PROCESSO DE OCUPAÇÃO, QUADRO URBANO E CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO
Por: João Carlos Rios Guimarães • 21/4/2019 • Abstract • 4.218 Palavras (17 Páginas) • 195 Visualizações
PROCESSO DE OCUPAÇÃO, QUADRO URBANO E CARACTERISTICAS DA POPULAÇÃO (VER PASTA - EIA RIMA JARI) PAGINA CBARQ 20
PROJETO JARI - DA IRPM -
Para os povos da Amazônia, a vida flui ao sabor das marés. Do curso das águas sai o alimento, a moradia, o transporte e o sustento de cada família. Poucos rios, no entanto, concentram tantos contrastes como o Jari, afluente da margem direita do rio Amazonas, que faz divisa entre o Pará e o Amapá. Ali funciona o que restou do mais ambicioso pólo de desenvolvimento da Amazônia: o PROJETO JARI.
Autor da façanha, o falecido bilionário norte-americano Daniel Keith Ludwig, que enterrou mais de um bilhão de dólares em no que muitos diziam “seu delírio amazônico.
Em 1967, ao completar 74 anos, quando a maioria dos mortais pensa em estar aposentado, Ludwig deu seu mais arrojado salto. Comprou um terreno de 1,7 milhão de hectares, para ser o maior fornecedor de matéria prima para a indústria de papel. Sua empresa a JARI FLORESTAL E AGROPECUÁRIA, ou simplesmente PROJETO JARI, previa a troca da mata nativa por árvores de crescimento rápido para abastecer a fábrica de celulose.
O mega empreendimento incluía ainda a construção de uma vila com 400 casas pré-fabricadas para os funcionários, hospital, escola, estradas, porto e pista de pouso no meio da selva Amazônica. Ali se plantaria arroz irrigado, criaria búfalos e outros bovinos, criaria também suínos e aves e extrairia caulim.
Até 1978 tudo estava sendo realizado conforme os planos de Ludwig.
A partir daí o governo brasileiro passou a interferir no PROJETO JARI, negando a seu mentor a construção de uma usina hidrelétrica e de que a infra-estrutura de saneamento, educação, saúde e transporte fossem assumidos pelo Governo Federal. Além de o governo brasileiro negar a compra de uma segunda fábrica de papel.
A partir daí, Ludwig passou a desistir de continuar aplicando novos investimentos no seu PROJETO.
Em 1982, um grupo de empresários brasileiros, liderados pelo falecido empresário da mineração Augusto Trajando de Azevedo Antunes, compraram o PROJETO JARI.
Iniciou-se uma nova fase, a chamada fase nacional, mas vários problemas ocorreram e o PROJETO JARI, e o lucro que tanto esperavam não veio. Como muitos empresários começaram a desistir do PROJETO JARI, e o Governo Federal, não quis emprestar dinheiro para refinanciar a dívida assumida, foi necessário vendê-lo.
Uma empresa brasileira, a Saga Investimentos e Participações, do empresário Sergio Amoroso, assumem a dívida e o controle do Jarí. Em 2003 a empresa Saga consegue certificar uma área de 965 mil hectares - de florestas nativas e eucalipto - recebe a certificação FSC, de manejo responsável de florestas.
Em 2005, o Grupo Saga Investimentos e Participações foram assediados por empresas estrangeiras interessas em comprar a fábrica de celulose juntamente com a área certificada. O Grupo Saga se interessou na venda, mas um Grupo nacional IRPM, insistiu com o Governo Federal para que o PROJETO JARI, permanecesse com empresariado nacional.
Com isto no final de 2005, a IRPM com o apoio do Governo Federal, assumiu o PROJETO JARI.
Assim o PROJETO JARI vive hoje, uma sua quinta fase, a que está sendo chamada no meio empresarial a fase da bonança. Fase esta alcançada quinze anos depois da Empresa IRPM ter assumido o PROJETO JARI.
