O Dinheiro e Espiritualidade
Por: Maser • 21/4/2016 • Ensaio • 14.817 Palavras (60 Páginas) • 323 Visualizações
DINHEIRO E ESPIRITUALIDADE
Por: Claudemir de Oliveira
INDICE
1º- UMA VISÃO PESSOAL
2º- UMA VISÃO DO DINHEIRO NA BÍBLIA
3º- A AMBIÇÃO E O PLANO DE DEUS
4º- A MÍDIA E O CONSUMISMO NA HISTÓRIA
5º FELICIDADE
6º CONSCIÊNCIA FINANCEIRA OU AVAREZA ?
7º EDUCAÇÃO FINANCEIRA
8º ADMINISTRAR O SALÁRIO
9º PLANEJAMENTO
10º (FRP) UMA NECESSIDADE BÁSICA
11º SER POBRE É UMA OPÇÃO?
12º A POBREZA E O CONTROLE FINANCEIRO
13º PRUDÊNCIA É AMOR
14º FRP x CONSUMISMO
DINHEIRO E ESPIRITUALIDADE
INTRODUÇÃO
Por tudo que tenho visto no meu dia a dia, tanto na minha vida, como na vida das pessoas que me cercam, ou seja, a sociedade em geral; os conflitos que existem nesta sociedade, a insegurança, o alto desnível social, a corrupção e crimes diversos. Por tudo isso, a participação comunitária levou-me a uma meditação mais profunda, sobre um assunto que é muito incomodo, inclusive nos meios religiosos.
Este assunto é dinheiro e a espiritualidade.
Usando a experiência pessoal no controle financeiro, tentarei mostrar como a prática deste controle pode mudar a situação financeira de uma pessoa.
Sem ter uma formação universitária de economia, usarei somente o conhecimento pessoal adquirido em uma vida que, primeiro foi de total descontrole financeiro e depois de um despertar para a realidade do uso do dinheiro.
Quando se fala em dinheiro, tem se a intenção de despertar e avaliar, a responsabilidade financeira do indivíduo.
O que é responsabilidade financeira?
¨É a forma como indivíduo usa a quantia monetária, que esta sob o seu poder, para gerar vida e felicidade, para ele, para os seus, para a sociedade e para o mundo.¨
Porém, mesmo sendo de suma importância para a sociedade, este assunto controle financeiro, tem sido muito desprezado pelos órgãos educadores. Ao ponto de ficar difícil ao indivíduo comum, até mesmo pensar sobre isto. E também a mídia que teria a função de informar, parece não ter o menor interesse no assunto.
Na lógica, em uma sociedade onde falta a prática da responsabilidade financeira, rege o inverso que é a irresponsabilidade financeira, e os frutos desta situação, todos podem ver nas páginas dos jornais.
As macroeconomias, as contabilidades financeiras, os percentuais das bolsas de valores, a taxa de selic, etc. Todas estas complexidades de números geram no cidadão comum dúvidas e temores, quando o assunto é dinheiro.
A intenção deste trabalho é despertar neste cidadão, o interesse em meditar sobre as interferências do dinheiro, na sua vida e na sociedade. E ser humildemente um instrumento do bem, na luta contra a desigualdade social.
A frase dita por Jesus de Nazaré:¨.Dai a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus.¨ É muito usada em discursos religiosos, quando o assunto é dinheiro.
Mas, será que se tem uma compreensão real, do significado desta catequese?
Espero que no final desta leitura, o leitor tenha sua própria compreensão.
CAPÍTULO 1
UMA VISÃO PESSOAL
Como disse antes o que me levou a escrever sobre este assunto, foi uma visão pessoal, formada através de anos vendo as pessoas serem levadas a não ter consciência financeira.
Por exemplo, um dia falando sobre economia com alguém, fui criticado por um colega, este disse que eu estava perdendo tempo, pois ninguém é bobo, todos já sabem como lidar com o dinheiro, o difícil é ter dinheiro.
Isso me fez refletir ainda mais, será que é isto mesmo? Será que estou ¨jogando pérolas aos porcos¨, ninguém é inocente? Só se fingem de sofredores para conseguirem piedade, são malandros e usam as dificuldades para se darem bem? Cheguei à conclusão que não, eu não estava errado, o meu colega estava.
As pessoas sofrem por causa do dinheiro, porque não foram educadas a controlar o dinheiro; mesmo os que parecem espertalhões são inocentes, não sabem o mal que fazem para si mesmo e para a sociedade. Fora aqueles que optaram em serem ladrões e assassinos, a maioria das pessoas são inocentes e precisam ser educadas no campo financeiro.
Falo isso porque tive a chance de ser educado financeiramente, porém só comecei a ter controle sobre meus gastos com 30 anos de idade; até então levei uma vida totalmente desregrada, cheguei nesta idade sem ter adquirido bem algum, só dívidas, com histórias de descontroles que precisariam de outro livro para narrar.
Com 31 anos, e o casamento marcado comecei a por em prática o conhecimento financeiro que já tinha, mas não usava, pois havia trabalhado por 15 anos, acreditem, em agência bancária, e alguma coisa tinha que aprender, isto é, a mais simples contabilidade.
Agora junto com minha esposa, começamos a por em prática aquela velha frase ¨não se deve gastar mais do que se ganha¨. Parece simples esta idéia, mas como é difícil colocar em prática isto no começo. Na filosofia tudo é lindo, mas no dia a dia é complicado. Começamos a controlar até o pãozinho da padaria, com um caderno fizemos um livro caixa, ou se preferir um balancete, tudo que era gasto e as previsões de gastos eram ali anotados.
Com o valor do meu salário em mãos, fazíamos uma previsão de gastos no mês e víamos quanto iria sobrar.
Nos primeiros meses com um controle rígido, vimos que o dinheiro dava para passar o mês e ainda sobrava um pouco. Foi então que decidimos tentar fazer um fundo de reserva prudente com a sobra.
Naquela época tomamos uma decisão drástica, nos aventuramos a tentar passar o mês com a metade do pagamento, a outra parte iria para o fundo de reserva, para realizar nossos sonhos, tipo casa, carro, etc. Para conseguir isto começamos a cortar gastos, no começo ao extremo.
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