Nível de Pré-Sal Brasil
Seminário: Nível de Pré-Sal Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: LeticiaAlm • 6/11/2013 • Seminário • 4.978 Palavras (20 Páginas) • 645 Visualizações
Pesquisa: Camada Pré-Sal do Brasil
A “camada pré-sal” é uma espécie de bolsão onde ficam acumulados hidrocarbonetos como petróleo e gás metano e que fica localizada logo abaixo da “camada de sal” em regiões de bacias sedimentares que contém grandes estruturas halocinéticas (locais onde há a ascensão de corpos salinos).
Este é o caso da “camada pré-sal” localizada na bacia sedimentar litorânea brasileira, mais precisamente, entre os litorais do Espírito Santo e Santa Catarina em uma extensão de cerca de 800 quilômetros abrangendo a região de três bacias sedimentares: as bacias do Espírito Santo, Campos e Santos.
As bacias sedimentares deste tipo sempre tiveram grande importância para a indústria petrolífera, pois sua existência está quase sempre relacionada com a ocorrência de jazidas petrolíferas (cerca de 60% de todo petróleo produzido no mundo está em estruturas deste tipo) como as existentes no Golfo Pérsico.
Somente a camada de sal possui uma extensão que pode chegar a 2 km de espessura. A camada pré-sal brasileira fica a mais de 7 mil metros de profundidade e já foram encontrados vários campos e poços de petróleo na região, dentre eles estão os campos batizados de Tupi, com uma estimativa de conter de 5 a 8 bilhões de barris, o Carioca, o campo de Jubarte e o de Júpiter, entre outros.
A descoberta do Pré-sal e suas vantagens e desvantagens
Com a descoberta do pré-sal, surgem várias vantagens e desvantagens, que ocasionam muitos debates e questionamentos sobre sua exploração. Nesse trabalho, é descrito como o pré-sal é formado e suas vantagens e desvantagens.
Reservas de petróleo de pré-sal também chamadas de subsal são grandes reservas de óleo e gás encontradas em áreas profundas dos oceanos. Elas são consideradas as reservas de petróleo menos exploradas e menos conhecidas do fundo, principalmente por estarem localizadas em áreas de difícil acesso e por serem muito difíceis de serem encontradas.
As empresas de petróleo nos últimos 100 anos deram preferência sempre à procura de petróleo em desertos, áreas continentais e também em águas rasas que são locais de mais fácil acesso. A tecnologia para explorar petróleo nessas áreas já é bem conhecida há décadas ao contrário do que acontece com o Pré-Sal. Explorar essa nova fonte de petróleo vai ser um grande desafio para o Brasil, já que quase toda a tecnologia é nova, experimental ou ainda nem foi desenvolvida.
Plataforma de Petróleo
Descoberta do pré-sal
A descoberta de indícios de petróleo no pré-sal foi anunciada pela Petrobrás em 2006. A existência de petróleo na camada pré-sal em todo o campo que viria a ser conhecido como pré-sal foi anunciada pelo ex-diretor da ANP e posteriormente confirmada pela Petrobrás em 2007. Em 2008 a Petrobrás confirmou a descoberta de óleo leve na camada subsal e extraiu pela primeira vez petróleo do pré-sal.
Depois do anúncio da descoberta de reservas na escala de dezenas de bilhões de barris, em todo o mundo começaram processos de exploração em busca de petróleo abaixo das rochas de sal nas camadas profundas do subsolo marinho.
Atualmente, as principais áreas de exploração petrolífera com reservas potenciais ou prováveis já identificadas na faixa pré-sal estão no litoral do Atlântico Sul. Na porção sul-americana está a grande reserva do pré-sal no litoral do Brasil, enquanto, no lado africano, existem áreas pré-sal em processo de exploração (em busca de petróleo) e mapeamento de reservas possíveis no Congo e no Gabão. Além do Atlântico Sul, especificamente nas áreas atlânticas da América do Sul e da África, também existem camadas de rochas pré-sal sendo mapeadas à procura de petróleo no Golfo do México e no Mar Cáspio, na zona marítima pertencente ao Cazaquistão. Nestes casos, foram a ousadia e o trabalho envolvendo geração de novas tecnologias de exploração, desenvolvidas pela Petrobrás, que acabaram sendo copiadas ou adaptadas e vêm sendo utilizadas por multinacionais para procurar petróleo em camadas do tipo pré-sal em formações geológicas parecidas em outros locais do mundo.
Algumas das multinacionais petrolíferas que estão procurando petróleo em camadas do tipo pré-sal no mundo aprenderam diretamente com a Petrobrás, nos campos que exploram como sócias da Petrobrás no Brasil.
Origem do Pré-sal
O petróleo do pré-sal está em uma rocha reservatório localizada abaixo de uma camada de sal nas profundezas do leito marinho. Entre 300 e 200 milhões de anos havia um único continente, a Pangeia, que há cerca de 200 milhões de anos se subdividiu em Laurásia e Gondwana. Há aproximadamente 140 milhões de anos teve início o processo de separação entre as duas placas tectônicas sobre as quais estão os continentes que formavam o Gondwana, os atuais continentes da África e América do Sul. No local em que ocorreu o afastamento da África e América do Sul, formou-se o que é hoje o Atlântico Sul. Nos primórdios, formaram-se vários mares rasos e áreas semipantanosas, algumas de água salgada e salobra do tipo mangue, onde proliferaram algas e microrganismos chamados de fitoplâncton e zooplâncton. Estes microrganismos e depositavam continuamente no leito marinho na forma de sedimentos, misturando-se a outros sedimentos, areia e sal, formando camadas de rochas impregnadas de matéria orgânica, que dariam origem às rochas geradoras. A partir delas, o petróleo migrou para cima e ficou aprisionado nas rochas reservatórios, de onde é hoje extraído. Ao longo de milhões de anos e sucessivas eras glaciais, ocorreram grandes oscilações no nível dos oceanos, inclusive com a deposição de grandes quantidades de sal, que formaram as camadas de sedimento salino, geralmente acumulado pela evaporação da água nestes mares rasos. Estas camadas de sal voltaram a ser soterradas pelo oceano e por novas camadas de sedimentos quando o gelo das calotas polares voltou a derreter nos períodos interglaciais. Estes microrganismos sedimentados no fundo do oceano, soterrados sob pressão e com oxigenação reduzida, degradaram-se muito lentamente e, com o passar do tempo, transformaram-se em petróleo, como o que é encontrado atualmente no litoral do Brasil. O conjunto de descobertas situado entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo (Bem-tevi, Carioca, Guará, Parati, Tupi, Iara, Caramba e Azulão ou Ogun) ficou conhecido como "Cluster Pré-Sal", pois o termo genérico “Pré-Sal” passou a ser utilizado para qualquer descoberta em reservatórios sob as camadas
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