MERCOSUL (Mercado Comum do Sul)
Resenha: MERCOSUL (Mercado Comum do Sul). Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: cadaniele • 12/12/2014 • Resenha • 1.230 Palavras (5 Páginas) • 388 Visualizações
O governo brasileiro encontra algumas dificuldades para ratificar os tratados comerciais
aprovados no âmbito do Mercosul. Segundo o modelo proposto por Putnam, quais as
causas destas dificuldades. Compare sua resposta com os modelos de análise de política
externa propostos por Barbara Farnham.
O MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) surgiu, como o nome sugere, com o
propósito de promover a integração regional dos países signatários do Tratado de
Assunção por meio de um mercado comum entre esses países e, consequentemente, da
livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos, do estabelecimento de uma
Tarifa Externa Comum, da adoção de uma política comercial comum, da coordenação
de políticas macroeconômicas e setoriais, e da harmonização de legislações nas áreas
pertinentes. Os países-membros eram inicialmente quatro, Brasil, Paraguai, Uruguai e
Argentina e, recentemente, houve a adesão da Venezuela. O Tratado de Assunção é
aberto, mediante negociação, à adesão dos demais Países Membros da ALADI.
Ademais, o MERCOSUL caracteriza-se pelo regionalismo aberto, ou seja, tem por
objetivo não só o aumento do comércio intrazona, mas também o estímulo às trocas
com terceiros países. São Estados Associados do MERCOSUL a Bolívia, o Chile, o
Peru, a Colômbia e o Equador. Ainda que não sejam Estados Associados, a Guiana e o
Suriname passaram a contar com formas de participação nas reuniões do MERCOSUL.
Entretanto, até o momento, o bloco não conseguiu atingir o grande objetivo de abrir os
mercados dos países membros permitindo a livre circulação de pessoas, bens e capitais.
Provavelmente o maior impasse encontrado para o alcance do objetivo proposto é a
assimetria em diversos aspectos entre esses países, tais como tamanho de mercado e
níveis de produtividade, o que gera um fraco grau de interdependência e
complementaridade entre as economias, fatores reconhecidos, a exemplo da integração
da União Europeia, como determinantes para o bom funcionamento de um bloco
econômico consistente.
Putnam
Segundo Putnam, as preferências dos Estados são fixas, uma vez que não mudam de
acordo com as interações e buscam sempre alcançar o ponto ótimo de Pareto. Tais
preferências são, sem exceção, pautadas na racionalidade e são originadas de um
processo de escolha pública sobre as preferências societais e assumidas como
preferência estatal. Putnam trouxe uma visão nova para a análise da política externa ao
considerar os processos internos (preferências subestatais) como fatores que
influenciam as decisões diretamente no Sistema Internacional, como é o caso das
comissões de direito humano que, apesar de não conseguirem mudar as preferências
estatais de forma direta, levam as questões para o plano internacional e conseguem, de
certa forma, obter algum resultado. Além disso, para Putnam, o processo de formulação
e execução da Política Externa pode ser comparado com qualquer outro tipo de política
pública e, portanto, pode ser analisado pelo mesmo instrumental analítico das políticas
públicas.
Putnam apresenta como carro-chefe de seu modelo, a Teoria do Jogo de Dois Níveis,
onde a Análise de Política externa se dá em dois diferentes tabuleiros, ou níveis, de
ação: o doméstico, constituído pelos grupos de interesses, parlamentares, agências
internas e o internacional, formado por todos os países do sistema internacional que
tenham alguma relação de interesse com o país em evidência. Neste jogo é demonstrado
o vínculo entre a política interna e a externa, de tal maneira que uma influencia a outra e
os tomadores de decisão têm de encontrar a melhor maneira de atender às expectativas
tanto dos grupos domésticos como dos internacionais.
No modelo teórico de Putnam as instituições, que são agregados de preferências de
decisões individuais tem o papel de constranger decisões não racionais presentes nos
indivíduos. As instituições servem para dar credibilidade no sistema social, excluindo
decisões individuais e emotivas. A partir do momento do surgimento das instituições, só
se pode analisar as decisões institucionais. A grande questão é que há uma dificuldade
no modelo institucional que é explicar como as instituições surgem e também como elas
se transformam, já que elas nascem para ser estáveis. O fato é que essas instituições
precisam
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