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O Papel do Brasil na nova divisão internacional do trabalho DIT

Por:   •  23/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.158 Palavras (5 Páginas)  •  2.931 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE-UFCG
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES-CFP
UNIDADE ACADÊMICA DE GEOGRAFIA-UNAGEO
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
DISCIPLINA: GEOGRAFIA ECONÔMICA

MINISTRANTE: DR. JOSENILTON PATRÍCIO ROCHA

DISCENTES: KARINA DE CALDAS LIMA

MARIA RODRIGUES MONTEIRO DUARTE

3ª AVALIAÇÃO

CAJAZEIRAS-PB,

AGOSTO DE 2018

O papel do Brasil na nova divisão internacional do trabalho DIT, atual da nova ordem.

Segundo SANTOS, (1926) “A divisão do trabalho pode, ser vista como um processo pelo qual os recursos disponíveis em um determinado lugar se distribuem tanto socialmente como geograficamente”. Divisão Internacional do Trabalho (DIT), consiste na divisão da riqueza mundial, ou seja, ela é resultante da especialização produtiva de um país, como por exemplo faziam os estados nações, tendo como resultado uma divisão territorial do trabalho (divisão produtiva interna). As DITs mudaram de acordo com o período e eventos históricos vividos, e dessa forma, apresentam-se em quatro etapas diferentes.

A primeira DIT (séculos XV e XVI) é caracterizada pelo início das grandes navegações e da expansão da civilização europeia pelo mundo. Nesse período, se iniciava o capitalismo comercial, caracterizado pela extração de matérias-primas nas colônias para serem utilizadas na produção de manufaturas nas metrópoles. No Brasil e em outros países da América, predominavam a extração era basicamente de metais preciosos como ouro e prata.

A segunda DIT (séculos XVII e XVIII) é marcada pela Revolução Industrial que começou na Inglaterra na segunda metade do século XVIII, onde as colônias e os países subdesenvolvidos passaram a oferecer, além de matérias primas, produtos agrícolas. As metrópoles transformavam essas matérias primas em produtos industrializados, através das máquinas a vapor. O Brasil ficou marcado nessa época pela exportação do café.

Já a terceira DIT (a partir do século XX), com a revolução técnico-científica-informacional e a consolidação do capitalismo financeiro, temos a expansão das grandes multinacionais pelo mundo. Nesse período, alguns países subdesenvolvidos, como o Brasil, também realizaram seus processos tardios de industrialização, a partir da abertura do mercado financeiro desses países e pelas instalações de empresas multinacionais oriundas de países desenvolvidos. Assim, os países emergentes industrializados, forneciam produtos industriais para o mercado interno e exportava matérias-primas e produtos agrícolas. Nesse caso, o papel dos países desenvolvidos era fornecer produtos industrializados (mais sofisticados), e além disso, tecnologia, empréstimos e investimentos.

A quarta DIT, (a partir da década de 60) é a atual, que de acordo com SINGER, (1983) “vem sendo caracterizada pela exportação de produtos industrias por parte dos países recém-industrializados, como o Brasil e outros”. A existência de infraestrutura e o baixo nível de salários que vigoravam nesses países, condicionaram para que as multinacionais trouxessem processos produtivos inteiros, visando elevar ao máximo seus lucros no comércio mundial.

O Brasil logo após passar seus ciclos econômicos desde o período colonial, está hoje entre os países industrializados e em processo de desenvolvimento dentro de uma perspectiva de globalização, que se dá por meio de interações sociais, políticas, culturais e econômicas entre os países, onde juntos formam uma totalidade em movimento. Atualmente, o principal papel do Brasil nesta nova ordem mundial, é o fornecimento de matérias-primas, produtos agrícolas, minério de ferro, petróleo, entre outros, e ainda fornece mão-de-obra barata o que contribui com o processo de globalização, isto é o País fornece bens primários ao mercado capitalista, onde lá fora estes produtos passam por processos sofisticados, tornando-se assim mais valiosos para o comércio, desta forma, a velha DIT vai sendo substituída pela atual.

Nessa perspectiva os países se uniram visando a intensificação de suas economias, uma maneira plausível foi a criação dos blocos políticos econômicos, como o exemplo do Mercosul criado na década de 90, onde o Brasil está inserido juntamente com Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Esse bloco econômico tem por objetivo as integrações políticas econômicas e sociais, além de auxiliar no aumento da qualidade de vida e aumentar os vínculos entre os participantes. Outro exemplo é o BRICS, um agrupamento econômico formado por países emergentes (Países que tem seu mercado econômico em constante desenvolvimento), na qual se inserem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, este grupo dispõe de grande oferta de mão de obra, no entanto o PIB (Produto Interno Bruto) destes países está em processo de crescimento nos últimos anos, tem por objetivo principal a união destes países emergentes em busca de interesses econômicos e políticos, vale ressaltar que neste grupo não há acordos comerciais.

Embora o Brasil seja um país que exporta vários produtos para o comércio internacional, o mesmo não dispõe de polos tecnológicos, como é o caso do Japão e dos EUA, que são países desenvolvidos e que fornecem tecnologia, Biotecnologia e suporte para o Brasil. Podemos citar, como exemplo, as peças de aeronaves que as empresas brasileiras, como a EMBRAER, importam de outros países para construção do produto fi nal. Um dos pontos negativos para o Brasil, dentro das perspectivas desta nova DIT, é que, com estas importações, o país tende a necessitar de capital externo. Dessa forma, aumenta suas dívidas com instituições, como o banco mundial e o fundo monetário internacional (FMI), onde os empréstimos nessas instituições supracitadas, possuem uma alta taxa de juros, que consequentemente poderá acarretar em dívidas altíssimas e dependência econômica.

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