PRE SAL NOVO RECURSO E FONTE DE ENERGIA
Por: Charlene de Souza • 5/5/2015 • Dissertação • 1.859 Palavras (8 Páginas) • 335 Visualizações
CONTEXTUALIZAÇÃO:
O presente projeto PMA intenta descrever e analisar o pré-sal, esse novo recurso e fonte de energia apresentado pelo nosso governo como redentor e salvador de nossa economia, objetivando além de nossa autossuficiência, a nossa consolidação como país desenvolvido e atuante em definitivo no mercado petrolífero mundial. Com a pesquisa feita em diversas fontes digitais e literárias à cerca da produção de petróleo no Brasil descreveremos os impactos sobre a formação de novas tecnologias atuantes nessa área e objetivaremos dissertar sobre as experiências que influem sobre laços sociais e culturais quem se estendem para além das fronteiras econômicas.
Em resumo conceituaremos o que é o pré-sal brasileiro, como o mesmo se encaixa no processo de globalização e quais são os impactos advindos com essa descoberta. Também analisaremos as propostas do nosso governo relativas à proteção desse novo recurso, como o mesmo pretende administrá-lo em prol não só do desenvolvimento de nossa economia, mas também quais são suas principais propostas culturais e sociais que devem ser beneficiadas nesse novo contexto econômico e, principalmente, conflitaremos as vantagens e desvantagens a fim de fornecer informações suficientes para que o corpo docente avaliador e possíveis leitores possam julgar por si mesmos se consideram essa fonte de recurso fóssil como positivo ou negativo para o nosso país.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O pré-sal compreende uma região que vai do sudeste ao sul do país e atinge uma profundidade inferior ao leito do mar de cerca de seis mil e quinhentos metros de profundidade. Essa camada é formada por bacias sedimentares que de acordo com a Petrobras possui uma qualidade de petróleo muito superior a que é encontrada atualmente devido a sofrer pouca atividade bacteriana e está envolvida por uma temperatura elevada.
Diversos focos de petróleo já foram localizados nessa área. A expectativa do governo brasileiro é de que algumas reservas em gigantescas que já foram descobertas possam de uma só vez colocar o Brasil na posição de grande exportador mundial. De acordo com alguns cálculos, algumas bacias podem fornecer mais de oito bilhões de barris. Se levarmos em conta os cálculos estimados da capacidade de produção de todas as bacias e suas reservas, chegaremos ao surpreendente número de mais de cem bilhões de barris de petróleo.
Porém, o governo ainda não possui certeza da quantidade total de petróleo e gás que pode ser explorado e nem pode estimar o período que pode ser demandado para que o investimento de exploração possa gerar receita. Por esse motivo nossas autoridades estão considerando licitações que englobem apenas áreas ao redor dessa reserva, vedado a exploração em águas profundas. Essa medida tem como objetivo prevenir e dispensar tempo suficiente para que o governo analise e determine a melhor política de extração desse novo recurso de forma que o país não venha a sofrer perdas desnecessárias. Sendo assim a sociedade poderá ter a certeza de que esse recurso não gere vantagens apenas para as grandes indústrias do petróleo, mas que também e, principalmente agreguem valores sociais e ambientais.
Apesar de esse novo recurso possuir vários apontadores que levem o Brasil à prosperidade, temos que levar em consideração alguns obstáculos como por exemplo, a necessidade de serem desenvolvidas novas tecnologias, o desafio logístico intrínseco à exportação e a imperativa evolução logística que essa nova era exigirá.
É preciso também que seja discutida e definida a problemática dos royalties. Esse tópico já está em fase de tramitação política na casa do legislativo brasileiro e está sofrendo com o bairrismo de alguns representantes do congresso que visam extrair o máximo de benefícios para suas regiões.
É imprescindível que seja elaborado com urgência um projeto de cunho social em relação à exploração e administração dessas reservas para que seja assegurado às próximas gerações o gozo pleno e completo desse recurso.
Não menos importante, devido ao inegável processo de escassez de petróleo no mundo, precisamos exigir que nossas autoridades se debrucem sobre um novo esquema de defesa nacional. As ações e medidas que se originem desse novo esquema devem rezar sobre as fronteiras costeiras e atualização de equipamentos bélicos e repressivos pois, a história registra um “n” número de conflitos alavancados pela cobiça desse material entre as nações.
Outro ponto vital que surge dessa análise tem haver com os impactos que serão gerados ao meio ambiente. Ativistas alertam sobre os riscos que a nova fonte de energia apresenta. Mesmo em contraposto aos índices ínfimos de impactos que são prometidos pelas novas tecnologias de extração comprovados pelos processos já realizados no mundo, também podemos perceber que as tragédias ambientais são uma tenebrosa realidade como, por exemplo, os inúmeros vazamentos causados por petroleiros danificados.
Sem dúvida as vantagens são numerosas para o cunho social e empresarial. Muitos postos de trabalhos podem ser criados, a reputação internacional deverá ser alavancada, podemos desenvolver diversas fontes de recursos a serem aplicadas em projetos educativos e culturais, dentre outras.
O conflito de ideias maior ocorre quando comparamos a iniciativa de dar continuidade à manutenção de um mercado que visivelmente está retroagindo e se transmutando em um novo tipo de mercado, readaptando-se ao novo quadro de escassez de petróleo no mundo que incentiva a busca e a pesquisa de novas formas de geração de energia limpa. Ou seja, esse novo modelo de economia está inversamente ligado a questão de sustentabilidade.
De fato é inegável a problemática de chegarmos à uma conclusão definitiva sobre o assunto nesse momento, porém, da mesma forma é inegável o avanço tecnológico, econômico, social e educacional que serão gerados com a exploração do pré-sal brasileiro.
O governo brasileiro está decidido em dar início a essa nova empreitada econômica e tecnológica, no entanto, a resolução e elaboração definitiva do processo que regimentará esse novo modelo econômico está parado nos últimos cinco anos.
Como é de conhecimento geral e foi divulgado nos principais meios de comunicação em massa, o órgão competente pelo desenvolvimento desse regimento apenas começou a debater sobre a exploração de uma única fonte de extração que possui o potencial de gerar cerca de doze bilhões de barris.
Diferentemente do que ocorria
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