Resumo Taylor, Fayol e Mayo
Por: marcos_chagas80 • 29/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.387 Palavras (6 Páginas) • 2.815 Visualizações
1 – ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO.
Os pioneiros da Administração Clássica foram o Frederick Winslow Taylor, que iniciou a escola da Administração Científica e o francês Jules Henri Fayol, que desenvolveu a Teoria Clássica da Administração. Apesar de algumas diferenças entre as ideias de Taylor e Fayol, essas duas teorias formam as bases da Abordagem Clássica da Administração.
A Escola da Administração Clássica era formada principalmente por engenheiros como Frederick Taylor, Henry Gantt , Frank Gilbreth , Harrington Emerson, e outros. Henry Ford costuma ser incluído entre eles pela aplicação desses princípios em seus negócios.
Segundo CHIAVENATO (2004), “A preocupação básica era aumentar a produtividade da empresa por meio do aumento de eficiência no nível operacional, isto é, no nível dos operários. Daí a ênfase na análise e na divisão do trabalho do operário, uma vez que as tarefas do cargo e o ocupante constituem a unidade fundamental da organização. Nesse sentido, a abordagem da Administração Científica é uma abordagem de baixo para cima (do operário para o supervisor e gerente) e das partes (operário e seus cargos) para o todo (organização empresarial).”
O parágrafo acima resume a Organização Racional do Trabalho (ORT), que demonstra preocupação exclusiva com os métodos utilizados para realizar tarefas, os movimentos e o tempo para sua execução. Ou seja, o foco era eficiência operacional.
Enquanto isso na Europa, nomes como Henri Fayol, James Mooney, Lyndall Urwick, Luther Gulick e outros, desenvolviam o que convém chamar de Teoria Clássica, baseada no aumento da eficiência da organização através de sua divisão em departamentos. Eles estudavam a estrutura (anatomia) e funcionamento (fisiologia) desses departamentos de cima para baixo, ou seja, dos departamentos de direção (gerenciais) para os de execução (operacionais) e do todo (organização) para seus componentes (departamentos). O foco era a eficiência da estrutura organizacional como um todo.
2 - FREDERICK TAYLOR.
Taylor é considerado o fundador da Teoria Geral da Administração (TGA) moderna. Os principais métodos utilizados em seus estudos foram a observação e a mensuração das atividades operacionais com objetivo de encontrar maneiras mais eficientes de executar as tarefas, aumentando a eficiência das indústrias e reduzindo todas as formas de desperdício.
Inicialmente Taylor tentou remunerar melhor os operários com maior produtividade, mas esse modelo encontrou resistência entre aqueles que acreditavam que maior eficiência de uns significava desemprego de outros, na falta de padronização do trabalho, e também no fato de que a gerência desconhecia as rotinas operacionais e por isso não conseguia fazer uma gestão eficiente. A partir desse momento, Taylor passou a buscar maneiras de eliminar esses entraves: padronizando tarefas através da observação e mensuração, treinando melhor os supervisores e aplicando sistemas de incentivos salariais e prêmios de produção.
O método de Taylor é sem dúvida o pontapé inicial para a organização do trabalho nos moldes da Administração moderna. As falhas apontadas nesse modelo, serviram como ponto de partida para outras correntes desenvolverem suas teorias. Taylor deu pouca atenção ao elemento humano, tratou de desenvolver métodos eficientes de desenvolver tarefas tratando as pessoas que as executam como peças de uma engrenagem, sem levar em conta suas necessidades e expectativas como seres humanos. Outro fator negativo é a divisão e subdivisão de tarefas que reduz o conhecimento operacional um conhecimento fracionado do processo ao qual está incluído. A subdivisão de tarefas torna qualquer atividade operacional de fácil execução e de fácil aprendizado, tornando mais simples a substituição de mão-de-obra sem perda de eficiência e produtividade e a redução nos salários. Obviamente, Taylor concentrou seus estudos nas linhas de produção, deixando de lado o fato de que uma organização é composta de diversos setores que precisam funcionar de forma equivalentemente eficiente.
3 - HENRI FAYOL.
Fayol ampliou a forma de se estudar a TGA, com a simples ideia de que uma organização deve ser abordada em sua totalidade. Ele definiu as funções técnicas (produção), funções comerciais (compra e venda), funções financeiras (gestão de capital), funções de segurança (patrimonial e pessoas), funções contábeis (registro e evolução do patrimônio), funções administrativas (coordenando as demais funções), sendo a última àquela que irá harmonizar as atividades das outras cinco e promover o planejamento da organização.
As funções administrativas são definidas da seguinte forma: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Essas atividades são atribuições do administrador em qualquer nível ou área de atividade da empresa. Para Fayol, o ato de administrar é proporcional a cada função, ou seja, cada gestor, em seu respectivo nível, deverá exercê-las. Fayol adotou 14 princípios gerais para a administração: Divisão do trabalho, Autoridade e responsabilidade, Disciplina, Unidade de comando, Unidade de direção, Subordinação dos interesses individuais aos gerais, Remuneração do pessoal, Centralização, Cadeia escalar, Ordem, Equidade, Estabilidade do pessoal, Iniciativa e Espírito de equipe.
De forma geral, Fayol divide a organização em departamentos, define as funções de cada um e adota princípios que ditam a forma como se deve administrar. Claramente é um modelo baseado em organizações eclesiásticas (igreja) e principalmente nas organizações militares, onde há uma cadeia de comando definida e que deve ser seguida.
O modelo proposto por Fayol aborda a organização como uma entidade que funciona prescritiva e normativa, onde a administração atuaria sempre da mesma forma, sem levar em conta que cada organização tem suas particularidades e que existe a influência psicológica e social do fator humano presente nelas. O método da divisão em departamentos também pode ser considerado muito teórico e abstrato, porque desenhar um organograma e definir uma ordem de comando não significa que essa concepção dará certo sem levar em consideração outros fatores como as condições de mercado, saúde financeira da empresa e principalmente o fator humano, a força de trabalho presente.
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