Pontifícia universidade Católica do Rio Grande do Sul
Por: Ndebom • 13/5/2019 • Trabalho acadêmico • 1.341 Palavras (6 Páginas) • 228 Visualizações
Pontifícia universidade Católica do Rio Grande do Sul
Nícolas Rossetto Debom
Crescimento do PIB brasileiro no período 2004-2008
Porto Alegre, 2018
Introdução
Este trabalho tem como objetivo fazer uma breve analise do crescimento da economia brasileira em 2004 a 2008, período que se mostrou com grande crescimento do produto interno bruto (PIB), com aumento na geração de empregos assalariados, aumentando o poder de compra e diminuindo as diferenças de renda entre os trabalhadores.
Este período foi marcado por um cenário externo favorável gerando assim um ambiente favorável a retomada de investimentos. Junto a isso a expansão do mercado de trabalho e a ampliação dos programas de programas de redistribuição de renda atribuiu à demanda interna um papel de destaque neste novo ciclo de crescimento econômico.
Desenvolvimento
O primeiro período a ser analisado é o primeiro governo lula, que se iniciou com forte ajuste fiscal, que davam indícios que o déficit nominal do setor público brasileiro iria se situar no patamar próximo dos 3%. Foi notado também que graças a esta nova política fiscal ouve uma desaceleração da inflação, uma queda de juros reais e a expansão da atividade econômica.
Os dois primeiros trimestres do ano de 2004 tiveram um resultado acima da expectativa, era notável que a herança de políticas monetária e fiscal conservadoras limitavam à obtenção de uma taxa de crescimento mais elevada que a atual sem gerar desequilíbrios.
Ao longo de 2004 outros fatores colaboraram para este cenário de recuperação da economia brasileira, sendo um desses fatores o aumento da liquidez no mercado internacional. Neste ano o PIB cresceu 5,7%, mostrando um excelente desempenho dos diversos setores da economia. É interessante destacar o grande crescimento da indústria de transformação (8,5%), o desempenho da construção civil (6,6%) e dos serviços (5%). Olhando pelo lado da demanda os dois principais fatores que fizeram o PIB crescer foram o consumo privado (3,8%) e os investimentos (9,1%).
Após esse ano com excelentes resultados tinha-se uma expectativa de que agora se iniciava um novo ciclo de crescimento econômico, porém, em 2005 ouve um recuo na taxa de crescimento do PIB para 3,2% que reanimou os debates para descobrir o que faltava para o Brasil crescer de uma forma sustentável. Neste ano os investimentos cresceram muito menos que no ano anterior, mas a dívida externa diminuiu, e a reserva internacional aumentou assim melhorando a situação do país em termos de balanço de pagamentos, graças a isso ouve uma queda nominal no preço do dólar assim diminuindo a inflação doméstica, mas ainda maior que a dos parceiros de comercio brasileiro de bens e serviços, gerando assim uma grande valorização do real. Ouve com isso uma diminuição dos investimentos e da exportação de produtos manufaturados, ao lado da maior importação barata de produtos manufaturados prejudicando assim o ritmo de crescimento da produção da indústria de transformação (1,3%). Graças ao ritmo constante do crescimento do consumo fez com que não houvesse uma redução maior ainda no crescimento do PIB e esse fator está ligado ao aumento do emprego e o aumento do poder de compra da renda do trabalho, graças a diminuição da inflação.
O ano de 2006 começou com a atividade econômica em ritmo acelerado graças a um ambiente internacional favorável e os ótimos resultados dos anos anteriores que tinham garantido taxas de inflação baixas e a trajetória decadente da dívida pública medida como proporção do PIB. Neste momento algumas preocupações de como a aceleração do crescimento iria ser sustentável, já que este crescimento tende a refletir os comportamentos de outras variáveis, que até então não estavam indo tão bem.
Uma dessas preocupações era relacionada à composição dos gastos públicos que no governo Lula tinha privilegiando a transferência às famílias, em detrimento dos investimentos. Que poderia ocasionar que o aumento da poupança externa fosse canalizado para o consumo, sem grandes resultados em termos de aumento da capacidade produtiva.
Este ano fechou com desempenho positivo e superior desempenho de 2005, o crescimento de 4% foi causado pelo consumo doméstico e dos investimentos. Pode-se notar a contribuição negativa das exportações liquidas graças a forte expansão das importações (18,1%), esse aumento pode explicar a grande diferença no aumento do consumo das famílias (5,2%) e o desempenho da produção industrial (2,8%), demonstrando o fato que boa parte da demanda das famílias estava sendo atendida pelas importações.
Em 2007, início do segundo mandato do presidente Lula, a economia mostrou ótimos resultados com crescimento real do PIB em 6,1%, sendo essa taxa a maior nos últimos vinte anos. Esse resultado pode ser explicado graças ao excelente comportamento da demanda interna, que reflete a alta no consumo das famílias e do investimento. O consumo privado, teve alta registrada de 6,1% graças ao aumento do emprego, do salário mínimo e de programas como o Programa Bolsa Família.
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