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O MÉTODO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS E SEUS USO PARA O SISTEMA COOPERATIVO.

Por:   •  18/10/2017  •  Artigo  •  7.389 Palavras (30 Páginas)  •  352 Visualizações

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Departamento de Economia e Relações Internacionais

Curso de Graduação em Relações Internacionais

Disciplina: Cooperativismo-CNM 7335

Prof. Luiz Salgado Klaes

Aluna: Jéssica Rocha Pereira-14205072

Data:16/10/2017

O MÉTODO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS E SEUS USO PARA O SISTEMA COOPERATIVO.

RESUMO: 

Resumo: A partir da década de 70, ocorre um processo denominado como “globalização autêntica”, onde é definida uma integração profunda da sociedade capitalista internacional, onde o mundo mudou, o mercado internacional mudou, os concorrentes cada vez mais são de empresas estrangeiras, e cada vez mais as empresas devem mudar e competir com outras empresas nos mercados externos e ganhar competência para sobreviver até mesmo em seus mercados internos. O presente artigo visa demonstrar como funciona o método da internacionalização das empresas para que se possa usá-lo dentro do sistema Cooperativo.

Palavras chaves: Cooperativismo, internacionalização de empresas, economia internacional

1 INTRODUÇÃO

           

            Uma das perguntas que as empresas fazem é: “Por que eu devo me internacionalizar? -São diversos os motivos que levam uma empresa a se internacionalizar: uma delas é diluir os riscos, colocar os “ovos” em diversas cestas, ou seja, se um país só estiver focado no seu mercado interno, este mercado pode entrar em crise, ele então consegue crescer mais rapidamente, pois já foi determinada a curva da experiência no ramo, e este mercado será somente incrementado posteriormente. É importante que um país tenha empresas reconhecidas internacionalmente no exterior, pois isso agrega valor à essas empresas, e as mesmas devem criar e desenvolver (através de marketing, empreendedorismo) sensibilidade para trabalhar com negócios internacionais.        

           Ao tomar a decisão de se internacionalizar, essas empresas irão criar uma imagem de exportadoras, e benéficas, pois dá aos clientes e fornecedores maior segurança em relação aos seus produtos e serviços (padrões de exportação podem ser altos, logo, o serviço ou produto deve ser de qualidade). Além disso, existe também a possibilidade de internacionalizar através da busca de parceiros em outros países, que possam gerar projetos de cooperação e transferência de capital, e vão necessitar de um entendimento mais direto (com relação ao setor) e de um entendimento mais abrangente (em relação ao país em que ela se originou) para então finalmente se consolidar a teoria vigente das empresas multinacionais. Por fim, ainda não demonstram especificações de como esse sistema virá a se desenrolar e como se daria seu funcionamento, e mesmo que esse processo seja um pouco complexo, ou não, os fatores do processo de internacionalização de empresas irão contribuir para que se desenvolva a situação econômica em âmbito global.

 

2 DESENVOLVIMENTO

2.1. Breve contextualização acerca do Cooperativismo

            Desde o início das primeiras formas de sociedades, o homem já tinha o entendimento de que era muito mais fácil de resolver suas questões, quando se trabalhava em conjunto com outros indivíduos, e principalmente, quando todos possuíam os mesmos objetivos.  Durante séculos, o homem veio construindo sua história, até que no século XIX na Inglaterra na revolução industrial, surge uma nova modalidade de trabalho em conjunto: A cooperativa. Em 1844 nascia a cooperativa de Rochsdalle formada por 28 tecelões, e considerada a primeira cooperativa organizada, e com princípios seguidos até hoje.

Atualmente, as cooperativas têm forte presença no cenário mundial, são milhares espalhadas em todo o mundo, gerando riquezas, garantindo educação, formando trabalhadores, distribuindo renda e em suma, possibilitando melhor qualidade de vida não apenas aos seus associados, mas a milhões de pessoas beneficiadas direta ou indiretamente.

            Para a criação de uma cooperativa é preciso existir a necessidade de interesses comuns; vontade e comprometimento; viabilidade econômico-financeira e sustentação legal. Uma cooperativa deve ser integrada por pessoas, necessidades e interesses comuns que se traduzem nos objetivos da cooperativa, e se não existir esse pilar, não existe base nenhuma para o sucesso da mesma. É preciso que as pessoas pensem e atuem de forma integrada, respeitando os valores do cooperativismo que são: a autoajuda, auto responsabilidade, democracia, equidade e solidariedade. Reunido o grupo de pessoas com interesses e objetivos comuns, o passo seguinte é projetar o negócio e o mercado de ação da cooperativa estudando detalhadamente suas características, pois com o estudo aprofundado, os interessados poderão tomar decisões , realizar projetos ,projeções de mercados e estratégias de crescimento e investimento a longo prazo. Na cooperativa todos os associados participam com capital social  , e as decisões são tomadas em assembleias gerais , onde o voto é unitário. Todos os cooperados tem direitos e deveres iguais, podendo votar e ser votados para os órgãos de administração e fiscalização,  e bem como todos os ganhos, sobras e prejuízos são partilhados de forma igualitária perante os associados.

As cooperativas são classificadas conforme a área de atuação dos associados: agropecuária, consumo, crédito, educação, habitação, infraestrutura, produção, saúde, trabalho, transporte turismo e lazer, etc. Todas elas são representadas pela OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) na esfera federal e nos Estados por uma organização das cooperativas.

2.2 Inserção nas cadeias globais de valor

Diversas análises acerca das cadeias de valor apontam que a produção e a distribuição capitalista estão ocorrendo, de forma crescente, processando-se em nível global. A dispersão da divisão do trabalho, em vários territórios, tem possibilitado a participação dos países periféricos na cadeia de valor. No Brasil, a indústria de móveis participa da cadeia global de valor. No Estado de Santa Catarina, a região produtora localiza-se na região Nordeste com mais de 90% das empresas moveleiras destinando a produção para o mercado externo. Enquanto os produtores locais de móveis se responsabilizam pela produção, os agentes de exportação intermediam as relações de venda para grandes compradores internacionais. Estes últimos determinam as especificidades dos produtos e processos adotados, as normas de segurança e sociais e possuem poder de negociação na determinação dos preços. Nas negociações sobre as condições de produção e vendas, as empresas locais propõem alterações nas especificações dos produtos e dos processos, porém não têm obtido melhores preços para os produtos comercializados. As empresas produtoras locais ficam subordinadas às determinações de preços dos compradores internacionais.

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