O Relatório de conjuntura macroeconômica dos últimos 12 meses
Por: thaynadebrito • 16/8/2018 • Trabalho acadêmico • 1.749 Palavras (7 Páginas) • 209 Visualizações
Goiânia 27 de março de 2018
- Relatório de conjuntura macroeconômica dos últimos 12 meses
O governo central, que reúne Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, registrou um déficit primário de R$ 21,168 bilhões em dezembro de 2017. Com isso o resultado fiscal fechou o ano com um déficit de em R$124.401 Bi, o que representou 1,9% no Produto Interno Bruto (PIB). Segundo os dados divulgados, o resultado de dezembro é reflexo de um saldo negativo de R$ 11,445 Bi do Tesouro Nacional, de um rombo de R$ 9,684 Bi na Previdência Social e de outro de R$ 40 Mi, do Banco Central. O resultado do mês de dezembro de 2017 representa uma melhora em relação há um ano antes, quando o número havia ficado negativo em R$ 62,447 Bi, assim fazendo com que a elevação do déficit em conta corrente esperada para 2018 ficasse em linha com o crescimento econômico projetado.
Assim, ao longo do ano de 2017 houve vários cortes consecutivos na taxa básica de juros que reduziram a Selic em 13,75% ao fim de 2016 para menos de 7% em dezembro, menor patamar em toda a história. Do outro lado, o mercado financeiro em geral reduziu as taxas de juros, mas não na mesma proporção da taxa Selic. Outros fatores além da Selic interferem no comportamento dos juros, como as taxas de inadimplência, a margem de lucro dos bancos e a carga de impostos sobre as operações financeiras. Os economistas do mercado reduziram suas estimativas para a taxa básica de juros no fim de 2018, para 6,5%, segundo a pesquisa semanal Focus, do Banco Central divulgada no dia 12/03/2018. Antes disso, a mediana das apostas para a Selic estava parada em 6,75% havia 11 semanas.
Já o mercado de trabalho fechou o ano de 2017 com saldo negativo segundo os dados do CAGED, por conta da crise econômica da qual o Brasil vem passando. De janeiro a dezembro 20,8 mil postos formais foram fechados um melhor resultado em relação ao mesmo período de 2016 uma variação de -3,33% em relação ao número de vagas abertas. Os resultados divulgados pelo IBGE a PNAD o ano de 2017 fechou com a taxa de desocupados de 12,7% um acumulado de 12,3 milhões de pessoas desocupadas. A pequena melhora que se teve foi devido ao trabalho informal, com isso tivemos um aumento de 2% de pessoas ocupadas em relação ao ano de 2016, mas o ano de 2018 não começou muito bem devido ao fim da safra e do emprego temporário gerado devido ao final de ano o desemprego voltou a subi no trimestre de nov-dez-jan tivemos uma taxa de 12,2% maior do que do trimestre out-nov-dez na qual ficou 11,8%. Apesar do aumento do desemprego segundo os dados do CAGED de janeiro/2018 mostraram evolução das contratações no primeiro mês do ano, foram 77.822 novas vagas abertas no Brasil.
A balança comercial brasileira fechou o ano de 2017 diante de um bom desempenho. Um superávit com o saldo de quase US$ 70 bilhões. Ao longo de todo o ano as exportações foram determinadas por crescimento de 18,5%, esse crescimento mostra que estamos ganhando cada vez mais espaço no mercado internacional que vem acompanhando da retomada da economia brasileira. O ano de 2018 começou com um o melhor resultado, de acordo com os dados oficiais os meses de janeiro e fevereiro acumulou um saldo de US$ 7,7 Bilhões uma variação de 6% a mais referente ao mesmo período do ano de 2017. As expectativas para o Brasil em 2018 e de continuar a registrar saldo positivo na balança comercial isso devido ao um bom desempenho que alguns setores como: Petróleo, minério de ferro, agropecuária e a indústria automotiva
Com base no índice apurado de janeiro a dezembro o ICV no ano de 2017 acumulou uma variação geral de 2,43%, valor inferior registrado no ano de 2016 isso quer dizer que o custo de vida dos brasileiros teve uma redução em relação a 2016. Dos 10 grupos que compõem o ICV, em cinco foram verificadas variações superiores à inflação entre janeiro e dezembro de 2017. São eles: Despesas Diversas (7,78%), Educação e Leitura (7,16%), Saúde (6,02%), Habitação (5,76%) e Transporte (3,36%). O setor que mais apresentou queda foi o setor de vestuário com uma variação total acumulado de -5,46%. No acumulado de janeiro e fevereiro de 2018 a taxa foi de 1,01% o resultado foi inferior ao mesmo período de 2017 que ficou em 0,9088% isso quer dizer que ICV já apresenta um aumento nos primeiros meses do ano quando se comparado ao ano anterior.
O INCC observa-se que de Jan/2017 a Fev/2017 houve aumento da taxa em virtude de um incremento no custo de materiais e equipamentos, impactando assim no índice. Entretanto, em virtude da crise econômica em que o país passava, o índice acrescentou variação negativa, chegando em seu ponto mais baixo em Abr/2017 decorrente de decréscimo no preço de materiais e equipamentos, forte redução no custo de mão de obra, e desaceleração das taxas de serviço e licenciamento. O índice apresenta retomada de crescimento nos meses seguintes, sobretudo em Jun/2017 onde atingiu seu maior patamar, decorrente de incentivos do governo na tentativa de melhorar a atividade econômica no setor, em contra posição á um baixo consumo por parte da demanda, decorrente de altas taxas de juros, e desemprego, afetando negativamente o consumo no setor, e por decorrência nota-se uma retração do índice nos meses seguintes, fechando no acumulado de doze meses em Fev/2018 em -2,7% do que no acumulado do mesmo período no ano anterior.
Analisando os dados do IPC o impacto das despesas de consumo sobre o orçamento das famílias e sua evolução no decorrer dos últimos doze meses, podemos notar um comportamento estável, e decrescente, chegando a atingir o patamar de -2,36% entre Fev/2018 e Fev/2017. Isso se deve ao fato da desaceleração dos preços em diversos produtos alimentícios no decorrer do ano, devido um melhor desempenho do setor agropecuário. Influenciado também por um bom período de chuvas, que reflete na bandeira tarifária adotada pelo governo para a cobrança de energia elétrica. Observa-se picos sazonais como em Abr/2017 e Dez/2017, influenciado principalmente por setores como Saúde e de Transportes. Esse índice veem sofrendo influência de ações do governo, como o frequente corte na taxa de juros, visando assim baixar custos de produção, e incentivando assim o consumo para retomada da economia.
De acordo com o IPCA o setor de Alimentação e Bebidas foi o principal a contribuir para conter a inflação. Responsável por cerca de 25% das despesas das famílias, o grupo acusou queda acumulada de 1,87%. O resultado decorreu da redução de 4,85% no preço dos alimentos consumidos em casa. A deflação dos alimentos foi consequência da produção agrícola, que teve uma safra cerca de 30% maior que a de 2016. A alta do último mês do ano foi influenciada pela aceleração na taxa dos grupos Alimentação e Bebidas, que passou de uma deflação de 0,38% em novembro para 0,54%; e Transportes de 0,52% para 1,23%. Pode se dizer que os alimentos contribuíram para reduzir a inflação de 2017, principalmente em razão da safra recorde. Outros três segmentos Habitação (6,26%), Saúde e Cuidados Pessoais (6,52%) e Transportes (4,1%) foram os grupos que mais influenciaram positivamente o índice, com contribuição de 2,45 pontos percentuais para a alta do IPCA/2017, que fechou o ano em 2,95%.
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