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Prática interdisciplinar

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Por:   •  20/10/2014  •  Tese  •  415 Palavras (2 Páginas)  •  266 Visualizações

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A Prática Interdisciplinar

Ecleide Cunico Furlanetto

Aos educadores, coloca-se, atualmente, uma questão fundamental, buscar novos sentidos para as práticas pedagógicas, levando em conta as profundas mudanças pelas quais a sociedade está passando. Todos somos unânimes ao afirmar que o espaço escolar necessita gestar novas formas de se organizar no que se refere a tempo, espaço, agrupamentos sociais, atividades pedagógicas e novas tecnologias.

Durante algum tempo, nos detivemos na queixa, projetando nossas dificuldades de movimento nas políticas públicas, no tipo de crianças que recebíamos, nas organizações sociais, mas, pouco a pouco, fomos percebendo que poderíamos sair disso e ocupar o espaço da reflexão que favorece o surgimento de novas possibilidades. As Práticas Interdisciplinares têm início nesses campos, ancoradas na ousadia de alguns educadores que não se conformam em repetir e copiar, mas que procuram construir ambientes de aprendizagem sintonizados com as novas exigências culturais e que sistematicamente pesquisam sua prática, para dela extrair princípios e pressupostos que servirão de suportes para práticas futuras.

Para nos aproximarmos do sentido da Interdisciplinaridade, recorrerei ao conceito de fronteira (Saiz, 1998). Acredito que a recuperação desse conceito nos permite percorrer um caminho metafórico que favorecerá a descoberta de múltiplos sentidos p a Interdisciplinaridade. Que e uma fronteira? Ao observarmos um mapa, podemos perceber que ela constitui uma linha divisória que delimita o fim de um espaço e o início de outro. No entanto, es mesma linha, ao promover a separação favorece também o surgimento da identidade. Tomemos como exemplo um lago, o que nos permite identificá-lo? Ao procurar responder essa questão, descobriremos a importância das margens que, ao limitarem as águas, estarão também propiciando o reconhecimento do lago. Assim, como o lago é definido por suas margens, os indivíduos e o conhecimento organizado em disciplinas também o são. As margens que os fazem únicos, diversos e separados dos outros. Voltando nosso olhar aos mapas, comparando os atuais com os de outras épocas históricas, veremos que as fronteiras não são fixas, estão sempre em movimento, sendo constantemente alargadas, estreitadas e transformadas. Apresentam-se como construções plenas de provisoridade. Olhando novamente os mapas, podemos constatar, também, que os territórios não são fragmentos separados, mas estão intimamente ligados, constituem partes profundamente relacionadas ao todo.

Caso ampliemos, ainda mais, o conceito de fronteira e ao invés de vermos somente como uma linha divisória, olharmos para ela como se apresenta na realidade, veremos que essa linha divisória se concretiza de diversas formas, embora isso seja muitas vezes imperceptível ao nosso olhar. Ao redor de cada fronteira, surge uma região que podemos

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