Nas páginas seguintes veremos descritivamente como a Empresa IRPM, alcançou o sucesso onde vários outros conglomerados gigantes da economia, não só nacional como estrangeiros não obtiveram este sucesso.
PROJETO JARI - IRPAM -
GRUPO IRPM - INDÚSTRIAS REUNIDAS DE PRODUTOS AGRO-MINERAIS
A Empresa IRPM é um conglomerado de várias empresas agroindustriais que produzem os mais variados produtos.
A IRPM - Administração e Participação, empresa líder do grupo até então desconhecida no mercado financeiro, preocupou o meio empresarial quando assumiu o Projeto Jari. (Completar com dados da empresa)
A NATUREZA DO JARI
As terras do Projeto Jari, localizado no Baixo Amazonas, abrangem, por suas dimensões, uma variedade de paisagens bem características dessa parte da Amazônia.
PLANÍCIE AMAZÔNICA - apresenta-se com aspectos próprios: emaranhado de canais naturais recentes de paranás, isto é, braços de rios. É parcialmente sujeita a inundações. Os rios extravasam de seus leitos e divagam por numerosos cursos d’água temporários; as embocaduras dos rios maiores são barradas pelas marés altas. A sedimentação, processo atual, desenvolve-se em alinhamentos paralelos, nos quais se observam diferentes tipos de vegetação, testemunhos de desenrolar do processo: desde os capins, como a canarana, nas áreas de colmatagem se inicia, até a vegetação lenhosa, exemplificada pela imbaúba, nas partes mais elevadas pela sedimentação.
É o domínio das planícies inundáveis recobertas por campos. Estes constituem uma formação pioneira, isto é, as primeiras fases da formação da região ecológica. As condições são, pois, de instabilidade.
É nesta área, particularmente frágil do ponto de vista ecológico, que a Jari Florestal e Agropecuária Ltda. construiu um dique com mais de 20 Km de extensão e 5m de altura, para evitar a inundação, nas cheias, e utilizar 4.000 ha na cultura de arroz, mas a área total de plantio chega hoje a 50.000 ha quando o dizeres do Projeto RADAM recomenda a utilização através da pecuária, assim mesmo em áreas limitadas, e observando-se os cuidados conservacionistas.
DA CALHA DO RIO AMAZONAS PARA O NORTE, à Planície Amazônica se segue o que o Projeto RADAM denomina Planalto Rebaixado da Amazônia, que foi erodido em tempos geológicos recentes. Desta dissecação resultaram formas bem onduladas. Neste planalto permanecem tabuleiros residuais com nomes locais de Serras de Almeirim, Areão e Acapuzal.
Os solos desta unidade são pobres, tendo o Projeto RADAM realizado análise na área relativa aos tabuleiros.
Na região o Projeto Jari devastou a mata, para a plantação homogênea de Pinus caribaea, sem prévio e indispensável conhecimento das condições edáficas, pois as análises feitas nos EUA são datadas de 1978, ao passo que o inicio do plantio foi nos primeiros anos da década.
É o domínio dos Planaltos Amazônicos, revestidos de florestas densas, na sua maior parte; da floresta aberta, na parte oeste; ou ocupadas pela faixa de transição floresta-cerrado, esta relacionada com a ocorrência de solos mais pobres.
A FLORESTA DENSA é a mata tropical chuvosa caracterizada por apresentar árvores compactas, com altura entre 25-35 m, formando uma cobertura chamada dossel. Como o dossel é fechado, a luz solar raramente atinge o solo, ficando o nível interior da mata limpo e sombrio, aí brotando espécies herbáceas. Salientam árvores emergentes, que atingem geralmente mais de 50m. São em grande número de espécie, mais há sempre uma ou duas dominantes. A floresta tropical densa reflete a abundancia de luminosidade, água e calor, fatores altamente favoráveis ao desenvolvimento de atividades biológicas, e que ocasionam o aparecimento de notável variedade de espécies; mas a aparência geral da mata é de homogeneidade.
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