RESENHA: História Econômica Geral

História Economica Geral 1 resumo capitulo 4

Transformações da propriedade fundiária e da produção artesanal e manufatureira

Neste capítulo começamos a ver traços fortes da iniciação do capitalismo, traços como a propriedade privada e a distinção entre patrão e empregado, por exemplo. Antes na sociedade feudal não havia um proprietário pleno, havia um sistema hierárquico de proprietários feudais. Um exemplo seria os camponeses, eles tinham posse dos lotes de terra e eram repassados hierarquicamente, embora ainda tivessem que cumprir certas obrigações aos seus Senhores.

No século XIV, com a crise feudal, surgiram várias mudanças, uma delas seria é que o servo não trabalhava mais em função de uma “permuta” para o seu Senhor, mas sim houve uma mudança de que o servo começou a pagar ao Senhor com uma quantia em dinheiro, isso foi devido também a expansão comercial, que possibilitou ao servo pagar tal dever com uma quantia em dinheiro. Com isso já vemos os traços de um forte capitalismo já em andamento, como os servos/ camponeses podiam pagar a corveia com dinheiro, agora ele poderia também produzir uma quantidade excedente em suas terras para poder vender para o mercado e assim pagar ao Senhor e ter um lucro para si.

Com o renascimento do foco comercial durante o período feudal, teve um aumento na atividade industrial, que foram se organizando e centralizando nas cidades. Nas cidades em que já haviam indústrias de caráter artesanal, começaram a ter ofícios que regulamentavam todo o aparato, para evitar concorrências entre artesãos, concorrências estrangeiras e evitar a redução dos preços para garantir condições de subsistência dessa parcela da população. Tivemos alguns casos, como por exemplo em Flandres, em que os comerciantes que exportavam produtores, passaram a ter uma relação de clientela com os ofícios, entregando a matéria prima para produção e indicando o dono do ofício que estava vendendo sua mão de obra ao comerciante exportador. Mas mesmo assim essa estrutura aparecia como um obstáculo para o aumento de produção, tendo como solução, a industrialização no campo, pois assim burlavam as regras e conseguiam produzir mais. Se caso o artesão tivesse alguma dificuldade o comerciante dava ao artesão o que era necessário para a continuidade da produção.

Na Inglaterra, com o processo de cercamento de terras, muitos comerciantes que investiram na indústria doméstica rural, foram prejudicados, pois foi acabando aos poucos com as pequenas propriedades. Em lugares já haviam a presença forte de uma manufatura que era a reunião de vários trabalhadores em um mesmo local, reproduziam o trabalho manual das oficinas, porém sob o comando de um capitalista. Essa interação entre vários trabalhadores levou ao um aumento da produção, reduzindo o custo de deslocamento de matérias primas, a cooperação dos trabalhadores permitiam ganhos mais altos, pois algumas tarefas demandam uma quantidade maior de trabalhadores. Essa manufatura foi conduzindo a especialização, ferramentas adaptadas para uma maneira de trabalho, possibilitando a produção mecanizada e também há a presença capitalista para organizar tudo, e isso tudo já de uma forma capitalista de produção, já concreta.

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