O Consumismo na Economia
Por: Voz e Trechos • 28/2/2023 • Trabalho acadêmico • 425 Palavras (2 Páginas) • 92 Visualizações
Consumismo
O consumismo é um tipo de arranjo social, e não apenas uma característica individual. É um arranjo que transforma as vontades, os desejos e os anseios das pessoas de forma permanente, independentemente de gênero, raça ou situação social. Por esses fatores, o seu significado torna-se diferente do significado da palavra consumo, já que este é indispensável para a sobrevivência física e para a movimentação da economia capitalista, desde que seja feito pela sociedade de forma responsável e consciente. O consumo sempre esteve presente na vida do homem e com o passar dos anos este ato passou por grandes mudanças e evolução, principalmente no período da revolução industrial, alterando os costumes das pessoas em relação à aquisição de bens.
Primeiramente, o consumo movimenta a economia de um país, por meio do estímulo do crescimento do produto interno bruto –PIB, o que gera tributos, devolvendo-os aos cidadãos em forma de serviços públicos. Além disso, o consumo organiza as relações sociais, exercendo um papel importante na formação das identidades das pessoas e nas relações entre elas. Dessa forma, o consumo muda a relação de como as pessoas enxergam a si mesmas e de como elas projetam a sua imagem para os outros. Hoje o consumo não é apenas uma questão de sobrevivência física como antes, mas sim parte que estrutura e organiza a vida social das pessoas.
Segundamente, quando o consumo é feito de forma exagerada, excedendo as necessidades humanas, ao ponto de provocar cargas elevadas de trabalho para satisfazer os seus desejos, alerta-se às atitudes voltadas ao consumismo. Esta insaciabilidade de desejos, sem ao menos pensar se precisa ou não daqueles bens e produtos, provoca a falta de qualidade de vida do cidadão, pois para conseguir realizar-se, terá de trabalhar mais, o que reduzirá o seu tempo para o lazer e para as relações sociais. Outro problema relevante gerado pelo consumo exagerado, é em relação aos recursos que são extraídos do meio ambiente para atender as necessidades atuais. A utilização sem controle e insustentável dos recursos naturais colocam em risco os ecossistemas, o que provoca desequilíbrios naturais, na maioria das vezes, irreversíveis.
Portanto, consumo e consumismo vão em direções opostas, considerando que este é uma prática que vai além das necessidades básicas do ser humano, sujeitando-se ao desperdícios e aos apelos globalizados do mercado, e aquele refere-se ao consumo centrado, responsável e necessário pela sociedade, que segundo Bergaman: “O consumo é uma condição e um aspecto permanente e irremovível, sem limites temporais e históricos; um elemento inseparável da sobrevivência biológica que nós humanos compartilhamos com todos os outros organismos”.
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