Participações no grupo
Seminário: Participações no grupo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 12/11/2013 • Seminário • 738 Palavras (3 Páginas) • 445 Visualizações
Participação no grupo
Pensar nos membros de um grupo desempenhando apenas duas funções distintas: liderança e participação é usual e enganoso. Primeiramente a liderança não pode ser assim tão marcada e continuamente ser desempenhada apenas por um membro do grupo. Outros membros podem assumir uma liderança informal, de acordo com as diferentes situações por que passa o grupo em seus processos de interação. Em segundo lugar, a função de membro do grupo significando não líder poderia dar a impressão de um comportamento não-diferenciado comum a todos os componentes do grupo, excluído o líder que tem um papel caracterizado.
Na realidade, a vida em grupo passa por várias fases e, em cada uma delas, os membros atuam de forma diferenciada: em relação à etapa de vida do grupo e em relação aos demais membros. Dependendo do tipo de grupo (informal, formal, de trabalho, social, de treinamento etc.) e da fase em que cada um se encontra, haverá certas funções a serem executadas por seus componentes. Algumas funções são mais genéricas que outras, existindo em todos os grupos, e são desempenhadas pelos membros para que o grupo possa mover-se ou progredir em direção às suas metas.
O processo de interação humana exige que cada participante um determinado desempenho, o qual variará em função da dinâmica de sua personalidade e da dinâmica grupal na situação-momento ou contexto-tempo. No plano interpessoal, o indivíduo reagirá em função de suas necessidades motivacionais, sentimentos, crenças e valores, normas interiorizadas, atitudes, habilidades específicas e capacidade de julgamento realistico. Personalidade, grupo e contexto não podem ser ignorados na apreciação do papel desempenhado por membros de um grupo, em diversas circunstâncias.
Estilos de liderança
Psicólogos sociais e especialistas de dinâmica de grupo indicam dois níveis de interação no grupo: o nível da tarefa e o nível socioemocional. Os dois estilos de liderança são: orientado para controle/tarefa e orientado para participação/manutenção e fortalecimento do próprio grupo.
Ao nível sócioemocional
Entre as funções de manutenção do grupo destacam-se as seguintes como construtivas ou facilitadoras:
Conciliador: busca um denominador comum; quando em conflito, aceita rever sua posição e acompanhar o grupo para não chegar a impasses.
Mediador: resolve as divergências entre outros membros, alivia as tensões nos momentos mais difíceis através de brincadeiras oportunas.
Animador: demonstra afeto e solidariedade aos outros membros do grupo, bem como compreensão e aceitação dos outros pontos de vista, idéias e sugestões, concordando, recomendando, elogiando as contribuições dos outros.
Ouvinte interessado: acompanha atentamente a atividade do grupo e aceita as idéias dos outros, servindo de auditório e apoio nas discussões e decisões do grupo.
Papéis não-construtivos
Estes papéis dificultam a tarefa do grupo, criando obstáculos. Estes papéis correspondem a necessidades individualistas, motivações de cunho pessoal, problemas de personalidade ou até falhas na estruturação ou da dinâmica do grupo. Entre estes papéis figuram os que seguem:
O dominador: procura afirmar sua autoridade ou superioridade, dando ordens incisivas, interrompendo os demais, manipulando o grupo ou sob forma de adulação, afirmação de status superior.
O dependente: busca ajuda, sob forma de simpatia dos outros membros do grupo, mostrando insegurança, autodepreciação, carência de apoio.
O criador de obstáculos: discorda-se e opõe-se sem razões, mantendo-se negativo até a radicalização, obstruindo o processo do grupo após uma decisão já atingida.
O agressivo: ataca o grupo ou assunto ratado, fazendo ironia ou brincadeiras agressivas, mosra desaprovação dos valores, atos e sentimentos dos outros.
O vaidoso: procura chamar a atenção sobre sua pessoa sobre várias maneiras, contando realizações pessoais e agindo de forma diferente, para afirmar sua superioridade e vantagens em relação aos outros.
O reivindicador: manifesta-se como porta voz de outros, subgrupos ou classes, revelando seus verdadeiros interesses pessoais, preconceitos e dificuldades.
O confessante: usa o grupo como platéia ou assistência ara extravasar seus sentimentos, suas preocupações pessoais, que nada tem a ver com a disposição ou orientação do grupo na situação momento.
O ‘gozador’: aparentemente agradável, evidencia, entretanto, seu completo afastamento do grupo podendo exibir atitudes cínicas, desagradáveis, indiferente a preocupação e ao trabalho do grupo, se diverte com as dificuldades e os esforços dos outros.
Esta classificação dos papéis funcionais do grupo em construtivos e não construtivos, conforme esquema apresentado, não pode ser rigidamente aplicada. Um determinado papel não pode ser julgado em termos absolutos, pois a interação não se faz no vácuo.
A competência interpessoal dos membros do grupo é desenvolvida à medida que eles se conscientizam da variedade de papéis exigidos para o desempenho global do grupo e se sensibilizam para o que é mais apropriado às necessidades especiais do grupo e de seus membros num determinado momento da vida do grupo.
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