O IMPACTO DA PANDEMIA NA ECONOMIA
Por: Fernanda.98 • 2/12/2020 • Trabalho acadêmico • 1.101 Palavras (5 Páginas) • 233 Visualizações
O IMPACTO DA PANDEMIA SOBRE ALGUMAS DAS PRINCIPAIS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS NO BRASIL E NA BAHIA
Evelly Carmo, Fernanda Sá Barreto, Leonardo Freitas, Luca Quintella, Luciana Cardoso, Rayane Freitas
1. INTRODUÇÃO
Em dezembro de 2019, na República Popular da China, houve a identificação do Covid-19, popularmente denominado como “coronavírus”. A doença passou a ser pandêmica a partir de março de 2020, com impactos nos setores de saúde, social e econômico.
Nesse sentido, o presente artigo tem como finalidade analisar, a partir de pesquisas e gráficos, os impactos econômicos da pandemia nas economias do Brasil e da Bahia a partir da observância dos quantitativos, antes e depois da pandemia, de algumas das principais variáveis macroeconômicas: emprego e desemprego, PIB, inflação, arrecadação de impostos.
Além disso, propõe-se, na conclusão, alternativas de políticas macroeconômicas que poderiam ser adotadas pelo governo para minimizar o cenário de recessão econômica.
2. A QUESTÃO DO EMPREGO E DESEMPREGO
O desemprego no Brasil subiu 27,6% em quatro meses de pandemia. Em maio deste ano, a população desocupada no país era de 10,1 milhões, acabou passando para 12,3 milhões em julho e, logo mais em agosto, chegou a 12,9 milhões de pessoas, gerando um aumento de 27,6% desde o início da pandemia.
O índice de desocupação cresceu em média 0,5 pontos percentuais de julho para agosto, ocasionando uma variação de 13,1% (julho) para 13,6% (agosto). Ademais, a Pnad Covid-19 estimou, em agosto, que a população ocupada do país era de 84,4 milhões de pessoas, tendo um aumento de 0,8% em relação a julho, contudo ainda acumulando a redução de 2,7% em relação ao mês de maio.
Se tratando da região nordeste, a Bahia lidera a taxa de desemprego na região, estando com a taxa de desocupação em 19,9%. Durante os meses de julho a agosto, a quantidade de pessoas desocupadas na Bahia sofreu um aumento significativo pela primeira vez desde maio, chegando até 1,078 milhão de pessoas, segundo pesquisa do IBGE, chegando em 18,1% em agosto, a maior do Brasil; e tendo 2,2 pontos percentuais acima do mês de julho, onde atingiu 15,9%.
3. PIB
Segundo o IBGE, devido a pandemia, houve uma retração do PIB de 9,7 % no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Ministério da Economia, houve um erro na avaliação de alguns analistas que projetaram para o PIB deste ano uma queda acentuada, pois houve um significativo aumento de algumas variáveis, contrariando os analistas do mercado.
3.1 O PIB da agropecuária
O que segurou a economia, mais uma vez, foi o agronegócio. Segundo o IBGE, o setor teve crescimento na pandemia, com alta de 0,4% no segundo trimestre se comparado ao mesmo período do ano passado. Sem dúvidas, o agronegócio foi o nosso carro chefe, se tratando da balança comercial e dos preços dos produtos no exterior, que bateram recorde. Podemos citar a soja e a carne bovina como exemplo.
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3.2 As projeções e consequências
Conforme a OIT, Organização Internacional do Trabalho, mais de 25 milhões de empregos e renda dos trabalhadores correm risco em decorrência da pandemia. Segundo estimativas e dados, os setores hoteleiro, de alimentação, manufaturas e varejo são os que podem ser mais atingidos. Já para o Banco Mundial, sobre as previsões de queda do PIB em 2020, o Brasil tem uma das menores, de 5,4%, bem menos que os analistas anunciaram em junho, de 8%.
4. INFLAÇÃO
Segundo o IPCA, foi de 0,64% a inflação de setembro, inflada pelos alimentos. Já a inflação dos 12 meses, em comparação ao mesmo período anterior, subiu para 3,14%, sendo acumulada alta de 1,34%. As maiores altas foram:
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A estimativa de queda do PIB, Produto Interno Bruto, de 2020, estima uma retração de 4,5% em comparação à projeção anterior que era de 4,7%, segundo o Ministério da Economia. O governo tem uma perspectiva de crescimento em torno de 3,2%, boletim de setembro, e até 2024 contínua a taxa de 2,5%. Já a inflação medida pelo IPCA aumentou de 1,83 para 3,313 no ano corrente, conforme boletim do dia 17/11/2020.
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O comportamento dos preços na pandemia pesou, sobretudo, para aqueles que ganham até 4 salários mínimos. Segundo estimativas do mercado, a alta de preços não será consistente, em consequência ao fim do auxílio emergencial e ao aumento do desemprego na faixa de renda estipulado pelo IPCA para análise de comportamento de preços por faixa etária.
5. ARRECADAÇÃO DE IMPOSTOS
Tendo em vista que a arrecadação de imposto se dá mediante a atividade econômica de determinada região, as medidas adotadas para conter o avanço da Covid-19 impactaram de forma negativa na economia. O gráfico abaixo demonstra a arrecadação total dos estados brasileiros de janeiro a junho. A linha rosa indica os valores para 2020. Para fazer a comparação, a linha azul mostra a arrecadação nos mesmos meses, mas no ano passado.
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