O Taylor e Fayol
Por: rafael.pepe.cruz • 10/12/2018 • Trabalho acadêmico • 1.439 Palavras (6 Páginas) • 200 Visualizações
Princípios de gestão e de organização do trabalho de taylor e fayol
Descritivo da actividade a realizar:
Os Mestrandos têm de ler documentos a descrever os Princípios de Administração Científica de Frederick Taylor e os princípios da Administração Industrial e Geral de Henri Fayol.
Após as pesquisas e leituras sobre os dois autores e estas duas obras devem especificar os contributos dos mesmos para a gestão e para as organizações, devem identificar os principais contributos de cada um dos autores e, a partir de uma realidade organizacional que conheçam ou onde trabalham, procurar analisar estes contributos nessa realidade e de que forma as mesmas podem ser úteis para a melhoria da gestão das mesmas.
Aluno:
Rafael Cruz
Aluno N. m42325
trabalho escrito:
O desenvolvimento das áreas do conhecimento, quer as ciências, matemática e humanidades, permitiram o desenvolvimento das organizações até ao ponto em que as conhecemos hoje em dia. O início do século XX ficou marcado pela segunda revolução industrial e aqui surgem as primeiras Teorias das Organizações e inicia-se a distinção a organização/preparação e a execução das tarefas.
Frederick W. Taylor (1856-1915), um dos primeiros visionários sobre a Gestão, cria o Estudo da Administração Científica. Os teóricos definem dois períodos distintos da sua análise às organizações, separados pela publicação de dois livros.
A primeira fase tem origem com a publicação, em 1903, da obra “Shop Management”, onde se debruçou sobre o estudo do “Motion-Time”, de forma a aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização do trabalho do operário.
Para Taylor as empresas deveriam pagar altos salários aos seus funcionários e conhecer os custos unitários de produção. Para tal era necessário aplicar métodos científicos de pesquisa e teste (padronizar e controlar os processos), selecionar operários para funções específicas (padronizando condições e ferramentas de trabalho) e harmonizar o clima organizacional (facilitando a comunicação e cooperação).
A segunda fase inicia em 1911, com a publicação da obra Princípios da Administração Científica. Taylor considera que é necessário reestruturar a organização para acompanhar a racionalização os processos de produção.
Segundo o autor, as empresas daquela época, produziam apenas um terço do possível. Esta quebra na produção assentava em três problemas:
- Baixa produtividade – propositada pelos trabalhadores com medo do desemprego, com o aumento da modernização;
- Falta de padronização técnica – não existia controlo de procedimentos e tempo necessários para a execução das tarefas;
- Falta de métodos de gestão – métodos de gestão empíricos. Verificava-se um grande desperdício de tempo e recursos.
Taylor defendia a implantação da Administração Científica de forma gradual, para uma melhor assimilação das partes e também de forma a evitar conflitos internos e insatisfação.
Nesse contexto, surge a Organização Racional do Trabalho.
A Administração Científica, proposta por Taylor, compreende os seguintes elementos:
- Produção padronizada
- Estudo e controle do tempo
- Produção supervisionada
- Instrumentos e ferramentas padronizados
- Planeamento da rotina de produção
- Utilização de instrumentos, como a régua de cálculo para economizar tempo
- Fichas de procedimentos para cada serviço
- Premiação de trabalhadores pela eficiência e produtividade
- Métodos de classificação de materiais e produtos manufaturados
A Administração Científica, proposta por Taylor, compreende os seguintes Princípios:
- Princípio do Planeamento: Métodos empíricos substituídos por procedimentos técnicos e científicos;
- Princípio da Preparação: Formação dos Trabalhadores e adequação de ferramentas;
- Princípio do Controlo/Supervisão: Controlar a execução tarefas e garantir que as mesmas seguem o padrão estabelecido;
- Princípio da Execução: definição de cargos e responsabilidades. Colocações de trabalhadores conforme suas aptidões.
A Administração Científica de Taylor veio implementar métodos de aumento de produtividade. No entanto a racionalização das tarefas, por si só, não originava ganhos produtivos se a gestão continuasse empírica. Assim surgem os princípios de Administração Científica.
Porém foram atribuídos vários defeitos ao método de Taylor, nomeadamente:
- Visão mecanicista do Homem;
- Homem com ser passivo;
- Especialização exagerada
- a visão microscópica do homem
- Ausência de comprovação científica
- Abordagem incompleta envolvendo apenas a organização formal
- Limitação do campo de aplicação apenas à unidade fabril
- Abordagem prescritiva e normativa e tipicamente de sistema fechado.
Contudo a Administração Científica foi o primeiro passo concreto da Administração rumo a uma teoria. Foi Taylor que implantou diversos conceitos que utilizamos até hoje.
Jules Henri Fayol (1841-1925) foi o precursor da abordagem clássica da Administração.
Fayol coloca a ênfase da sua análise na Estrutura, visualizando a organização como um conjunto de partes ou órgãos. Considera que a divisão do trabalho deve pressupor e considerar, sempre, a tarefa de coordenação para que o trabalho de conjunto resulte de forma harmónica e articulada.
Fayol parte da proposição de que toda empresa pode ser dividida em seis funções/grupos:
- Funções Técnicas - relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa;
- Funções Comerciais - relacionadas com a compra, venda e permutação.
- Funções Financeiras - relacionadas com a gestão de capitais.
- Funções de Segurança - relacionadas com a proteção e preservação de bens.
- Funções Contabilísticas - relacionadas com os inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
- Funções Administrativas - As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa.
Fayol considera que, de entre as várias funções da empresa, a Administração, é a mais importante e engloba: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Essas funções também se estendem aos outros cinco grupos como uma técnica para estruturar a empresa. Para o autor a função Administrativa é da competência de todos os níveis hierárquicos da empresa e não, somente, dos seus níveis mais elevados.
Com Fayol, a palavra organização passa a ter dois sentidos:
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