PROJETO CHAPECÓ 2030 GRUPO TEMÁTICO DA AGROPECUÁRIA
Por: Jean Tramontina • 26/3/2020 • Monografia • 14.787 Palavras (60 Páginas) • 173 Visualizações
SOCIEDADE AMIGOS DE CHAPECÓ – SAC
UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ – UNOCHAPECO
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE CHAPECÓ – ACIC
PREFEITURA MUNICIPAL DE CHAPECÓ
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL – SDR
PROJETO CHAPECÓ 2030
GRUPO TEMÁTICO DA AGROPECUÁRIA
Participantes:
Antonio Zanini
Celso Zarpellon,
Cládis Furlaneto
Ely Rebelato
Gelso Marchioro
Luiz Notar
Lourenço Xavier
Luciano Almeira
Milton Silvestre
Nadir Cervelin
Coordenação e Sistematização: Licério de Oliveira
Participação na revisão: Celso Zarpellon, Cládis Furlaneto,
Gelso Marchioro, Luciano Almeida e Nadir Cervelin.
Chapecó SC, 18 de março de 2011.
SUMÁRIO
1-
Introdução 2
A geopolítica regional: 4
A ocupação étnica e a migração: 5
A colonização, o comércio de terras e o ciclo madeireiro: 5
A tecnificação e o êxodo rural: 6
Anos 80: 7
Anos 90: 7
Mobilidade e tendência populacional: 8
2 - Atividades da pecuária: 10
Produção leiteira e produtores: 10
Produção de suínos e suinocultores: 11
Produção de aves e avicultores: 12
A produção do mel de abelhas e seus derivados: 12
Outras atividades da pecuária: 13
3 - Atividades da agricultura: 13
Produção de feijão: 14
Produção de Soja: 14
Produção de Milho: 14
Produção de Trigo: 14
Produção de plantas medicinais: 14
4 - Atividades de extrativismo: 15
A produção de erva-mate: 15
A produção madeireira: 16
5 - A questão ambiental: 17
6 - Alternativas e perspectivas: 18
7 - Demandas reprimidas: 19
Profissionalização do produtor rural: 20
Preservação da água: 20
Cadeias Produtivas: 20
Infraestrutura comunitária rural: 21
Demandas específicas: 22
Propostas fora do tema: GT Espaço e Infraestrutura: 22
8 - Principais fragilidades e tendências: 22
Meio ambiente: 23
Assistência técnica: 23
Produção leiteira em duas perspectivas: 24
Infraestrutura: 24
9 - Principais potencialidades: 25
10 - Áreas relacionadas e interdependentes: 26
11 - Concepção e princípios de desenvolvimento 27
12 - Perspectivas inovadoras: 29
13 - Propostas de projetos para as áreas e, propostas de projetos sistêmicos: 30
14 - Ordem de prioridade dos projetos: 31
15 - Definição de indicadores qualitativos e quantitativos: 32
BIBLIOGRAFIA: 33
ANEXOS: 34
1 - Introdução
A região Oeste Catarinense, além de configurar entre os principais promotores do crescimento da economia do Estado, é destaque na produção alimentícia do país, porém vem enfrentando problemas na sua estruturação. Por estar centrada na agropecuária tem poucas alternativas economicamente produtivas que não estejam vinculadas a matérias-primas originadas do setor primário, como revelam os dados do movimento econômico dos municípios, em que 2/3 do Valor Adicionado Fiscal tem origem nessa atividade. A agricultura da região responde por 56% do valor da produção agrícola do Estado (ICEPA, 2002). As atividades primárias ocupam mais de 51% da sua população economicamente ativa (PEA). Em 76% dos municípios da região a agropecuária ocupa mais que 50% da PEA, o que evidencia que sua economia é fortemente dependente da agropecuária. A produção regional é predominantemente familiar, onde 95% do total da mão-de-obra ocupada nos estabelecimentos agrícolas provêm dos componentes do núcleo familiar, representando mais da metade do total utilizado em 94% dos estabelecimentos, restando apenas 6% de estabelecimentos patronais.
A taxa de crescimento da população total regional era de 1,01% ao ano no período de 1980 a 1991, caindo para 0,59% ao ano no período de 1991 a 2000, contra taxas estaduais de 2,06 e 1,80%% ao ano, respectivamente. Estes dados permitem considerar que a população da região oeste cresce menos que a média estadual por não ter condições de absorver economicamente o crescimento de sua população, devido à crise do conjunto da agricultura familiar estar se intensificando, deteriorando o nível de renda dos agricultores.
Mesmo assim, a população rural da região representa 37,6% da população total e reunindo o maior contingente da população rural de Santa Catarina. Essa situação mostra o grande potencial que a região ainda tem para implementar um projeto de desenvolvimento centrado na agricultura familiar. O fato da região reunir o maior contingente e o maior índice de população rural do estado coloca o agricultor como público alvo e a agricultura e as atividades de transformação, de comércio e de serviços a ela ligados como alvo central da agricultura estadual e como núcleo central das ações voltadas para o desenvolvimento regional, embora as estratégias de reprodução social para os agricultores familiares da região parecem estreitar-se cada vez mais.
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