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Princípios Econômicos Presentes no Filme Robinson Crusoe

Por:   •  2/4/2017  •  Seminário  •  813 Palavras (4 Páginas)  •  396 Visualizações

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Princípios econômicos presentes no filme Robinson Crusoe

Franciele Lima Silva¹

Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Maranhão

1. Engenharia Civil, 20162EC0034

  1. Introdução

O romance adaptado a filme Robinson Crusoe conta a história de um homem civilizado que é repentinamente obrigado a sobreviver numa ilha sem o apoio, os avanços e a facilidade da sociedade moderna em que estava previamente inserido.

Logo percebemos que o protagonista é um homem de origem saxônica, bem educado, conhecedor de ciências e pouco acostumado ao trabalho braçal, que no decorrer do filme precisa refazer todo o caminho para prosperar num ambiente de grande escassez para alguém como ele.

Deste contexto podemos extrair diversos exemplos do “homem econômico”, o homem que usa de sua racionalidade para atender suas necessidades em frente a escassez.

  1. Valor absoluto e valor de utilidade

Logo de início, o protagonista pronuncia uma das frases mais marcantes do filme: “ouro, que aqui nada me serve”.

O valor de qualquer coisa é extremamente subjetivo. O ouro, que na sociedade desenvolvida é caro por ser raro e de grande utilidade, não tinha valor para Robinson Crusoe, pois ele não podia, nem precisava usufruir de suas propriedades e qualidades superiores entre os metais, nem tinha a quem vender, enquanto possui necessidades mais urgentes, como água potável, comida e abrigo. Bens que em sociedade são abundantes, e, portanto, de menor valor comercial.

A história também é utilizada como exemplo para Marx, ao tratar do valor de utilidade, como no trecho “Eu tinha o suficiente para comer e suprir minhas necessidades, e o que era todo o resto para mim? Se eu matasse mais carne do que eu poderia comer, o cachorro deveria comer, se eu plantasse mais milho do que eu poderia comer, ele se estragaria.”. Em que o protagonista condena de forma racional a acumulação exagerada, pois apenas determinada quantidade de comida seria útil para ele, a quantidade que ele poderia comer. Todo o excesso, não teria valor algum.

Outros autores apontam que esta é uma adaptação ao seu meio solitário, e não a uma estratégia econômica que seria valiosa para a vida em sociedade, pois o excesso de produção poderia ser vendido e transformado em outros valores, que poderiam satisfazer a outras necessidades humanas, que são infinitas.

  1. Planejamento e acumulação

Ao se deparar a uma situação em que não podia prever quando, ou mesmo se viesse algum navio para resgatá-lo, Robinson Crusoe precisava de meios para sobreviver por um tempo indeterminado, mas a caça era difícil, seus recursos (balas, pólvora, saúde física) eram limitados e essenciais. Então ele destinou grande parte do seu esforço nos primeiros dias a construir uma cabana e um cercado para criar cabras.

Vemos aqui a acumulação de riquezas, pois na ilha, e para o personagem, animais mansos são extremamente valiosos, pois fornecem carne, pele, e não representam grande risco para confina-los, nem no momento do abate. Acumulando seu “capital animal”, ele deu maior garantia a sua sobrevivência, diminuiu a concorrência com outros predadores que poderiam matar esses animais, e facilitaria a alimentação mesmo em dias de tempo ruim ou de doença.

Assim como o capital financeiro, pode-se entender os animais criados como capital ativo, pois eles se reproduzem, o que é análogo aos “dividendos” de uma aplicação financeira. Ao garantir os rendimentos, ele pode aumentar sua propriedade, e ter alimento constante por muito mais tempo.

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