um agente público para responder a demandas da comunidade (defesa externa territorial - exige mobilização de recursos – para impedir a busca externa por escravos e viveres, por exemplo. Enquanto a defesa externa era definida pela manutenção da ordem entre homens livres e escravos – contra revoltas escravistas). Por isso o sistema tributário surge, em busca da manutenção do Estado. A tributação é paga com o excedente pessoal do individuo com o intuito de suprir aos que exercem atividades civis e militares em nome do Estado, portanto, tributo é excedente. O Estado também esta diretamente ligado a reformas na agricultura (irrigação e drenagem do solo, por exemplo).
A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO NA ECONOMIA MODERNA:
Divisão Mais Primitiva: fundiam-se num mesmo individuo diversas funções (caça, artesanato, agricultura, guerra, etc.). Essa forma de trabalho não permitia ao trabalhador tempo para a socialização (para a aprendizagem ou conhecimentos especiais), e para a formação de novas tecnologias é necessário um maior grau de especialização (tempo, aprendizado, testes). Para que uma sociedade seja considerada evoluída (socialmente e economicamente) é necessária tecnologia, sendo essa em forma de maquinas.
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