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Produtos e ciclos de vida

Tese: Produtos e ciclos de vida. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/9/2014  •  Tese  •  1.950 Palavras (8 Páginas)  •  512 Visualizações

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Produtos e Ciclos de Vida

A íntima relação entre a Engenharia de Software e a noção de valor significa que essa profissão trata o software

como produto. Estão fora do escopo da Engenharia de Software programas que são feitos com objetivo

exclusivamente lúdico: a diversão do programador. Estão fora de seu escopo também pequenos programas

descartáveis, feitos por alguém apenas para resolver um problema dessa pessoa, e que não serão utilizados por

outros. Mas, se um desses programas interessarem a outras pessoas, e assim passar a ter valor, aparecerão

demandas para melhorar suas qualidades, aumentar suas funções, prolongar sua vida. E aparecerá quem esteja

disposto a investir nisso, com a expectativa de ganhar dinheiro. Nesse momento, o programa entrou no escopo da

Engenharia de Software e se tornou um produto. Muitos dos produtos de software mais usados seguiram esse

caminho.

Todo produto tem usuários: aqueles que efetivamente usam o produto. Alguns produtos são feitos por encomenda

de um cliente: aquele que pagará por sua produção. Outros, chamados de produtos de prateleira, são vendidos no

mercado aberto, a quem se interessar. Neste caso, quem faz o papel do cliente é quem define que recursos e

funções se esperam do produto; talvez um departamento de vendas, ou de marketing, ou de definição de produtos

de uma organização, ou até, para produtos menores, os próprios desenvolvedores, colocando o chapéu de

investidores de risco. E existem todos os casos intermediários, em que um produto parcialmente pronto é

completado, adaptado ou incrementado, por encomenda de um cliente.

Como todo produto industrial, o produto de software tem seu ciclo de vida:

• Ele é concebido para tentar atender a uma necessidade;

• É especificado, quando essas necessidades são traduzidas em requisitos viáveis;

• É desenvolvido, transformando-se em um conjunto formado por código e outros itens, como modelos,

documentos e dados;

• Passa por algum procedimento de aceitação e é entregue a um cliente;

• Entra em operação, é usado, e sofre atividades de manutenção, quando necessário;

• É retirado de operação ao final de sua vida útil. Processos de Software

Cada vez mais os setores da economia (primário, secundário e terciário) tem feito uso (e se tornado dependente)

das facilidades providas pelos avanços e descobertas da tecnologia da informação. Tecnologias de previsão do

tempo e de localização via satélite, por exemplo, são utilizadas no campo para aumentar a produtividade da

lavoura e a eficiência de maquinas colheitadeiras. Softwares que gerenciam toda a cadeia de produção e que

controlam máquinas e robôs são cada vez mais comuns nas fábricas. Sistemas de venda e controle de estoque

são diferenciais estratégicos indispensáveis ao comércio. Diante deste cenário, produzir e manter software dentro

de custos, prazos e critérios de qualidade adequados torna-se requisito obrigatório (SOMMERVILLE, 2007).

Para que um software seja desenvolvido de forma consistente, é preciso aliar boas práticas da engenharia de

software [1] com um robusto e eficiente processo de desenvolvimento. Diferentes tipos de sistemas necessitam de

diferentes processos de desenvolvimento. Por exemplo, um software de tempo real de uma aeronave deve ser

completamente especificado antes do inicio do desenvolvimento, enquanto que um sistema de comércio eletrônico

a especificação e o desenvolvimento do software podem ser conduzidos paralelamente. O uso de um processo de

software inadequado pode reduzir a qualidade ou a utilidade do produto de software a ser desenvolvido e/ou

aumentar os custos de desenvolvimento. Este fato leva as organizações que produzem software a usar processos

de desenvolvimento que sejam eficientes e que atendam plenamente suas necessidades (SOMMERVILE, 2007).

Howard Baetjer Jr, em seu livro “Software as Capital”, faz o seguinte comentário sobre processo de software

(BAETJER 1998, pág. 85):

“... Desde que o software, como todo capital, é conhecimento incorporado, e como esse conhecimento está

inicialmente disperso, tácito, latente e incompleto na sua totalidade, o desenvolvimento de software é um processo

de aprendizado social. O processo é um dialogo no qual o conhecimento, que deve se transformar em software é

reunido e incorporado ao software. O processo fornece interação entre usuários e projetistas, entre usuários e

ferramentas em desenvolvimento e entre projetistas e ferramentas em desenvolvimento (tecnologia). É um

processo iterativo no qual a própria ferramenta serve como meio de comunicação, com cada nova rodada de

dialogo explicitando mais conhecimento útil do pessoal envolvido...”.

Efetivamente, a elaboração de software de computador é um processo de aprendizado, e o resultado, é a

incorporação de conhecimentos coletados, destilados e organizados à medida que o processo é conduzido.

Processo é o alicerce da engenharia de software. É ele que permite

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