OS GRANDES DESAFIOS ECONÔMICOS DO MUNDO ATUAL
Por: Marco Motta • 17/9/2018 • Dissertação • 2.628 Palavras (11 Páginas) • 522 Visualizações
OS GRANDES DESAFIOS ECONÔMICOS DO MUNDO ATUAL:
ASPECTOS ECONÔMICOS DO DESENVOLVIMENTO LOCAL E
SUSTENTÁVEL
AZEVEDO, Fernanda Freitas de Oliveira1
INTRODUÇÃO
O tema sustentabilidade em seu sentido pleno oferece às vezes algum tipo de
polêmica para a sua interpretação efetiva. Nesse sentido, é razoável iniciar os esclarecimentos,
partindo do entendimento do dicionarista Ferreira (2004 ) que conceitua o “desenvolvimento”
como sendo “o ato ou efeito de desenvolver; crescimento, adiantamento”.
Pelo conceito apresentado, percebe-se o desenvolvimento como uma ação da
passagem de algo ou alguém de uma situação que se encontra, para uma nova situação de
progressão. No contexto abordado, em que o foco converge para a economia, o que se
interpreta é que, tratando-se de desenvolvimento sustentável, não há como não entendê-lo,
senão pelo desenvolvimento de uma localidade. Isto é, que se entenda o desenvolvimento
sustentável circunscrito e limitado a uma localidade.
Nesse caso, o desenvolvimento local parte do ponto de vista de que todo
desenvolvimento é local, seja este local um bairro, um distrito, um município, uma
microrregião, uma região de um país, um país, uma região do mundo ou mesmo o mundo
(GIDDENS, 1998).
Todavia e, na atual conjuntura, o que parece é que não se pode esperar que o
desenvolvimento sustentável se dê apenas pela evolução de uma localidade, sem a
participação intrínseca do homem. Na verdade, o que se deve interpretar é que
desenvolvimento sustentável se dá a través da relação homem/natureza, por meios de acessos,
trabalhos, direcionamentos, como ocorre, na grande maioria das vezes, com as explorações
turísticas.
1 Acadêmicos do Curso de Engenharia Civil pela Faculdade ISEIB/PROMINAS em Montes Claros, MG,
pesquisa desenvolvida em março de 2017.
ASPECTOS ECONÔMICOS DO DESENVOLVIMENTO LOCAL E SUSTENTÁVEL
Apesar da globalização predominar nas pautas contemporâneas, fala-se muito,
hoje em dia, e cada vez mais, em desenvolvimento local. E as pessoas e instituições que o
fazem, partem em geral, de pontos de vistas diferentes, que podem ser classificados em dois
campos; o campo dos pontos de vistas que não interrogam o padrão de desenvolvimento atual
e o campo dos que questionam este padrão. “No primeiro concentra-se o ponto de vista,
predominantemente, econômico, da inserção competitiva. No segundo a dúvida é a referência
para a consideração competitiva” (FRANCO: 2000, p. 11).
No caso do turismo ventilado no tópico anterior, o passo inicial é fomentar nos
turistas e na própria sociedade de determinada localidade, pretendente ao turismo, o desejo, a
motivação de ater-se a essa determinada localidade como fonte de satisfação de algum tipo de
desejo ou de demanda.
Sendo assim, com vistas a propiciar aos turistas o interesse e, concomitantemente,
motivações suficientes para que escolham determinada localidade, o planejador do turismo
local deve antes de tudo focar em dois segmentos distintos: em primeiro lugar o local para o
qual se pretende direcionar o público e; em segundo lugar o público-alvo para o qual pretende
direcionar os esforços motivacionais.
Nessa consideração, implementar o turismo em uma localidade é desenvolver a
localidade. E, para melhor entendimento da premissa, observa-se que a palavra local, aqui,
não é sinônima de pequeno e não alude necessariamente à diminuição ou redução.
O conceito de local adquire, pois, a conotação de alvo sócio-territoriais das ações e
passa, assim, a ser definido como o âmbito abrangido por um processo de
desenvolvimento em curso. Entretanto, quando se fala em desenvolvimento local
faz-se referência, habitualmente, a processos de desenvolvimento que ocorrem em
espaços sub-nacionais, sendo que, no Brasil, na maioria dos casos, tais espaços são
municipais ou microrregionais, envolvendo uma certa quantidade de municípios
dentro de uma mesma unidade federativa (FRANCO, 2000, p. 31).
O desenvolvimento local é o resultado do desenvolvimento das pessoas que
ocupam um determinado território, do conhecimento e do aproveitamento dos ativos locais,
ou seja, das potencialidades, oportunidades, vantagens comparativas e competitivas já
existentes em cada localidade, que podem ser dinamizadas através do planejamento, mas
somente aquele que possibilite a conquista da qualidade de vida para as pessoas, todas as
pessoas, as que hoje habitam ou ainda habitarão determinado local no futuro. Fala-se,
portanto, em desenvolvimento humano, social e sustentável. (PAULA, 2002)
Durante muito tempo acreditou-se que o fator econômico era o único determinante
do
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